Sexta-feira, 10 de agosto de 2012 - 05h04
Presente de grego
Uma onda de roubo de veículos - de passeio, caminhonetes e até caminhões - tem deixado a população rondoniense de cabelos em pé. Em Porto Velho, o buraco ainda é mais em baixo com 270 detentos liberados por uma semana do Complexo Ênio Pinheiro. Que presente de grego, que justiça amiga da onça.
As alternativas
Em casos como o do incêndio no presídio de Porto Velho, poderiam ser utilizados como alternativas até ginásios de esportes resguardados pelos agentes penitenciários ou requisitadas grandes construções para abrigo temporário. Ora, 270 assassinos, latrocidas, assaltantes e ladrões soltos pela cidade, convenhamos - é demais.
Uma gangorra
A corrida sucessória em Porto Velho continua uma gangorra com alguns candidatos subindo e outros descendo. As próximas pesquisas vão mostrar claramente Mário Português (PP) tirando muita intenção de votos do atual líder nas pesquisas Lindomar Garçon (PV).
A transposição
A pergunta que não quer calar é na conta de quem está caindo o insucesso da transposição e alguns grupos já querem colocar a coisa na conta de Mauro Nazif (PSB). Ora, os dois grandes partidos de sustentação aos governos de Lula e Dilma Roussef são o PT e o PMDB. Se não resolveram à coisa, é porque não quiseram.
Nossa economia
Ao falar do temido período pós usinas, o candidato do PSOL Aluízio Vidal enfatizou a necessidade do município regionalizar a agroindústria. Na região de Jacy-Paraná ele quer um pólo moveleiro, no baixo madeira, um cinturão verde, nas demais regiões com curtumes, frigoríficos e laticínios.
A cirandinha
Depois de um longo e tenebroso inverno o ex-presidente da Assembléia Legislativa Neodi Carlos (PSDC) e o atual, Hermínio Coelho (PSD) estão pulando cirandinha. Até na apresentação da retomada das obras do novo prédio da ALE, Neodi – que deu o pontapé inicial da obra - foi prestigiado.
Mesma crise
O calote do Poder Executivo no pagamento das emendas parlamentares não é uma exclusividade dos governos estaduais. No Congresso Nacional, deputados e senadores também vivem o mesmo dilema e da mesma forma começam a trancar as pautas e bloquear as votações.
O contingenciamento
A grande verdade é que existe contingenciamento de recursos tanto na União – e isto é reconhecido publicamente – como em Rondônia – onde o governo estadual evita falar sobre o assunto. Em nosso estado os deputados estaduais sofrem cobranças pesadas nas bases e por isto estão esperneando.
Boa largada
O presidente do Diretório Municipal do PDT Pedro Wanderley afirmou ontem que a coligação “Porto Velho, a Hora é Agora” teve uma boa largada na campanha e a tendência é o nome do Dr. Mauro Nazif se firmar no horário gratuito. Para ele, a experiência do deputado federal vai fazer a diferença nos debates da TV.
Do Cotidiano
A economia verde
Até as vésperas da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20) a expressão que mais se ouvia em todos os debates e entrevistas relativas ao evento era “economia verde”. Quem apenas acompanhava superficialmente as menções à Rio+20 era levado a crer que a economia verde sairia desse evento definitivamente consagrada.
No entanto, durante e principalmente após a Rio+20, o que mais se viu foi uma catarata de denúncias, acusações e apedrejamento a tudo o que se referisse à já agora famigerada economia verde.
Para o público menos atento será impossível descobrir por que a desgraça se abateu sobre uma expressão aparentemente tão consagrada e unânime – quem não gostaria de ver uma economia ambientalmente sustentável, com todos ganhando dinheiro e o meio ambiente preservado?
Entretanto, depois de toneladas de informações sobre as vantagens da economia verde, as certezas que se criaram em torno do assunto foram abaladas por suspeições que deram origem a uma guerra de conceitos ambientais. Formulados por cientistas de diferentes concepções ideológicas, eles acabaram embaralhando as cartas.
Como se não bastasse, objetos de investigação científica tais como a vegetação (Partido Verde) e a ecologia (Partido Ecológico Nacional) são misturados com assuntos políticos, que além de também abranger as ciências naturais vão além delas. Partidos se referem a propostas políticas em geral, sem enfoque dominante e exclusivo para de um determinado campo do conhecimento.
O PEN chega ao exotismo de ter como símbolo um trevo de quatro folhas, planta que por artes da natureza brota mais na França e na Rússia que nos trópicos brasileiros. É como um partido da praia ter como símbolo a edelweiss, que só nasce nas montanhas mais altas.
Não é de estranhar, assim, que haja tanta confusão e amplo dissenso no que se refere às questões ambientais. Nenhuma novidade, já que segue aceso o debate entre ambientalistas e seus contestadores sobre se existe ou não o tal “aquecimento global”.
Com a ofensiva desmoralizante em cima da economia verde, fica o dito pelo não dito, porque um grupo de países mais pobres queria uma economia verde aproveitada em seu benefício e outro grupo, o dos ricos, dentre outras vantagens, quer proteger o verde alheio por não ter protegido o seu.
Via Direta
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