Sexta-feira, 1 de abril de 2011 - 07h06
Para decolar
Com a expectativa de decolagem, o governo Confúcio Moura lança neste sábado em Cacoal, o seu maior mais importante programa: o “Projeto Estradão”. O objetivo é encascalhar 100 por cento das estradas rondonienses, substituir as pontes de madeira, a iluminação e sinalização dos trevos etc. A notícia foi muito bem recebida na roça.
Uma resposta
O lançamento deste projeto é uma resposta as criticas que a atual gestão vem recebendo na área de estradas. Como se sabe, no período do inverno amazônico a malha viária rondoniense é seriamente afetada e o escoamento da produção de leite e cereais também é prejudicado. Várias regiões do estado foram penalizadas pelo rigor das chuvas.
Vitrine quebrada
Se o Plano de Aceleração de Obras do governo petista é uma das suas maiores vitrines, como afirma o ministro Gilberto Carvalho, secretário geral da presidência, todos os vidros estão quebrados em Rondônia: as obras de saneamento, viadutos, trevos e as hidrelétricas estão paralisadas. As vidraças estão bem estilhaçadas.
Plano de vôo
Caso não troque seu domicilio eleitoral por Porto Velho, como fez o ex-governador João Cahulla, que deixou Rolim de Moura para residir na capital, o ex-senador Expedito Junior (PSDB) vai sinalizar um outro plano de vôo: segundo tucanos próximos, seu projeto na verdade, seria a disputa ao Senado em 2014.
Caça jagunço
O ex-delegado João Lucena Leal, que nos idos de Teixeirão, comandou a Operação Caça Jagunço em Rondônia, fazendo uma verdadeira limpa nas selvas rondonienses, admitiu no programa Conexão Repórter, que foi ao ar na última quarta-feira pelo SBT, que durante a ditadura participou de torturas contra opositores do regime militar. Coisa de louco! (Assista, AQUI, entrevista de Lucena no Papo News da TV Candelária).
Chororô tucano
O PSDB elege no próximo dia 17 seu novo diretório estadual, em convenção programada para acontecer na capital. Os tucanos ainda estão indignados com os prejuízos causados pelo projeto ficha limpa na candidatura de Expedito no ano passado e vão aproveitar a ocasião para chorar, prantear e se escabelar mais uma vez.
Casca de ovo
A pavimentação de estradas pelo interior de Rondônia era motivo de orgulho para o ex-governador Ivo Cassol. Pois, é era. Descobriu-se, durante esse inverno amazônico, que a qualidade da pavimentação era péssima. Muitas rodovias estaduais receberam o asfalto tipo casca de ovo e já estão esburacadas. O abacaxi é enorme.
Um interlocutor
Propala-se nos círculos políticos que a gestão “Nova Rondônia” esta selecionando um interlocutor para melhorar suas relações no parlamento estadual. Os recentes equívocos – os projetos de auxílio-moradia e reajuste de secretariado que acabaram retirados – apressaram a medida. Quem será o escolhido? José Amauri? Tomás Correia? Amir Lando?
Do Cotidiano
O bonde da história
A política brasileira para a alfabetização está ainda muito longe de erradicar essa face explícita da exclusão absoluta. Durante todo o governo Lula, o analfabetismo cedeu muito pouco, reduzindo-se de 11,6% para 9,7% na população com mais de 15 anos.
Também a instrução elementar mostra deficiências gritantes e o ensino médio tateia em busca de melhores resultados, dentre os quais o principal ainda é evitar a evasão. Ainda assim, é com essa base precária que o ensino superior no Brasil precisa se qualificar, para não perder o famoso bonde da história.
A questão foi discutida no 1º Ciclo de Debates “A universidade pública brasileira no decorrer do próximo decênio”, realizado na Universidade Estadual Paulista (Unesp). Uma das tendências mais lembradas no encontro foi a crescente interdisciplinaridade, ainda reduzida no Brasil.
O reitor da Universidade Federal da Bahia, Naomar Monteiro de Almeida Filho, discutiu a experiência da Universidade de Bolonha, na Itália, na qual os graduandos têm uma formação genérica nos três primeiros anos e escolhem uma carreira específica, fazendo um curso de mais dois anos.
Segundo Julio Cezar Durigan, vice-reitor da Unesp e coordenador do ciclo de debates, “na primeira fase, o estudante já obtém o diploma de graduação, e, após os dois anos de especialização, sai com o título de mestrado”. No entanto, segundo ele, há vários obstáculos para que esse modelo seja adotado no Brasil, como, por exemplo, a falta de reconhecimento desse tipo de pós-graduação pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).
Os problemas também são de ordem prática. Se um estudante de Engenharia, por exemplo, quiser cursar disciplinas em Ciências Sociais, ele terá dificuldades. Por isso, precisamos facilitar o acesso dos alunos a outras áreas.
O intercâmbio com instituições de outros países foi outro ponto abordado no evento e tido como fundamental para o desenvolvimento da pesquisa brasileira e para o aumento de sua visibilidade no mundo. Um importante obstáculo nesse caso é o idioma.
“Enviamos muitos alunos para intercâmbios em Portugal e na Espanha, por exemplo, mas isso não ocorre com a mesma intensidade com a Alemanha, China e Coreia do Sul”, disse Durigan.
Via Direta
***Confúcio toca a conclusão do Centro Administrativo e reforma de hospitais em Porto Velho *** O embargo das obras em Jirau, solicitado ´pelo Ministério Público do Trabalho, é outro duro golpe na retomada das ações naquela hidrelétrica *** O escritor Antônio Cândido lança seu livro Diaruí em abril na Bibioteca Ivan Marrocos.