Sábado, 31 de dezembro de 2011 - 08h01
O Estado de Rondônia encerra 2011 no fundo do poço, um ano onde a classe política voltou a sujar a imagem do estado Brasil afora sem dó e piedade. Não é possível que a Assembléia Legislativa e o governo do estado piorem em 2012, já que se superaram em escândalos, e, por conseguinte, sejamos otimistas: pior que 2011, só com uma hecatombe.
É o primeiro ano de administração do governador Confúcio Moura que encerra 2011 com setores essenciais, como os de saúde e a segurança pública em cacos. Mas pagou o funcionalismo em dia e trabalhou bem no quesito estradas, cuidando com zelo da pecuária, setor que corresponde por uma importante fração do PIB rondoniense.
Importante enfatizar que a bancada federal trabalhou bem na captação de recursos para o estado e nesta temporada apenas um deputado federal – Natan Donadon – já cassado pelas maracutaias que todos conhecem, foi à maçã podre no cesto de uma representação parlamentar operosa.
Na Assembléia Legislativa que começou o ano realizando duas eleições para a Mesa Diretora e sob fortes indícios de compra de votos de deputados para a eleição e reeleição antecipada de Valter Araújo, Epifânia Barbosa e cia, o ano se encerra sob denuncias de um novo escândalo: o de abrigar dezenas de funcionários fantasmas.
Numa gangorra política, onde os escândalos liquidaram as chances de quase meia dúzia de fortes postulantes a prefeitura da capital salta os olhos que os partidos que fazem oposição aos governos da aliança PMDB/PT podem levar vantagem nas eleições municipais de 2012, inclusive na capital.
Com a Operação Dominó, da década passada ainda em andamento, veio a Operação Termópilas em 2011 para enjaular mais um presidente da Assembléia Legislativa. Sabe-se que o Parlamento estadual comporta-se como um vulcão que esta apenas em repouso neste final do ano. Inúmeras erupções já são previsíveis para 2012.