Terça-feira, 30 de dezembro de 2014 - 07h45
A posse de Confúcio
Reeleito, Confúcio Moura assume pela segunda vez nesta quinta-feira o governo do estado. No primeiro governo, que esta se encerrando, sua gestão foi de altos e baixos e se viu envolto com uma série de casos rumorosos investigados pela Policia Federal.
Tendo como ponto alto o pagamento do funcionalismo público rigorosamente em dia – prática incomum nos governadores do PMDB no estado – Confúcio Moura também valorizou muito a agropecuária, responsável pela maior fatia do PIB rondoniense. No seu governo, a piscicultura decolou e foram construídos vários hospitais.
Teve que enfrentar a maior cheia do século, se obrigando a despender recursos importantes para Porto Velho, Guajará Mirim e seus distritos, as localidades mais atingidas pelas águas do Rio Madeira. Com isto, muitas obras não foram concluídas ou sequer iniciadas.
O mandatário abre seu segundo governo num ano difícil para todos os governadores. Arrecadação em queda, a economia retraída, mas com a expectativa geral de dias melhores a partir do incremento das exportações de soja, carne e derivados.
“O pagamento em dia e o impulso a
agropecuária foram marcantes na gestão atual”
A instalação do estado
Na quinta-feira, dia 1º teremos um novo governo entronizado, e no domingo, dia 4, Rondônia vai festejar 33 anos de instalação. De sete municípios o estado pulou para 52 e teria mais uns 20 hoje, se as regras de emancipação não sofressem tantas mudanças. De 500 mil habitantes naquela época, saltamos para quase 2 milhões nos dias de hoje.
Em 1982, quando o estado foi criado, Rondônia fervilhava. De um lado, milhares de garimpeiros se aventuravam nas águas barrentas do Rio Madeira, de Porto Velho a Guajará Mirim, de outro o INCRA atraia milhares de migrantes com a distribuição de módulos rurais o que originou a maioria dos municípios de hoje – quase 40 dos 52.
Em 1982, nosso governador era o coronel Jorge Teixeira de Oliveira – mantido desde os idos de território -, o prefeito de Porto Velho Sebastião Valadares. O ano também foi marcado pelas eleições dos 24 deputados estaduais – o mais votado foi José Bianco – e Câmara dos Deputados – o mais votado foi o milionário Múcio Athayde já falecido. Também foram eleitos três senadores: Odacir Soares, Claudionor Roriz e Reynaldo Galvão Modesto.
“A maioria os municípios surgiu a partir de planos integrados de colonização”
A reforma política
O Congresso Nacional cerrou as portas e entrou em recesso, deixando para trás sob o tapete, uma série de projetos importantes. No campo político, se arrasta há mais de três décadas um projeto de reforma, mas esta mais do que claro, que deputados e senadores só falam do assunto de boca para fora. Nas eleições sempre a coisa é deixada de lado.
Enquanto a reforma política não vem, vão se criando, mais e mais agremiações partidárias. São gestadas, na sua grande maioria, para atender acomodações políticas e para negociatas em tempos de eleições. São as siglas de aluguel
Dos novos partidos em fase de criação, destaca-se como forças a Rede, inspirada pela ex-senadora Marina Silva, e o Partido Novo, a nova cara da direita brasileira. Ambos podem nascer sem acesso aos fundos partidários, já que os mais de 40 existentes rapam tudo e não deixam nadinha para os novos.
Em Rondônia, as legendas nanicas funcionam como linhas auxiliares. Nas eleições sempre se acertam com os prefeitos e governadores de plantão, buscando cargos para seus dirigentes, amigos e familiares. O modus operandi não tem mudado na última década.
“A maioria dos partidos nasce para negociatas
e o modus operandi não tem mudado
”
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