Quarta-feira, 23 de junho de 2010 - 05h41
A polarização
Nem a coalizão PMDB/PDT tinha encerrado o anuncio de um acordo no Aquários Hotel, na última segunda-feira, definindo o chapão Confúcio Moura/Airton Gurgacz, que o ex-governador Ivo Cassol, o grande articulador da candidatura do governador João Cahulla, já começava abrir as baterias contra a aliança oposicionista. É sinal de polarização, Ivo já farejou: a coalizão é forte, Confúcio é o inimigo.
Contas políticas
Com a base governista rachada em duas candidaturas – João Cahulla e Expedito Junior – os oposicionistas apostam que mais cedo ou mais tarde o governador Ivo Cassol tentará unificar as duas campanhas em uma. Ivo nega de pés juntos esta possibilidade e continua tratando o ex-aliado Expedito, como adversário. Mas, sabem como são as coisas: a necessidade faz o sapo pular. E a oposição acredita que aquela “briga” não é para valer.
Em primeiro turno
Não faz duas semanas, o ex-governador Ivo Cassol sapecou que João Cahulla ganha o pleito em primeiro turno. Assegura que tem pesquisas não oficiais, que garantem, que o eleitorado vai optar pela estabilidade e que o eleitorado, ao final de tudo, votará no candidato que ele apontar. Não é o que se vê: Expedito continua firme, Confúcio se reforçou, e Valverde com as bênçãos de Lula também tem seu quinhão de votos.
Candidato com antivírus
Aos ataques contra o PMDB – que segundo Cassol afundou Rondônia – a aliança apresenta um candidato ficha limpa, um dos mais fichas limpas de Rondônia diga-se de passagem. Ficha limpa é um artigo raro na política rondoniense. E Confúcio, que pilota a coligação tem uma trajetória política invejável: foi competente como deputado federal e de grande eficiência como prefeito.
A polarização escolhida
Ninguém vai falar nada, mas os blocos políticos começam a escolher seus adversários preferenciais. Ivo e Cahulla preferem pegar Confúcio no segundo turno, porque acreditam que ele será mais fácil de derrubar, por causa dos atrasos de pagamento do funcionalismo nas gestões peemedebistas. Já, o bloco PMDB/PDT/PC do B, prefere pegar o governador João Cahulla, porque acredita que desta forma atrairia o apoio do PT num já previsível segundo turno.
Lebrão fora
Conversei com o deputado Lebrão (PTN-São Miguel) e ele me confessava sua desilusão com a política e a intenção de desistir da campanha a reeleição, embora sua performance nas pesquisas iniciais sejam das melhores ao longo dos municípios da rodovia 429, o Médio Guaporé, que vai de Alvorada a Costa Marques. Ele anunciou que dificilmente vai apoiar Cassol ao Senado e Cahulla ao governo.
Reforçando as paliçadas
O PMDB que já tem uma das nominatas mais fortes para a Câmara Federal com a deputada Marinha Raupp (Rolim de Moura), deputado Natan Donadon (Vilhena), a vice prefeita Raquel Carvalho (Cacoal), deputado estadual José Amauri (Jaru), tenta convencer reforçar a nominata com nomes na capital. Abelardo Neto e José Guedes são alternativas não sendo possíveis Emerson Castro e Amir Lando.
Definições esperadas
Depois das definições do PDT, PC do B e PRB, que optaram por apoiar o ex- prefeito de Ariquemes Confúcio Moura ao governo, aguarda-se as posições dos Democratas de José Bianco e Silvernani Santos e do PSB de Mauro Nazif e Jesualdo Pires. As conversações seguem, mesmo porque, as convenções para a homologação das candidaturas já começam neste final de semana.
Do Cotidiano
A ameaça das plantas
Elas também querem ter seu lugar ao sol, mas são detestadas pelo homem, que quer seus precisos grãos – milho e soja – protegidos do “direito” das demais plantas a viver na terra em que vicejam com facilidade. Como “nativos” que resistem à invasão estrangeira, elas avançam sobre as plantações do agronegócio com uma ferocidade tal que nem o maior milagre da indústria agroquímica – o glifosato, que veio a se tornar o herbicida mais usado no País −, consegue fazer frente à ameaça das plantas que, apesar de seu emprego na pecuária, como pastagens, atrapalham a produção de grãos.
Tido como a principal descoberta da história recente da indústria de agrotóxicos, sendo extremamente agressivo e universal, abrangendo um largo espectro de plantas às quais destrói sem nenhuma seletividade, o glifosato foi vendido como a resposta para as vicissitudes da produção granífera. A sempre polêmica indústria transnacional Monsanto vende o glifosato por meio de seu herbicida Roundup e, além desse veneno agrícola poderosíssimo, também vende sementes geneticamente modificadas – as chamadas plantas transgênicas − com a propriedade de resistir ao seu próprio glifosato.
Mas se as sementes alteradas da Monsanto resistem ao glifosato, as ervas daninhas são ainda mais resistentes e ameaçam arruinar todo o sistema produtivo à base de transgênicos, eliminando uma das anunciadas vantagem comparativas dos chamados OGMs: a resistência ao veneno mais violento já conhecido no combate às chamadas “pragas” da lavoura.
Sem oponentes − Os agricultores já esgotaram todo o seu repertório de truques para evitar o ataque das plantas inimigas e a pesquisa vinculada ao setor não consegue encontrar oponentes químicos à altura das plantas “guerrilheiras” do campo. Mesmo o glifosato conseguindo detonar mais de cem tipos de plantas, que avançam implacáveis sobre a soja e o milho, os técnicos afirmam que a melhor resposta já não é mais o veneno milagroso da Monsanto nem suas alternativas menos poderosas, mas a rotação de culturas – também chamada de diversificação.
O controle de plantas como buva, azevém, amendoim bravo (leiteira) e capim amargoso – que estão se tornando mais fortes que o glifosato em lavouras brasileiras, tende a exigir cada vez mais a participação direta do produtor. Se não vencer, ele terá que mudar de cultura, reorganizar a sequência de plantios ou tentar abafar as ervas daninhas no inverno com o plantio de gramíneas.
Via Direta
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