Uma coluna sem papas na língua 01/09/10

Defuntos boiando

Revoltado com a situação do cemitério municipal de Itapoã do Oeste, a 100 quilômetros da capital rondoniense, que durante o inverno amazônico (período das chuvas), os caixões dos defuntos ficam boiando, o vereador Raimundo das Camionetes (PSB) cobrou ontem providências mais enérgicas da parceria prefeitura/Eletronorte para uma solução do problema.

Novo cemitério

O vereador de Itapoã explica que desde a formação do Lago de Samuel, no Rio Jamari, para a implantação da Usina de Samuel, que a cidade vive este dilema no cemitério. Ocorre que durante o inverno amazônico o lençol freático sobe e a situação fica insustentável. Segundo ele, a Eletronorte precisa honrar os compromissos de contrapartida com a municipalidade. “A cidade precisa de um novo cemitério”, reclama.

Orelha a orelha

O prefeito de Ji-Paraná, José Bianco, esta rindo de orelha a orelha. O município foi destacado pela mídia nacional, através de ampla reportagem sobre as cidades médias brasileiras na  última edição da revista Veja., tratando sobre as  cidades emergentes. Capital da BR, Cidade do Coração, Ji-Paraná agora também é o “tigre da BR”, numa alusão ao seu ritmo de desenvolvimento e  melhorias na sua economia e qualidade de vida.

Uma gangorra

A pesquisa Ibope veiculada ontem revelou uma verdadeira gangorra na corrida sucessória rondoniense. João Cahula pegando a ponta com 24 por cento, vindo logo sem seguida Confúcio. Expedito vai ficando para trás, perdendo investidores e sofrendo debandada  para os concorrentes. Sempre lembrando que nas primeiras pesquisas o tucano Expedito Júnior tinha larga vantagem sobre os adversários e que a diferença já vinha caindo semana a semana.

Dá para se espantar?

Por acaso é de se espantar que os prefeitos brasileiros driblem licitações? Falsifiquem recibos? Que considerem pontes e estradas como feitas e embolsem os recursos? Que superfaturem pão? Comprem carne, mesmo com o estoque lotado, sem precisar? Livros e cadernos para jogar no lixo? Pois é, a cada investigação da Controladoria Geral da União – CGU mais barbaridades como estas são constatadas.

Incidência alarmante

Das últimas 60 prefeituras investigadas pela CGU, nada mais anda menos do que 95 por cento tinham irregularidades, inclusive, Pimenta Bueno, aqui de Rondônia, que comprou frango para um ano inteiro. A CGU se mostrou alarmada e surpresa com tanta irregularidade. Do meu lado, nada mais me causa surpresa quando se trata de prefeitos. A maioria é pilantra.

Sem presidenciáveis

Depois do presidenciável tucano José Serra priorizar o final de sua combalida campanha nos grandes centros, a presidenciável petista Dilma Roussef do PT também resolveu o mesmo. Assim sendo o estado de Rondônia ficará sem visita dos presidenciáveis de ponta nesta temporada. Nem Marina Silva do PV, nossa vizinha acreana, que mora ao lado dignou-se de fazer uma visitinha...

Ofensiva de Lula

Conforme revela a Agência Estado, o presidente Lula desenvolve uma verdadeira ofensiva na televisão e nos palanques no sentido de proporcionar a presidenciável Dilma Roussef (a coisa esta no papo...) maioria no Senado. Em Rondônia o presidente tem uma marcante presença no horário gratuito defendendo os nomes dos senadores Valdir Raupp (PMDB) e Fátima Cleide (PT).

Do Cotidiano

Incômoda realidade

O atraso do Brasil nas áreas de ciência e tecnologia é uma realidade. Mas se isso é uma incômoda verdade, também é fato que há cientistas debruçados dedicadamente em cima de estudos para diminuir a distância relativa entre um País emergente e as nações mais desenvolvidas. É por conta da ação desses pesquisadores brasileiros que o Brasil começa a ganhar algum destaque naquilo que já se chamou de “corrida espacial”, herança da Guerra Fria.

Nela, o Brasil ficou para trás em pelo menos meio século no tocante à propulsão de foguetes espaciais na comparação com norte-americanos e soviéticos. Mas há cerca de quinze começou a se desenvolver no País um programa de pesquisa em propulsão líquida tendo como base o etanol nacional.

O desafio do programa, liderado pelo Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE), é movimentar futuros foguetes com um combustível líquido que seja mais seguro do que o propelente à base de hidrazina empregado atualmente. Esse último, cuja utilização é dominada pelo País, é corrosivo e tóxico.

O desafio da busca por um combustível “verde” e nacional também conta com o apoio de um grupo particular de pesquisadores, formado em parte por engenheiros que cursam ou cursaram o mestrado profissional em engenharia aeroespacial do IAE – realizado em parceria com o Instituto Tecnológico da Aeronáutica e com o Instituto de Aviação de Moscou. Finda a Guerra Fria, é hora de aquecer as parcerias.

Liderado pelo engenheiro José Miraglia, professor da Faculdade de Tecnologia da Informação (Fiap), o grupo se uniu para desenvolver propulsores de foguetes que utilizem propelentes líquidos e testar tais combustíveis.

“Os propelentes líquidos usados atualmente no Brasil estão restritos à aplicação no controle de altitude de satélites e à injeção orbital. Eles têm como base a hidrazina e o tetróxido de nitrogênio, ambos importados, caros e tóxicos”, disse Miraglia à agência Fapesp.

Miraglia coordena o projeto “Desenvolvimento de propulsor catalítico propelente utilizando pré-misturados”, apoiado pelo Programa Fapesp Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (Pipe).

 Na primeira fase do projeto, o grupo, em parceria com a empresa Guatifer, testou motores e foguetes de propulsão líquida com impulso de 10 newtons (N), com o objetivo de avaliar propelentes líquidos pré-misturados à base de peróxido de hidrogênio combinado com etanol ou querosene.

Via Direta

*** Quase todos os ex-prefeitos de Rondônia com candidaturas a Assembléia Legislativa indeferidas pelo TRE estão levando pau no TSE *** O caso mais recente foi de Sueli Aragão, de Cacoal *** Dois ex-prefeitos da capital, Carlinhos Camurça (PP) e José Guedes (PMDB) ainda aguardam julgamentos de recursos pra terem suas candidaturas convalidadas.

 

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Fonte: Carlos Sperança - csperanca@enter-net.com.br
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