Quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011 - 05h25
Nova legislatura
Com a posse dos deputados estaduais eleitos em outubro e a eleição da nova mesa diretora, agora sob a presidência do deputado estadual Valter Araújo (PTB), eleito na tarde de ontem, começou a nova legislatura, com uma expressiva renovação nos quadros políticos regionais. Entre os desafios do novo comando esta a conclusão do novo prédio do Parlamento estadual, iniciado pela gestão anterior.
A ressurreição
As eleições de outubro marcaram a ressurreição e a força dos políticos de Porto Velho. Além da capital eleger oito deputados estaduais na atual legislatura – nunca tinha conseguido isso antes – elegeu também agora o presidente da Casa de Leis, depois de 22 anos de supremacia da roça. Em quase 30 anos do parlamento estadual, apenas Amizael Silva e Oswaldo Piana tinham conseguido a “façanha”.
Projeção nacional
Recompensado pela sua produtiva atuação no Congresso, o senador Acir Gurgacz (PDT-RO) galgou a liderança do socialismo moreno no Senado, substituindo o parlamentar paranaense Osmar Dias. Além de Acir, a bancada federal tem como destaques Valdir Raupp, presidente nacional do PMDB e o deputado Moreira Mendes, presidente da poderosa Frente Agropecuária na Câmara Federal.
As maracutaias
A cada sorteio da Controladoria Geral da União –CGU para fiscalizar as contas dos municípios brasileiros, mais decepções para a população brasileira. Nos últimos 120 municípios fiscalizados, todos tinham irregularidades. 100 por cento de rapinadores, com notas fiscais clonadas, superfaturamento etc. Em Rondônia a coisa não deve ser muito diferente...
No Congresso
Enquanto em Porto Velho, os 24 deputados estaduais tomavam posse, em Brasília no Congresso Nacional os oito deputados federais e dois senadores eleitos tomavam posse em sessão solene. De Rondônia, na Câmara Federal, a grande novidade foi o Padre Tom (PT), enquanto que no Senado o ex-governador Ivo Cassol, eleito pelo PP, começa sua trajetória parlamentar.
Mais protestos
Um ato público reunindo a OAB, sindicatos de trabalhadores, entidades classistas etc, deve acontecer no próximo dia 10, como forma de mobilização contra o reajuste ns tarifas de transportes coletivos e a farra das aposentadorias dos governadores. Raupp, não é bobo nem nada, já anunciou que vai renunciar ao benefício.
Os paralelepípedos
Muitos municípios atingidos pelas tragédias de chuvas e das enchentes, por orientação técnica começam a pavimentar suas ruas com paralelepípedos, cuja modalidade facilita a absorção das águas, ao contrário do asfalto que impermeabiliza o solo. Em Rondônia, desde sua primeira administração, o prefeito José Bianco, ainda na década de 80 já adotava esta estratégia. Além disto, absorve mão de obra local, gera emprego e renda.
Do Cotidiano
Proposta polêmica
Denominados respeitosamente de “dependentes químicos” pela classe média alta e no vulgo popular de “noiados”, eles se multiplicam geometricamente pelo país afora e vão ampliando as estatísticas das internações hospitalares por conta de acidentes de trânsito e atos violentos. Ao mesmo tempo, vão ocupando no sistema prisional vagas que deveriam ser destinadas a prisioneiros cujos crimes não derivaram da dependência química. Aos dependentes químicos (DQs) deveria caber um tipo especial de detenção, com acompanhamento psiquiátrico.
Cadeia alguma vai recuperar um dependente químico apenas com a reclusão, mesmo porque as cadeias são antros enfumaçados, onde o cigarro comum – “careta”, como dizem – é considerado válido para “relaxar” o detento. Entretanto, o cigarro é apenas um mantenedor da dependência. Ao cabo de anos a fio de reclusão, logo nas primeiras horas o dependente vai novamente atrás do alívio ilusório que a droga traz aos DQs.
Não é por acaso que a droga introduziu uma das questões centrais do debate sobre a segurança pública no País: cabe às famílias cuidarem de seus dependentes químicos ou eles devem ser internados à força, antes que cometam crimes?
No RJ, um jovem viciado em crack matou uma amiga sob o efeito da droga. O pai do dependente declarou ser impossível tratar o filho, pois ele recusa ser internado. Nesse caso, não parece restar outra opção a não ser a chamada “internação involuntária”.
Polêmica, a proposta vai, no entanto, ganhando força, na medida em que o doente perde completamente o discernimento e não tem condições de saber o que é melhor para si, tornando-se perigoso tanto sob o efeito da droga quanto sem ela. “Bola” os mais diversos meios, legais ou ilegais, para conseguir dinheiro e se drogar, desde simular o próprio sequestro até extorquir dinheiro dos pais e amigos sob ameaças.
A internação involuntária se destina aos que não aceitam se afastar do vício. O tratamento é uma iniciativa tomada por membros da família do dependente químico ou de álcool com a intenção de conscientizá-lo sobre a desintoxicação. Muitos são contra, porque a decisão de internar um familiar à força pode ter motivações menores que ajudar o doente, envolvendo a apropriação de seus bens.
Via Direta
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Fonte: Carlos Sperança - csperanca@enter-net.com.br
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