Sexta-feira, 2 de julho de 2010 - 07h36
As idas e vindas
Com idas e vindas, reviravoltas de últimas horas, finalmente o quadro sucessório acabou definido, com as últimas convenções regionais, realizadas na última quarta-feira, prazo final concedido pelo TSE. Mas teve coisa indefinida até depois da convenção, como foi o caso do PSB, que depois e compor com os tucanos, optou no final por uma aliança com o PT.
Maiores perdas
Na reta final das convenções as maiores perdas foram as tucano Expedito Júnior (PSDB), que tinha largado na frente na corrida sucessória estadual. Em apenas dois dias perdeu quatro legendas de apoio, e duas delas com lideranças expressivas, como são os casos do PSB (que fechou com os petistas) e os Democratas (que fecharam com Confúcio). Uma verdadeira revoada.
Vexame do raposão
No entanto, o maior vexame político do ano foi protagonizado pelo ex-senador Odacir Soares, o raposão. Por duas vezes – uma no inicio do ano e outra no final de semana – ele anunciou com pompa e circunstância – que seria o vice na chapa do governador João Cahulla. E nas duas vezes foi desmentido pelos fatos. É muita desmoralização.
Agnaldo x Melki
Na coligação tucana uma briga movimentou os bastidores da aliança de sustentação a Expedito Júnior até horas finais da convenção. Depois de ter sido anunciado candidato ao Senado pelos tucanos, o ex-prefeito de Vilhena Melki Donadon não foi aceito como companheiro de chapa de Agnaldo Muniz. Donadon se viu obrigado a bater em outra porta, a de João Cahulla.
A Frente da Aliança
No final das coisas quem conseguiu se vitaminar mesmo foi o candidato do PMDB, Confúcio Moura, com adesão de siglas importantes como o PDT de Acir Gurgacz e os Democratas de José Bianco. Com tamanho reforço, Moura que já vinha numa crescente, passa a desfrutar de uma condição favorável para chegar na ponta no pleito de 3 de outubro.
Surpresa anunciada
Bem que o candidato ao governo do PT, deputado federal Eduardo Valverde tinha anunciado uma surpresa para a reta final das convenções. E ela chegou no final do segundo tempo: A surpresa foi à aliança com o PSB de Mauro Nazif e Jesualdo Pires, que acabou deixando Expedito na última hora, reforçando as paliçadas petistas, até então isoladas para a peleja 2010
Bom dia, cavalo!
Na roça é comum se afirmar que quem fala muito dá bom dia a cavalo. O ex-prefeito de Vilhena Melki Donadon falou abobrinhas de João Cahulla durante o ano todo e ao final foi se abrigar nas asas do governista, preterido que foi por Expedito Júnior (que só teve a ganhar em se livrar do célebre ficha suja). Com Melki e Nilton “sanguessuga” Capixaba, no mesmo palanque, formou-se uma nova frente da pesada!
O mapa da eleição
Com quase 1.200.000 eleitores Rondônia vai eleger o novo governador numa disputa bem regionalizada e por isso, já sinalizando um pleito em dois turnos. E dois terços do eleitorado rondoniense esta encravado no interior do estado, que novamente terá peso maior na definição da escolha do novo governador.
Do Cotidiano
A ONU e os anos internacionais
Este ano, mediante declaração oficial das Nacões Unidas, é o Ano Internacional da Biodiversidade. Mas, afinal, para que servem os anos internacionais disto ou daquilo?
Vamos tomar apenas alguns anos internacionais declarados pela ONU para tentar examinar no que deu, concretamente, essa declaração pomposa e oficial. O ano de 1965 foi dedicado à “Cooperação”. Resultado: a Guerra Fria se intensificou ainda mais e ditaduras fascistas se espalharam pela América do Sul.
1975 foi o Ano Internacional da Mulher. Resultado: o ano rendeu muita conversa e poesia, mas as mulheres continuam ganhando salários inferiores pelo mesmo trabalho e segue a mesma valsa da dupla jornada como trabalhadora e dona-de-casa, sem contar a violência doméstica.
1985 foi o Ano Internacional da Juventude, mas prosseguem as más condições de educação e formação profissional, a falta de colocação para os diplomados e a indústria da guerra ainda tem jovens como sua principal bucha de canhão.
Poderíamos tomar a relação de anos internacionais da ONU e verificar que depois de toda a discurseira cabível em cada um, o que ficou foi à sensação frustrante de que tudo continuou na mesma ou, em alguns casos, até piorou. O ano de 1996, por exemplo, foi dedicado à erradicação da pobreza. Como vimos, ela aumentou: a crise financeira de 2008 salvou todos os bancos quebrados e aqueles que os quebraram estão sorrindo com o socorro recebido por parte dos cofres públicos de cada nação, mas o número de miseráveis e famintos aumentou em todo o mundo.
No Brasil, aliás, comemora-se o aumento do número de pobres, sob a alegação de que ser pobre é preferível a ser miserável. Mas a promessa foi erradicar a pobreza, não aumentar o número de pobres.
Pois bem, estamos em pleno curso do Ano Internacional da Biodiversidade e, ainda no seu primeiro quadrante, ainda há esperanças para ele, apesar das eleições e da Copa do Mundo. Na verdade, na medida em que o ano é da biodiversidade, ele é praticamente um ano de tudo o que se imaginar, excluindo, em tese, os minerais, já que animais e vegetais se enquadram em seus parâmetros.
Trata-se, enfim, da vida. Não apenas a humana, mas de todos os seres vivos, compreendendo-se também suas articulações com os minerais − mesmo porque a exploração econômica das águas e das jazidas de minérios guarda íntima relação com a vida e sua qualidade.
Pode-se, neste caso, dizer que 2010 é o ano de tudo o que prezamos e pode nos assegurar bem-estar e felicidade. Fica a conferir se os “donos do mundo” vão finalmente baixar o facho do egoísmo e da ganância e aceitar essa teimosa pretensão humana ao bem-estar e à felicidade.
Via Direta
*** O deputado Jidaias Tziu era uma carta na manga, um coringa para ser usado pela Frente Progressista na reta final *** E acabou sendo usado por Cassol, para acomodar o antigo desafeto Melki Donadon *** Em entrevista coletiva ontem pela manhã, Mauro Nazif explicou a adesão do PSB ao projeto de eleição do petista Eduardo Valverde *** Petistas e socialistas agora pulam cirandinha juntos...
Fonte: Carlos Sperança.
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