Terça-feira, 2 de novembro de 2010 - 06h29
Novo cenário
Com a eleição do peemedebista Confúcio Moura se desenha um novo cenário na política regional. Uma nova ordem emergirá para as eleições municipais de 2012 – com o PMDB já se apresentando como franco favorito em municípios pólos - e a oposição já contando como seu líder o senador eleito Ivo Narciso Cassol (PP).
Eleição da ALE
Os primeiros reflexos da vitória da oposição já deverão ser sentidos na eleição da nova mesa diretora da Assembléia Legislativa. A cotação dos candidatos à presidência da Casa, ligados ao atual governo, como Valter Araújo (PTB) diminui, enquanto que a dos deputados do PMDB, DEM e PDT, enfim da nova base aliada, ganha força.
Próximas eleições
Passadas as eleições de domingo e eleito nosso novo mandatário a classe política rondoniense se volta às eleições da Mesa Diretora da Assembléia Legislativa e a partir de janeiro para as eleições municipais de 2012. Será um novo confronto entre a nova base aliada governista com as forças cassolistas agora sedentas de revanche. No campo político um dos desafios do novo governo é manter unida a sua coalizão.
Taxas elevadas
O que impressionou nas eleições de domingo foram às elevadas taxas de abstenções, votos nulos e brancos em Rondônia. Foi uma das mais altas do país. Isso foi o resultado do final de semana prolongado, mas também de posicionamentos do eleitorado (no caso de nulos e brancos) dizendo não aos dois candidatos, talvez pela campanha acirrada nas últimas semanas.
Grandes desafios
Embora receba uma máquina azeitada o novo governador que assume em janeiro terá grandes desafios pela frente. A capital, por exemplo, é afetada por um maciço fluxo migratório e entrou em colapso do trânsito ao abastecimento de água, de energia, e no quesito esgoto, temos a menor rede entre as capitais brasileiras, algo em torno de 4 por cento.
Projetos elaborados
Chama atenção o esmero de Confúcio ao tratar de reivindicações junto ao governo federal. Ele só pretende procurar a Esplanada dos Ministérios com os projetos já caprichosamente elaborados como fazia em Ariquemes. Ele obteve grandes resultados com esta iniciativa, principalmente no aproveitamento das emendas parlamentares.
Expectativa de vitória
Não foi a toa que o governador João Cahulla (PPS) cancelou a entrevista coletiva de domingo à noite para seu pronunciamento oficial das eleições. A expectativa da base aliada era de vitória. Ainda pela manhã deputados governistas ligaram ao colunista do interior para saber do panorama na capital onde esperavam uma reviravolta.
Clima de virada
O marketing governista tentou até o último dia uma virada. Para tanto usou de subterfúgios como pesquisas fajutas para dar um clima traçando ações simultâneas de campanha nos 52 municípios do estado. Não faltaram estratégias, mas a aliança da oposição estava bem montada e com as paliçadas reforçadas nos principais colégios eleitorais.
Dente por dente
Sabotados pelo cassolismo nas eleições a Assembléia Legislativa os dirigentes cristãos liberaram seu povo para votar em Confúcio Moura. Neodi Carlos, Edgar do Boi, Brito do Incra e cia deixaram para dar o troco na reta final, já que tinham sido preteridos por Carlinhos Camurça, Kaká Mendonça (que não se elegeram) e Luizinho Goebel durante a campanha passada.
Do Cotidiano
A trajetória desenhada
A candidatura do ex-prefeito de Ariquemes, Confúcio Ayres de Moura, ao governo do estado começou a ser desenhada ainda na sua reeleição a prefeitura há quase dois anos, quando fez 73 por cento dos votos, o recordista das eleições municipais de 2008. Confúcio constatou naquela oportunidade o sentimento de Ariquemes e da região do Vale do Jamari, que jamais tinha elegido um governador (como já tinha ocorrido com Ji-Paraná e Rolim de Moura) e foi embalado por este mote que ele começou a montar sua postulação. Bem postado no Vale do Jamari e na Bacia Leiteira de Jaru, ele começaria sua decolagem tendo possíveis adversários poderosos.
Não foi fácil chegar à homologação do seu nome na convenção de junho. Existiam dois outros pré-candidatos no partido, os ex-prefeitos Sueli Aragão (Cacoal) e Melki Donadon (Vilhena). Para definição do candidato foram realizadas prévias que ele ganhou com ampla vantagem e ainda existia uma desconfiança generalizada que alguns clãs políticos regionais radicados no seu partido faziam jogo duplo com os governistas
Mesmo assim parte do partido ainda queria uma composição com o PT, tendo o prefeito Roberto Sobrinho da capital como cabeça de chapa. Confúcio só conseguiria convencer a militância do partido da viabilidade da sua candidatura quando começou a crescer bem na capital. Com isso atraiu o apoio de grandes aliados ainda no primeiro turno, como o senador Acir Gurgcz (PDT-RO) e do ex-governador José Bianco (DEM), prefeito de Ji-Paraná.
Com a vitória no primeiro turno em 31 de outubro as portas ficaram escancaradas para outro resultado consagrado neste segundo turno, com as adesões do candidato dissidente da base governista, o tucano Expedito Júnior, o PT de Eduardo Valverde e o PSB de Mauro Nazif e Jesualdo Pires. Impulsionado como um foguete por uma coalizão suprapartidária desta envergadura, Confúcio Moura chega ao governo sinalizando com uma administração moderna e inovadora, como a que desenvolveu na sua amada Ariquemes.
E será agora, já na montagem de sua equipe de governo, durante o período de transição, onde o ex-prefeito já terá condições de mostrar suas qualidades de administrador e de político conciliador, marcas registradas desde o inicio a sua trajetória em Rondônia.
Via Direta
***As disputas políticas estão tão feias que até vaga de suplente tem sido motivo de briga em Rondônia *** Como se sabe, Agnaldo Muniz (que já tomou posse) e José Amauri brigam pela vaga de Natan Donadon *** Com a derrota de Cahulla começa uma diáspora de rolimorenses de volta a Zona da Mata *** A população de Rolim vai aumentar de novo. É só requerer recontagem no IBGE...
Fonte: Carlos Sperança - csperanca@enter-net.com.br
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