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Carlos Sperança

Uma coluna sem papas na língua 03/02/11


 

 

Na liderança

Já na condição de líder do PDT no Senado, o senador Acir Gurgacz (PDT-RO) participará mais de perto do jogo político do Palácio do Planalto, das reuniões importantes na esfera ministerial e do Congresso Nacional. O mais importante, no entanto, é que com o novo posto o pedetista terá mais poder de fogo para carrear recursos para o estado de Rondônia.

 

Infidelidade

Desde a eleição da nova mesa diretora da Assembléia Legislativa o que mais e comenta é a infidelidade do PT com relação ao governo Confúcio Moura, onde a sigla mantém cargos do primeiro escalão. Os deputados – José Hermínio ligado a Eduardo Valverde e Epifânia Barbosa eleita com apoio do prefeito Roberto Sobrinho – votaram no candidato dos “independentes”. E Ribamar Araújo se absteve da votação.

 

Bomba relógio

Como uma bomba relógio prestes a explodir, o casamento PMDB-PT está se encaminhando para um divórcio. Tudo por causa de interesses díspares para as eleições municipais do ano que vem. Os petistas estão com medo de serem devorados pelos peemedebistas depois que o partido de Confúcio Moura galgou o Palácio Presidente Vargas. Precavidos, os petistas já estão começando o distanciamento.

 

Sem oposição

O senador Ivo Cassol afirmou aos prefeitos e as lideranças que foram ao seu gabinete depois da posse, que não pretende fazer oposição ao governo Confúcio Moura. É do seu interesse se candidatar daqui a quatro anos e não quer a casa desarrumada na sua volta ao futuro Centro Administrativo que construiu. Mas será que conseguirá ficar de bico calado durante quatro anos?

 

As mudanças

 Com a ascensão de quatro vereadores a Assembléia Legislativa, a Câmara de Vereadores de Porto Velho ganhou quatro caras novas: foram empossados os suplentes Sid Órleans e José Wildes (PT), Marinho Melo (PMDB) e Edmilson Lemos (PSDB). Nenhum é novato: todos - principalmente Marinho Melo - já têm larga experiência no Poder Legislativo municipal.

 

Boas relações

O prefeito de Porto Velho Roberto Sobrinho (PT) acompanhou o inicio da nova legislatura na Câmara de Vereadores de manhã e a tarde posse dos deputados Assembléia Legislativa. Ele, que tem ampla maioria no Poder Legislativo municipal, procura agora um bom entendimento com o Parlamento estadual, que agora tem oito deputados estaduais, um terço de representantes da casa de Leis. Um apoio considerado indispensável.

 

Comemorações

Buscando melhor articulação com aliados e a imprensa – por conseguinte pensando em vôos mais altos no futuro – o deputado estadual Luizinho Goebel (PV-Vilhena) reuniu lideranças interioranas e jornalistas, para um jantar na noite de terça-feira. Luizinho, que foi uma surpresa ao se eleger em 2006, ratificou sua liderança nas eleições de 2010 com uma grande votação no Cone Sul do estado. É o grande predador dos Donadons.

 

 Do Cotidiano

As fantásticas ouvidorias

Quando a ditadura caiu, por si mesma, sem um tiro, abaixo de uma dívida descomunal, esperava-se que o retorno das eleições diretas para a Presidência fosse à garantia automática da conquista da democracia. No entanto, quase um quarto de século depois de promulgada a atual Constituição, há um abismo entre seu texto progressista e a realidade, na qual as leis são dribladas e as instituições obrigatórias maquiadas para fingir que obedecem às normas.

“Participação popular” e “audiência pública” são expressões muito usadas nas campanhas eleitorais mas escassamente praticadas depois que os mandatos começam. Quando acontecem, como no debate com as comunidades em torno da recomposição dos planos diretores, é apenas para cumprir a lei. Conselhos comunitários ou são manipulados ou simplesmente nem se instalam. Audiências públicas ou têm script para chegar a determinado resultado sob encomenda ou se perdem nos debates sem consenso.

Nesse caso, a criação de ouvidorias em cada instituição para atender diretamente ao público-alvo de cada uma sem perder tempo com o antigo “departamento das desculpas esfarrapadas” seria um instrumento fantástico de afirmação das instituições a serviço dos cidadãos.   

Um dos setores em que as ouvidorias mais se fazem necessárias – e justamente por isso há leis que as instituem –, é no setor da segurança pública. Um banditismo cada vez mais organizado, montado na bala da droga e se fortalecendo com a lavagem de dinheiro, irradia-se desde os presídios, onde deveria estar confinado, até as explosivas periferias das cidades, à base de muita corrupção e conivência.

No entanto, sem recursos, por vezes nada mais que um número de telefone para anotar recados, as ouvidorias de polícia estão ameaçadas de se tornar apenas vaquinhas de presépio, funcionando só para compor cenário e decoração.

Instituições que devem servir de controle externo para as atividades policiais, as ouvidorias foram instaladas em apenas 17 dos 27 estados brasileiros e dos 17 ouvidores, dez estão vinculados a instituições como as próprias secretarias de Segurança Pública. É como a raposa tomando conta do galinheiro ou o Juquinha que quebrou a vidraça julgando a própria estripulia.

 

Via Direta

*** A Assembléia Legislativa ontem era um verdadeiro formigueiro humano, de tanta gente *** Antigos deputados se mudando, novos deputados buscando seus gabinetes, novos funcionários procurando se enturmar *** O veto de alguns nomes petistas pelo Diretório Regional do PMDB para cargos de primeiro escalão do governador Confúcio Moura é o que teria desencadeado a crise de relacionamento PT/PMDB.

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Fonte: Carlos Sperança - csperanca@enter-net.com.br
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