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Gente de Opinião

Carlos Sperança

Uma coluna sem papas na língua 03/08/10


 

Disputa do topo

O Ibope não mostrou nenhuma surpresa aos rondonienses na pesquisa divulgada sexta-feira à noite, pela TV Rondônia, apontando o ex-senador tucano Expedito Júnior na ponteira (com 26 pontos de intenções de votos), com o ex-prefeito de Ariquemes Confúcio Moura (PMDB) em segundo com 21 por cento. O que se vê por enquanto, são os dois realmente disputando o topo.

 

O crescimento

Mas a consulta comprova o crescimento de Confúcio Moura (PMDB) que abriu a jornada bem atrás de Expedito e já se aproxima perigosamente do tucano. Também indica ainda a dificuldade do governador João Cahulla (PPS) de chegar ao segundo turno, mesmo com apoio do governador Ivo Cassol, que recebeu fantásticos 45 por cento de intenções de votos pra o Senado.

Uma decepção

Mas a decepção da primeira rodada Ibope em Rondônia foi à performance do petista Eduardo Valverde. Neste momento ele patina na decolagem, principalmente no interior do estado. E o que se vê, é que ainda estamos ainda longe de se quebrar aquele velho tabu, da capital não eleger governador: desde 94 só o interior elege governador em Rondônia, embalado pelo voto majoritário (mais de 800 mil eleitores no interior, contra apenas 280 mil de Porto Velho).

Esperança petista

A esperança dos petistas é a reta final, quando os candidatos do partido reagem bem  em Porto Velho e,  nesta temporada, ainda com mais confiança em vista da performance  da presidenciável Dilma Roussef em alta, do presidente Lula com quase 80 por cento de aprovação popular e do prefeito de Roberto Sobrinho que obteve 60 por cento dos votos na capital, por ocasião da sua reeleição.

Muitos indecisos

Mas com um elevado percentual de indecisos, temos uma eleição em aberto em Rondônia e qualquer reviravolta não poderá ser considerada uma surpresa, num estado já habituado a vivenciar alterações drásticas do quadro político de última hora. Cahulla tem 15 pontos e na reta de chegada com a máquina bem azeitada do governo e com o apoio do ex-governador pode encrencar a vida dos concorrentes.

 

Queda na pesquisas

Já, a queda de Expedito pesquisas era esperada. Começou com alguma gordura, no inicio do ano com 37 pontos e agora no Ibope já registra 26. A tendência é que caia mais alguns pontos ainda e se isso acontecer terá uma disputa dramática pelo voto governista (oriunda do cassolismo) com o João Cahulla. Afinal ambos disputam à mesma faixa do eleitorado.

 

Fôlego de recordista

Com 45 por cento de intenções de votos, atribuídos pelo Ibope, o ex-governador Ivo Cassol confirma o fôlego para obter o recorde de votos ao Senado de Fátima Cleide em 2002 e influenciar no encaminhamento de João Cahulla ao segundo turno, nas eleições em outubro. Ivo vai liderando a disputa ao Senado de Praia do Tamanduá, na zona ribeirinha de Porto Velho, aos morros da Serra do Touro em Colorado. Coisa de louco!

 

Já despontava

Lembro que conversei com Ivo há 30 dias atrás e ele me dizia que nas suas pesquisas internas (ele tem uma boa agência de marketing e pesquisas)  já atingia os 42 por cento de intenções de votos. Falava ainda – publiquei a entrevista neste Diário - que seu propósito era levar Cahulla a uma vitória ainda em primeiro turno. Pelo menos a parte dele vai garantindo...

 

Esforços redobrados

Por último, se o PT quiser levar seu candidato Eduardo Valverde adiante, uma tarefa que inicialmente parece difícil, ante as últimas pesquisas, o partido vai precisar mais do prefeito Roberto Sobrinho e reforçar com mais qualidade sua equipe de marketing e de mídia. Porque se o candidato petista ao governo tem dificuldades na capital, imagina-se no bairrista interior, onde sua situação ainda é mais aflitiva.

 

 

Do Cotidiano

Porto Velho em colapso

Uma coluna sem papas na língua 03/08/10 - Gente de OpiniãoQuero abrir a crônica de hoje alertando os senhores vereadores e deputados estaduais que representam Porto Velho para a situação emergencial que a capital passa com a estiagem e suas conseqüências.  Ao contrário do que autoridades estaduais e municipais prometiam há quase um ano atrás – lembram? Aqueles célebres 100 por cento de água tratada? -, estamos, na verdade, vivenciando um verdadeiro colapso de abastecimento   nos bairros populosos da capital rondoniense.

Percorri bairros maltratados – inclusive algumas invasões – no final de semana e constatei a situação deplorável que atinge milhares de moradores. Uma situação agravada pela seca. Regiões onde os poços caseiros com 10 metros de profundidade não mais vertem água, obrigando as famílias a ampliarem as escavações para o aprofundamento. Cada metro extra cavado nos bairros custa para os “sem –água” a quantia de R$ 75 a R$100,00, recursos dispendiosos, já que muito não tem sequer para o pão nosso de cada dia.

Trata-se de um momento emergencial onde a prefeitura de Porto Velho e o governo do estado, em parceria com a Companhia de Águas e Esgotos de Rondônia –Caerd deveriam se unir para dar assistência e aliviar o drama deste povo carente. A coisa afeta a saúde pública, porque sem água tratada a verminose se alastra, provocando mais demandas nos postos de saúde estaduais e municipais.

É difícil imaginar que uma cidade, como Porto Velho, banhada pelo Rio Madeira, o maior afluente a margem direita do rio Amazonas, o maior do mundo, padeça com a falta de água. Mas é uma realidade: temos bairros na Zona Leste, ou mesmo na Zona Sul, onde mulheres e crianças, com latas de água na cabeça, imitam a imagem de um sofrido agreste nordestino.

Seja na Vila Mariana, ou a no bairro Cidade do Lobo, seja nas invasões, ou em tantas outras comunidades periféricas, vemos a mesma toada, com a falta do precioso líquido. Todos já clamam por caridade as chuvas de São Pedro, enquanto aguardam amparo das autoridades municipais e estaduais, ou pelo menos um carro pipa de socorro, da nossa omissa Caerd.

 

Via Direta

*** Num processo de autofagia familiar, os vereadores portovelhenses José Hermínio e Cláudio Carvalho disputam cadeiras a Assembléia Legislativa *** A disputa lembra o caso de Davi Chiquilito com seu primo Guilherme Erse, disputando uma mesma faixa de votos e se ferrando em eleições passadas *** O resultado destas pendengas familiares é um só: os briguentos acabam se inviabilizando *** Confiram em três de outubro.

Fonte: Carlos Sperança - csperanca@enter-net.com.br
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