Uma coluna sem papas na língua 04/09/10

Nos estados

Embora com o presidenciável José Serra em queda livre, os tucanos se posicionam bem nas pesquisas para conquistar governos de importantes estados brasileiros. São os casos de São Paulo, com Geraldo Alckmin, em Minas Gerais com Anastásia, no Paraná com Beto Richa, em Goiás com Marconi Perilo. Nem tudo esta perdido...

Perdas tucanas

Em contrapartida, além da derrocada de Serra, o PSDB esta perdendo o governo do Rio Grande do Sul, onde Tarso Genro (PT) lidera as pesquisas. Em Rondônia, onde o PSDB, também tinha como favas contadas a conquista do governo estadual, o candidato Expedito Júnior já cedeu terreno para os adversários João Cahulla (PPS) e Confúcio Moura (PMDB).

Metas ambiciosas

O ex-governador Ivo Cassol (PP), que lidera a corrida ao Senado em Rondônia, tem metas ambiciosas no pleito de 3 de outubro. Além da sua própria eleição, ele pretende emplacar o seu ungido João Cahulla no governo estadual, influenciar na eleição de quatro deputados federais, e eleger a metade da bancada de deputados a Assembléia Legislativa.

Próximo presidente

Por falar nas “conspirações” de Ivo, também é seu objetivo eleger o próximo presidente da Assembléia Legislativa. O que corre nos bastidores é que o seu nome preferido, conforme acordo político já traçado, seria o ex-prefeito de Porto Velho Carlinhos Camurça, que de desafeto se transformou em aliado. Hoje ambos estão mais unidos do que nunca.

Agora, o voto útil

Nas eleições rondonienses já se observa os primeiros movimentos em torno do voto útil. O eleitor começa a definir o nome mais preparado na oposição em condições de derrotar o continuísmo do governo que aí esta. Neste particular, quem leva vantagem nesta corrida é o peemedebista Confúcio Moura, o candidato da aliança.

Orelha a orelha

O governador João Cahulla esta rindo de orelha a orelha com as últimas pesquisas. El Bigodón nem ligou para as pauladas que recebeu no debate em Rolim de Moura pois tem consciência, que quem tem a ponta leva mais cacete dos adversários. Quem diria, né? Até 45 dias atrás ele era considerado o patinho feio da eleição, um candidato inviável - e muita gente até se preparava  para pular fora do seu navio.

Maria da Penha

É realmente louvável a campanha desencadeada pelo Conselho Nacional de Justiça, sobre a Lei Maria da Penha. Anos depois da sua aprovação a violência contra a mulher continua desenfreada e isto é constatado no dia a dia em Porto Velho, com dezenas de agressões aos finais de semana. É preciso punir os infratores com mais rigor.

Pulando cirandinha

Como são as coisas na política. Até pouco tempo atrás, o presidente regional do PSDC, Edgar do Boi, pedia para os jornalistas sentar o pau em Moreirão Mendes, se dizendo perseguido com seus cristãos de Cacoal etc. Hoje ele madruga para tomar chimarrão com Moreirão e até bate continência para o Xaropinho que o deixava horas na sala da espera na Casa Civil. Agora, todos pulam cirandinha...

Clãs regionais

A Lei Ficha Limpa serviu para frear os clãs políticos regionais que usavam as entidades pilantrópicas, com verbas dos governos estaduais para se eleger. No caso de Rondônia a maioria dos políticos ligados aos Amorins, Muletas e Donados tiveram suas candidaturas indeferidas, além de tantos outros pilantras. 

Do Cotidiano

A campanha nas ruas

O clima morno da corrida sucessória rondoniense já estava até incomodando. Foi com o horário eleitoral gratuito, a partir de agosto, que finalmente a mobilização dos candidatos aumentou e as rivalidades tribais começaram a emergir.

Sem os astros da política rondoniense na disputa ao Palácio Presidente Vargas – o ex-governador Ivo Cassol que disputa uma vaga ao Senado, os senadores Fátima Cleide (PT) e Valdir Raupp (PMDB (que pleiteiam a reeleição), o ex-governador José Bianco que permaneceu na prefeitura de Ji-Paraná e o senador Acir Gurgacz (PDT) que decidiu ficar fora da disputa demorou para surgir um clima de disputa eleitoral.

Foi a partir do debate realizado pela Universidade Federal de Rondônia, em meados de agosto, transmitido ao vivo pela TV Candelária, que começou a se falar realmente em eleição. O confronto reuniu todos os candidatos – Confúcio Moura (PMDB), Expedito Júnior (PSDB), Eduardo Valverde (PT) e Marcos Sussuarana (PSOL), menos o atual governador João Cahulla (PPS) que evitou o debate alegando que tinha compromissos assumidos anteriormente.

Nas discussões, o ex-prefeito de Ariquemes, Confúcio Moura (PMDB) mostrou mais qualidade que os adversários, mas também foi citado pelo bom desempenho, o petista Eduardo Valverde. O até então líder nas pesquisas, o tucano Expedito Júnior teve uma  performance fraca.              

Mas foi com o debate realizado pela Rádio Rolim FM, em Rolim de Moura, é que a campanha esquentou. Lá, com todo os cinco candidatos presente, já cientes da pesquisa do Ibope - com Cahulla na ponta - o pau cantou em cima do governador.

Das propostas em curso, apresentadas até agora, uma das mais radicais é de autoria do candidato ao governo dos tucanos, Expedito Júnior, que tinha a candidatura indeferida pelo TRE-RO até o final do mês passado e que luta pra continuar na disputa com recurso no TSE. Ele defende a implosão do complexo penitenciário Urso Branco, que segundo ele é uma verdadeira universidade criminal. “Se for eleito vou colocar abaixo aquele presídio e construir um presídio industrial”, anuncia.

No ritmo de implosões, o governador João Cahulla também fala da sua. “Vou implodir o Pronto Socorro João Paulo II e construir um novo com todas as condições de atender a população”. Como se sabe, aquele hospital tem sido palco de horrores da saúde rondoniense.

Já o candidato Confúcio Moura, do PMDB, traz suas experiências inovadoras da prefeitura de Rolim de Moura, tanto em educação, saúde, segurança pública. A disputa vai esquentando...

Via Direta

*** A senadora Fátima Cleide (PT) se aproximou de Expedito Junior e sua turma para ver se garante à reeleição *** A torcida é para que não acabe no despenhadeiro com o tucano *** As debandadas nas campanhas dos candidatos ao governo em queda livre já começaram *** Os debandados agora, procuram abrigo nas campanhas de Cahulla e Confúcio, já visando o segundo turno.
 

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Fonte: Carlos Sperança - csperanca@enter-net.com.br
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