Quarta-feira, 5 de maio de 2010 - 06h02
Corrida sucessória
Com Acir Gurgacz (PDT) e Eduardo Valverde (PT) já desenvolvendo verdadeiras blitz pelo estado, a corrida sucessória estadual começa a mudar de figura. Na verdade, até poucas semanas apenas Expedito Júnior (PSDB), Confúcio Moura (PMDB) e João Cahulla (PPS) estavam no trecho. E sendo confirmada também a postulação de Melki Donadon (PHS), a regionalização da campanha estará sacramentada de vez.
Poder caipira
O eleitorado rondoniense já está em torno de 1.200.000 eleitores e a capital rondoniense caminha para atingir 280 mil em condições de votar no pleito de outubro. Teremos uma peleja ao governo mais uma vez decidida no interior que é majoritário e por isso desde 1994 (com Raupp) em 98 (com Bianco) em 2002 e 2006 (com Cassol) o poder caipira domina o Palácio Presidente Vargas
A regionalização
Mas a fragmentação dos votos na roça (são seis candidatos: Ariquemes (1), Ji-Paraná (1), Rolim de Moura (2) e Vilhena (2) torna a capital decisiva, um verdadeiro campo de batalha para a conquista de uma vaga num previsível segundo turno. E ao petista Valverde, que é o candidato da capital, caberá um tabu para quebrar: o bairrismo do interior habitado majoritariamente por migrantes sulistas e que votam nos candidatos locais.
Coisas acalmaram
Com o “técnico” Cassol, um disciplinador (eu diria até um domesticador de serpentes....) nas paradas as coisas acalmaram nas paliçadas da Frente Progressista, coalizão de 10 partidos, unidos para dar sustentação ao projeto de reeleição do governador João Cahulla. A tempestade passou e já ninguém mais esta chiando com relação ao espaço destinado no governo estadual.
Calendário unificado
Para se ter uma idéia da organização da Frente Progressista, a coalizão estava uma bagunça, sem comando e até os eventos marcados já eram alvo de retaliações de legendas descontentes. Agora a coligação já tem um calendário unificado de eventos até 30 de junho, quando será realizada a convenção que vai homologar João Cahulla ao governo, Neodi Carlos a vice, Cassol e Tziu Jidaias ao Senado etc.
Guerra de pesquisas
Também rola nos bastidores uma verdadeira guerra de pesquisas sobre a corrida sucessória estadual e, por terem paternidades diferentes, todas apresentam resultados díspares. A coisa não bate, a começar pelo fantástico índice de indecisos, que chega quase a metade do eleitorado, mas retratado “pinoquiamente” como mínimo nas consultas dos pré-candidatos.
No mesmo palanque?
O PHS realizou encontro estadual em Cacoal para lançar seu pré-candidato ao governo Melki Donadon, mas o encontro também contou com a presença de mais dois postulantes ao Palácio presidente Vargas, Expedito Junior (dos tucanos) e o petista Eduardo Valverde. Junior e Valverde discursaram a vontade, como se estivessem em casa.
Melhorar a encenação
O PHS precisa melhorar a encenação sobre o lançamento de candidatura própria. Tanto o enredo e o figurino desta peça teatral devem ser reavaliados. Quando um partido projeta uma candidatura para valer, não tem esta de arrumar palanque para os adversários como aconteceu no encontro de Cacoal. O pau come solto. Como Melki vai conseguir convencer alguém que será candidato deste jeito? Terá que encenar melhor...
Do Cotidiano
Um Brasil vulnerável
Esquenta forte em todo o País. Cresce em todos os lugares a noção de que o aquecimento global será o equivalente em calor do que foi o dilúvio em umidade. Não faz muito tempo, o 3º Simpósio Internacional de Climatologia, realizado em Canela (RS) pela Sociedade Brasileira de Meteorologia examinou o tema central Mudanças de Clima e Extremos e Avaliação de Riscos Futuros, Planejamento e Desenvolvimento Sustentável e navegou entre as ondas do calor e as do frio, mostrando que as situações extremas causam um impacto dramático, especialmente nas populações mais pobres.
A conclusão do simpósio é que o Brasil é vulnerável aos eventos climáticos extremos e, mais ainda, às mudanças climáticas que se projetam para o futuro. De mais a mais, a economia nacional é primária, fortemente baseada em recursos naturais diretamente dependentes do clima. “Nossas fontes de energias, agricultura e biodiversidade são potencialmente vulneráveis”, diz o documento. “O desenvolvimento sustentável do País depende da capacidade de adaptação às mudanças climáticas em todos os setores, além da redução do risco futuro por meio da diminuição das emissões de gases do efeito estufa”. É coisa muito séria, portanto.
Lá fora, a coisa tem cheiro de ser manobra dos EUA para se eximir de sua máxima culpa no tocante ao aquecimento global. Há uma pressão mundial sobre os EUA, cujo povo, além de acossado por uma grave crise, entra em parafuso ao descobrir que todas as guerras e invasões promovidas custaram muito caro e deram numa sucessão de crises.
De qualquer modo, foi o climatologista alemão Mojib Latif o autor da bombástica declaração, feita na Conferência Mundial do Clima, realizada pela ONU em Genebra, na Suíça, de que o problema à vista não é mais o aquecimento, aferido por todos os estudos da própria ONU.
Se ele estiver correto, o mundo está no limiar de um período de uma ou duas décadas de resfriamento global. Somente depois, diz o cientista, é que o aquecimento global se fará novamente observável. Em suma, depois do calorão vem a geladeira e depois dela, mais calor. O resfriamento ou o calor não seriam causados por nossa inconsciência ambiental, mas por alterações cíclicas naturais nas correntes oceânicas.
Isso é perigoso, pois justificará as tendências negativas de destruição ambiental com a velha desculpa do pistoleiro: “Eu faço o furo. Quem mata é Deus”. O destruidor ambiental dirá algo semelhante: “Eu destruo, mas é Deus que alterna ciclicamente as eras do gelo e do calor”.
Via Direta
*** Os Democratas rondonienses de José Bianco, Assis Canuto e Silvernani Santos tentam emplacar um vice na temporada *** Os entendimentosprosseguem nos bastidores*** O PMDB-RO já fala em eleger pelo menos três deputados federais nas eleições de outubro *** E a BR 364 continua funcionando como um perigoso corredor de ambulâncias *** Até quando?
Fonte: Carlos Sperança
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