Uma coluna sem papas na língua 06/08/10

Confúcio, o maratonista

O candidato da coligação “Aliança Por Uma Rondônia Melhor”, Confúcio Moura esteve ontem em três regiões do estado, num jogo de estratégia, visando crescer também nos redutos dos adversários. Além de cavalgada em Chupinguaia, no Cone Sul, inaugurou comitê em Rolim de Moura na Zona da Mata, e encerrou o dia em Cacoal, na Região do Café.

A cavalaria chegou

O prefeito de Porto Velho Roberto Sobrinho, finalmente entrou nas paradas e já garante que não medirá esforços para colocar Eduardo Valverde no segundo turno. Confesso que cheguei a pensar que o alcaide da capital estava se fazendo de gato morto na campanha de Valverde, mas o que se vê, agora é ele envolvido inteiramente no projeto. A militância petista já respira aliviada.

As reviravoltas

Sempre lembro que a campanha eleitoral em Rondônia tradicionalmente tem idas e vindas e as vezes grandes reviravoltas, e algumas delas já estão acontecendo com o projeto ficha limpa. Os prejuízos com o indeferimento das candidaturas para Expedito Júnior, que liderava a corrida ao Palácio Presidente Vargas e Ivo Cassol que ponteava ao Senado já são enormes, mesmo que consigam reverter à coisa mais tarde no TSE.

Conspirando contra

O tucano Expedito Júnior anunciou que vai recorrer da decisão do TRE que indeferiu sua candidatura ao governo. O candidato entrou em inferno astral nos últimos dias: 1 -Seu presidenciável José Serra esta em queda livre 2 – Seu registro de candidatura foi indeferido 3 – Perdeu terreno para os adversários na capital 4 – Os recursos de campanha começaram a minguar. É para se benzer...

Tem explicação?

A pequena Rolim de Moura se assemelha aquela aldeia de Asterix e Obelix, cujos personagens, tem como segredo uma beberragem que os tornam fortes e poderosos. Suspeito que os políticos de Rolim devem tomar alguma poção semelhante para angariar popularidade: a pequena Rolim tem dois candidatos de ponta ao governo, dois candidatos de ponta ao Senado, e duas mulheress, candidatas de ponta à Câmara Federal. Coisa de louco!

Clã Donadon

O  projeto Ficha Limpa atingiu todo o clã Donadon de uma só vez só. Desde o deputado estadual Marcos Donadon, passando pelo deputado federal Natan Donadon, atingindo até o chefe do clã, o ex-prefeito Melki Donadon, o maior cacique político do Cone Sul do estado, todos tiveram os registros das suas candidaturas indeferidas. E ainda vem mais por aí: salva-se, quem puder...

Tinha incredulidade

Quando o presidente da OAB-RO Hélio Vieira, o arcebispo de Rondônia Dom Moacir Grecchi e o procurador do Ministério Público Federal Reginaldo Andrade iniciaram pioneiramente no estado a luta do movimento pelo Ficha Limpa, eles eram vitimas da incredulidade, de perseguição e  até de piadas. O que se dizia era que a coisa não daria em nada, que eles eram ingênuos, etc. O tempo esta mostrando que não foi um trabalho em vão.  

A maior vergonha

Numa entrevista do Procurador Reginaldo Trindade ontem ao Diário ele asseverou que a corrupção ainda é a maior vergonha em nosso estado. Concordo plenamente com o procurador e o histórico recente, com o envolvimento de personagem ilustres dos três poderes, comprova sua declaração. E moralizar tudo isso por aqui, onde ainda tem políticos pilantras dando golpes para todos os lados, ainda é um longo caminho.
 

Do Cotidiano

Era comida de peixe...

Com a aparência e o tamanho da jabuticaba, o camu-camu é mais um dos pequenos grandes milagres da biodiversidade amazônica. Praticamente ignorada por logo tempo, a fruta é considerada hoje a maior fonte de vitamina C já descoberta. Encontrada em áreas alagadas da Amazônia, uma só frutinha contém vitamina C equivalente à de 30 limões.

Essa pequena fruta avermelhada pode ser encontrada na região da várzea, como são chamadas as matas invadidas pelos rios. Suas árvores, à distância, não se parecem com nada além de mata ciliar, ocorrendo com frequência junto aos rios. Foi assim que suas maravilhosas propriedades ficaram por longo tempo despercebidas, servindo apenas como comida para peixe.

Até que pesquisadores do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia deram o veredito: o camu-camu é a campeã em concentração de vitamina C dentre as fontes já conhecidas no planeta. Uma pequena unidade corresponde a três acerolas, frutas que já faziam fama como grandes concentradoras da vitamina considerada como poderoso antigripal. Supera facilmente vinte laranjas e empata com trinta limões.

 Além de ganhar na quantidade, o camu-camu apresenta um milagre adicional: ao contrário de suas concorrentes em concentração de vitamina C, o camu-camu conserva todos os nutrientes mesmo em forma de polpa ou desidratado. Essa vantagem faz com que o camu-camu possa também ser comercializado sem refrigeração e em pó, chegando a outros lugares do Brasil e do mundo mantendo todas as suas qualidades originais.

Por não estragar, não perder a vitamina e ter uma sobrevida muito superior à das outras frutas congeladas, essa variedade frutífera amazônica ainda hoje desconhecida pela maioria dos brasileiros já é exportada para países europeus como Suíça e Itália em forma de polpa e compõe fórmulas de fortificantes naturais.

Como os alimentos à base de vitamina C ajudam a prevenir doenças, fortalecendo o sistema imunológico, retardando o envelhecimento e contribuindo para a redução de doenças crônicas como diabetes e hipertensão, o camu-camu tende a ocupar em breve um lugar de destaque na dieta humana, na medida em que, sendo consumido depois das refeições, a fruta melhora a absorção de ferro de origem vegetal.

Em tempos de pandemias gripais, o reforço ao sistema imunológico se torna prioritário, com motivação tão sugestiva quanto o sabor na escolha dos componentes das refeições.

Via Direta

*** A prefeitura de Porto Velho vem batendo recordes na construção de moradias e mesmo assim não consegue atender toda a demanda gerada pela migração *** A Ceron, agora chamada de Eletrobrás, caça ligações clandestinas de casa por casa em Porto Velho *** As multas para os chamados “gatos” são pesadérrimas, mesmo assim volta e meia são encontrados  baitas infratores na aldeia.    

Fonte: Carlos Sperança - csperanca@enter-net.com.br
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