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Carlos Sperança

Uma coluna sem papas na língua 07/01/11


 

Ficha limpa

Quase um ano depois da prisão do secretário municipal de Saúde Willians Pimentel, a Policial Federal que comandou a Operação Higéia, constatou a inocência do afilhado político do senador Valdir Raupp, presidente nacional do PMDB, no Palácio Tancredo Neves. Conforme releases distribuídos, tem atestado, certidão e tudo sobre a inocência. Pois é: a imagem do secretário esta restaurada.

 

Caos combatido

Já esboçando os primeiros projetos de sua gestão para a convocação de sessões extraordinárias na Assembléia Legislativa, o governador Confúcio Moura demonstra toda sua preocupação com a área de saúde. Para reduzir a demanda nos hospitais da capital entrou em acordo com prefeitos do interior para interiorizar a saúde, numa espécie de consórcio regional.

 

A interiorização

Ao interiorizar o atendimento da saúde, a nova gestão vai resolver um outro grave problema: nos últimos anos a BR-364 se transformou num perigoso corredor de ambulâncias e muitos foram os acidentes nos últimos anos. A interiorização também vai ocasionar economia aos cofres públicos, já que até prefeitos do cone sul estavam enviando pacientes para a capital.

 

Fórum em março

Os governadores brasileiros participam do Bioforum 2011 que vai tratar de investimentos e oportunidades sustentáveis em São Paulo, programado para acontecer de 15 a 17 de março. O fórum de governadores vai discutir políticas de incentivo nos estados e temas ligados ao meio ambiente. Atento a causa do meio ambiente, o governador Confúcio lidera a luta contra a extinção do mogno na Amazônia  - e já terá assunto para o evento.

 

Na Assembléia

Enquanto no governo do estado, Confúcio Moura aos poucos vai tomando pé da situação – e refazendo as contas com relação aos prazos para elucidar os problemas de saúde e segurança pública – na Assembléia Legislativa os bastidores fervem quanto à eleição da nova mesa diretora. Entre idas e vindas o deputado com mais apoio até agora para conquistar o cobiçado cargo de presidente é Valter Araújo, líder do G-10.

 

Grandes obras

O prefeito Roberto Sobrinho (PT) projeta grandes obras para os próximos dois anos de gestão: 1- Centro Administrativo Municipal 2 – Novo terminal rodoviário 3 – Conclusão do terminal fluvial e urbanização do Cai N’Água 4 – Em parceria com o governo federal, a construção de quatro hospitais 5- Centro de Convenções 6 –Atingir a meta da distribuição 25 mil escrituras na regularização fundiária.

 

As responsabilidades

Era hábito do ex-governador Ivo Cassol descer a ripa nos governos anteriores. Podia se orgulhar de algumas coisas, já que de fato, nas áreas de obras civis e estradas, foi um grande governo e por isso foi o único reeleito até hoje. Mas já se constata que inchou o governo de comissionados e que seu legado nas esferas de saúde e segurança foi o pior possível.

 

Do Cotidiano

O inferno de Dante

O governador Confúcio Moura, que também é escritor, comparou o que viu no Pronto Socorro João Paulo II e no presídio Ênio Pinheiro, em Porto Velho, no feriado do aniversário da instalação do estado, ao inferno de Dante. Constatou pessoalmente, nas visitas feitas pessoalmente, ao lado do vice-governador Airton Gurgacz e assessores, cenas de arrepiar os cabelos. A que ponto chegou Rondônia no tratamento de seus pacientes e presidiários: uma situação de calamidade publica.

Que o governo anterior privilegiou obras nos oito anos, tudo mundo já sabia. Mas já se imaginava que a situação na saúde não era das melhores. Nos presídios, desde as rebeliões de 2000, os rondonienses tinham conhecimento das cenas de horror que ali aconteciam.

Com a proposta inicialmente de melhorar 30 por cento de cada setor – da saúde a educação, do turismo aos esportes – e principalmente levantar os enfermos do chão em 90 dias, os novos governantes aos poucos vão constatando que o buraco é mais embaixo. Mesmo porque, conforme denuncias do Cremero, além da falta de condições para os médios trabalhar, esta faltando também remédios para os pacientes. Um verdadeiro horror.

Até se acreditava que Rondônia não precisaria de um plano emergencial neste inicio de governo, mas o que se vê, aos poucos, é o otimismo da gestão “Uma Nova Rondônia”, ruir, no dia a dia, como um castelo de cartas.

Aos poucos o enigma da administração passada vai sendo desvendado. Não se pode deixar de lado, o lado bom, o legado de uma excelente malha vária e de obras do porte do centro político e administrativo, do teatro estadual, que serão concluídas na gestão que se inicia. Mas o lado tétrico, vai aparecendo, pouco a pouco, obrigando o novo governo a reformular alguns planos iniciais.

É certo que a dupla Cassol/Cahulla deixou os salários em dia, o décimo terceiro quitado, e boa parte dos fornecedores em dia. O preço de uma gestão que privilegiou obras e a saúde bovina a dos seres humanos, é este, que estamos vendo: a saúde em coma, a segurança em colapso, a educação gritando, o setor de turismo relegado e por aí afora. E quem vai pagar o pato é a nova equipe, de governo, que temos certeza, terão progressos mais adiante, mas dificilmente nos prazos estipulados inicialmente.   

 

Via Direta

*** Várias regiões da cidade continuam padecendo com a coleta de lixo ***Até fica parecendo que o pessoal da Marquise ainda não voltou das festividades de fim de ano *** O deputado Luis Cláudio (Rolim de Moura) finalmente perdeu o controlePolítico da Emater, um máquina de fazer votos *** Seu desafio agora é sobreviver sem este apoio, outros parlamentares dependentes da autarquia já sucumbiram nas últimas legislaturas.  

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Fonte: Carlos Sperança - csperanca@enter-net.com.br
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