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Gente de Opinião

Carlos Sperança

Uma coluna sem papas na língua 07/08/10


 

Gente de OpiniãoNomes expressivos

Nomes expressivos da política rondoniense tiveram seus registros indeferidos pelo TRE nesta temporada, seja pelo projeto ficha limpa ou pelo não cumprimento da legislação eleitoral vigente, a falta de prestação de contas de campanhas anteriores, ou até mesmo por coisas mais simples, como não ter comprovação do voto no plebiscito do ano passado da Ponta do Abunã. 

 

Gente de OpiniãoLista é extensa

Os impedimentos vão desde o ex-governador Ivo Cassol (PP), que disputa o Senado, até a ex-prefeita de Cacoal Sueli Aragão (PMDB). Foram barrados no baile, e vão recorrer à justiça, ainda o candidato ao governo, ex-senador Expedito Júnior (PSDB), os deputados federais Ernandes Amorim (PTB) e Natan Donadon (PMDB), o ex-prefeito de Porto Velho, Carlinhos Camurça e uma carrada de deputados estaduais e ex-deputados.

 

Gente de OpiniãoColigação de Expedito

A coligação do tucano Expedito Junior foi duramente atingida pela justiça eleitoral. Os indeferimentos começam com ele, atinge sua chapa a Câmara Federal, os deputados estaduais Miguel Sena e Alexandre Brito e ainda seus aliados como Hamilton Casara, Carlão de Oliveira e Ronilton Capixaba candidatos a Assembléia Legislativa.

 

Gente de OpiniãoFesta de Cahulla

Quem deve estar comemorando este festival de impugnações  na seara dos tucanos, é o governador João Cahulla (PPS), que disputa a mesma faixa de votos governista com Expedito Júnior. Com o tucano fora do páreo, fica céu de brigadeiro para o ungido do ex-governador Ivo Cassol alçar o segundo turno. Cahulla, como se sabe, teve o registro deferido. Ficou Ficha limpa.

 

Gente de OpiniãoTodos recorrendo

Todos indeferidos estão recorrendo as instâncias superiores  para voltar a disputa, inclusive os mais recentes guilhotinados  como o ex-prefeito de Vilhena Marlon Donadon. No entanto, poucos deverão retornar a peleja, e os que voltarem também retornam a disputa com sérios desgastes, já que suas postulações acabaram sofrendo perdas em credibilidade com as penalidades aplicadas pela justiça eleitoral.

 

Agulhadas do PSOL

Acompanhei quinta-feira à noite o primeiro debate dos presidenciáveis e a boa performance do candidato do PSOL, Plínio de Arruda Sampaio. Ele, que alfinetou muito seus ex-pupilos José Serra e Dilma Roussef – até pularam cirandinha juntos no exílio – não poupou nem a santinha Marina Silva, taxada de eco-capitalista.

 

Uma ruptura

O comportamento dos presidenciáveis José Serra, Dilma Roussef e Marina Silva, foi rigorosamente desenvolvido dentro dos padrões de marketing político durante o debate. Já, Sampaio, subverteu a ordem, durante, propondo uma verdadeira ruptura social no país, com suas propostas – algumas já superadas até, outras realmente necessárias - sem usar meios termos, ou temor em desagradar à opinião pública.

 

Gente de OpiniãoFim dos tempos

O PSDC já aposta na eleição de pelo menos três deputados estaduais depois da confirmação e o deferimento da candidatura do presidente da Assembléia Legislativa, Neodi Carlos, o grande puxador de votos da legenda. Conforme o dirigente Edgar do Boi, a agremiação vai lutar para emplacar quatro nomes, entre eles, Brito do Incra (Pimenta Bueno), Glaucioni Nery (Cacoal) e Ari Saraiva (Ji-Paraná).

 

Gente de OpiniãoPunição exemplar!

E Boi falou aos amigos ontem que se a legenda conseguir fazer quatro deputados, ele vai desfilar pelado na avenida, de tão feliz, com a façanha. Não é uma coisa cristã, Boi. Se o presidenciável Eymael souber, de tão conservador que é, teremos punição exemplar pra o comandante do PSDC, na certa. Pelo menos 100 chibatadas.  A sigla é cristã e não aceita tamanhas modernidades...

           

 

Do Cotidiano

Plantas guerrilheiras

Elas também querem ter seu lugar ao sol, mas são detestadas pelo homem, que quer seus preciosos grãos – milho e soja – protegidos do “direito” das demais plantas a viver na terra em que vicejam com facilidade. Como “nativos” que resistem à invasão estrangeira, elas avançam sobre as plantações do agronegócio com uma ferocidade tal que nem o maior milagre da indústria agroquímica – o glifosato, que veio a se tornar o herbicida mais usado no País −, consegue fazer frente à ameaça das plantas que, apesar de seu emprego na pecuária, como pastagens, atrapalham a produção de grãos.

Tido como a principal descoberta da história recente da indústria de agrotóxicos, sendo extremamente agressivo e universal, abrangendo um largo espectro de plantas às quais destrói sem nenhuma seletividade, o glifosato foi vendido como a resposta para as vicissitudes da produção granífera. A sempre polêmica indústria transnacional Monsanto vende o glifosato por meio de seu herbicida Roundup e, além desse veneno agrícola poderosíssimo, também vende sementes geneticamente modificadas – as chamadas plantas transgênicas − com a propriedade de resistir ao seu próprio glifosato.

Mas se as sementes alteradas da Monsanto resistem ao glifosato, às ervas daninhas são ainda mais resistentes e ameaçam arruinar todo o sistema produtivo à base de transgênicos, eliminando uma das anunciadas vantagem comparativas dos chamados OGMs: a resistência ao veneno mais violento já conhecido no combate às chamadas “pragas” da lavoura.

 Os agricultores já esgotaram todo o seu repertório de truques para evitar o ataque das plantas inimigas e a pesquisa vinculada ao setor não consegue encontrar oponentes químicos à altura das plantas “guerrilheiras” do campo. Mesmo o glifosato conseguindo detonar mais de cem tipos de plantas, que avançam implacáveis sobre a soja e o milho, os técnicos afirmam que a melhor resposta já não é mais o veneno milagroso da Monsanto nem suas alternativas menos poderosas, mas a rotação de culturas – também chamada de diversificação.

O controle de plantas como buva, azevém, amendoim bravo (leiteira) e capim amargoso – que estão se tornando mais fortes que o glifosato em lavouras brasileiras, tende a exigir cada vez mais a participação direta do produtor.


 

Gente de OpiniãoVia Direta

*** Até agora nenhum presidenciável aportou nas bandas rondonienses *** Será que, nós, rondonienses, sofremos de algum baita surto de escabiose, a popular, sarna, e ainda não sabemos da coisa? *** Perguntava-se ontem nos botecos: pode o candidato indeferido pela justiça eleitoral continuar fazendo campanha? *** Podem e se não pudessem também fariam com a maior desfaçatez...

Fonte: Carlos Sperança - csperanca@enter-net.com.br
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