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Carlos Sperança

Uma coluna sem papas na língua 08/02/11


 

 

Sem crise

Os últimos acontecimentos demonstram claramente que o governador Confúcio Moura não estava e nunca esteve em crise com o PT. Quem tem problemas com os petistas é o presidente regional do PMDB, senador Valdir Raupp, que quer a legenda fora da gestão “Nova Rondônia”. PMDB e PT brigam por espaço no governo e se preparam para mais enfrentamentos nas eleições municipais.

 

Pura balela

Também fica claro agora que Confúcio e o presidente da Assembléia Legislativa Valter Araújo (PTB) nunca foram adversários na questão da Mesa Diretora da ALE.   Na verdade, quem tentou virar o resultado contra os “independentes” - e ainda entrou tardiamente no jogo - foi Raupp. O governo ficou de fora.

 

Pulando cirandinha

Portanto, cara-pálidas rondonienses, Confúcio esta mais do que nunca, pulando cirandinha com o PT (mesmo com o PMDB morrendo de raiva) e com o presidente da ALE Valter Araujo, cujos laços estão se estreitando a cada dia. Aliás, o bom entendimento entre eles esta resultando na construção de um Pronto Socorro na capital para aliviar a crise na saúde.

 

Mãe Joana

A bem da verdade, o PMDB acabou se transformando na casa da mães Joana. Além da crise estadual com o PT, o PMDB também tem problemas na esfera municipal. O presidente do Diretório Municipal, Dirceu Fernandes critica abertamente o vice-prefeito Emerson Castro por indicar nomes para o secretariado do prefeito Roberto Sobrinho, sem consultar o comando da legenda.

 

Tráfico de drogas

O Estado do Paraná acaba de firmar um pacto com o Ministério da Justiça e o governo federal para vigiar suas fronteiras com o Paraguai visando evitar o tráfico de drogas e de armas pesadas. É o caso de Rondônia seguir o mesmo caminho, já que o estado se transformou num entreposto dos cartéis boliviano, peruano e colombiano nos últimos anos.

 

Em afastamento

Começa o processo de afastamento entre o senador Ivo Cassol e o presidente da ALE-RO Valter Araújo. O motivo do racha são interesses díspares entre os dos caciques sobre as eleições municipais em Porto Velho no ano que vem. A turma de Ivo acha que Araújo anda de asas crescidas e poderá se transformar no futuro num inimigo para 2014 quando Cassol tentará voltar ao Palácio Presidente Vargas.

 

O fim do mundo

A leitora Risonete Abreu reclama de uma declaração preconceituosa da apresentadora Angélica com relação a Ariquemes em recente entrevista a revista Veja. Ela (Angélica) ao se referir aos locais mais distantes e remotos do país em que já esteve, fala que nossa cidade é o fim do mundo. Cara leitora: com certeza ela se referiu aos velhos tempos do garimpo ( o faroeste do Bom Futuro etc) e isso já fazem uns  20 anos.    

 

Do Cotidiano

 

A cidade mais antiga 

Completar 350 anos de história oficial e “branca” já seria um dado importante para Santarém (PA) festejar este ano. Mas a presença indígena, inclusive urbana, é muito mais antiga do que se imagina, levando a crer que esta é a cidade mais antiga das Américas.

A noção dos índios exclusivamente nômades, sem cultura urbana, vai sendo passo a passo demolida pelo aprofundamento das pesquisas sobre o passado amazônico ignorado pelos conquistadores europeus. E Santarém teria sido uma antiga cidade indígena, bem antes do início de sua história oficial, que começa com a expedição do conquistador espanhol Francisco Orellana pela região, em 1542, quando saqueou as plantações dos índios Tapajós.

Localizada na confluência dos rios Amazonas e Tapajós, Santarém teve seu nome tomado de sua homônima portuguesa, conquistada ao domínio mouro pelo rei português dom Afonso Henrique, em 1147.

Em 22 de junho de 1661, o padre João Felipe Bettendorf instalou sua missão na aldeia dos Tapajós, dando origem à cidade de Santarém. Na atualidade, estudos arqueológicos partindo de indicações mais precisas lançam luzes bem mais remotas sobre a ocupação humana da Amazônia, para reescrever uma história até então exclusivamente “branca”.

Um artigo publicado pela revista Science sustentou que mesmo cem anos depois do achamento do Brasil, em 1600, os índios viviam em aglomerados que poderiam ser considerados como indicativos de um tipo de urbanismo pré-histórico, comparável a algumas “pólis” gregas.

No mesmo rumo, o historiador e arqueólogo Eduardo Neves publicou na edição brasileira da revista National Geographic depoimento sobre seus estudos, segundo os quais a Amazônia estava repleta de sociedades indígenas no ano 1000, algumas hierarquizadas, lideradas por chefes supremos, capazes de comandar um exército de guerreiros.

Com uma população estimada em mais de 5 milhões de pessoas, a maior floresta tropical do planeta naquela época já era berço de profundo florescimento cultural. Antes mesmo de a Renascença surgir na Itália, cerâmicas com padrões gráficos sofisticados já eram produzidos em Marajó e nas regiões de Manaus e Santarém.

Para Neves, a descoberta em Santarém das cerâmicas provavelmente mais ancestrais das Américas tende a confirmá-la como a cidade brasileira mais antiga com origens pré-coloniais.

 

Via Direta

*** O ministro Nelson Jobim promete ampliar a vigilância nas fronteiras com os paises vizinhos *** Dos onze estados brasileiros que mantém divisas, apenas três contam com pelotões especializados e Rondônia é um dos estados mais desprotegidos *** O programa Luz Para Todos chega as aldeias indígenas, como é o caso da tribo beneficiada, Kaxarari, na região de Extrema de Rondônia.

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Fonte: Carlos Sperança - csperanca@enter-net.com.br
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