Quinta-feira, 10 de junho de 2010 - 04h37
Barrado no baile?
Os candidatos à Câmara dos Deputados da coligação liderada pelos tucanos de Expedito Júnior não estão aceitando o deputado federal Mauro Nazif na nominata da aliança que tem o PSDB/PR/PSC. Ocorre que com Nazif nas paradas as chances de Miguel de Souza, César Cassol, Jean de Oliveira, Nair Barreto, Silvana Davis e João do Vale se reduzem. Um problemão para o acordo Expedito/Nazif.
Mais preparada
A oposição vem mais preparada para as eleições 2010. Tá certo que o mandarim Ivo Cassol, nosso ex-governador, liderança máxima no estado, bota um candidato no segundo turno (Expedito ou Cahulla), mas lançando candidatos regionais, como Eduardo Valverde na capital, Confúcio Moura em Ariquemes, Acir Gurgacz em Ji-Paraná a oposição se garante também no segundo turno.
Blocos definidos
O segundo turno vem aí possivelmente com Expedito Júnior empunhando a bandeira cassolista – caso não perca a vaga para Cahulla na reta final – e um candidato da oposição – Valverde, Acir ou Confúcio -algo ainda bem indefinido. As alianças em andamento devem definir quem será o nome mais forte pra galgar um eventual segundo turno recebendo o apoio dos demais postulantes oposicionistas.
Em queda livre
Em queda livre nas últimas pesquisas nacionais o presidenciável tucano José Serra acelera novos jogos de estratégia para o embate com Dilma “Lula” Roussef. Durante a semana será definido seu vice – tem uma lista de nove pretendentes – e a opção de lançar sua candidatura em Salvador já demonstra a intenção de reduzir a grande diferença no Nordeste.
Onda lulista
Uma nova onda vermelha, lulista, da estrela, começa a varrer o país. Uma onda que tirou a presidenciável Dilma Roussef do zero e catapultou a ex-ministra ao empate em intenções de votos com José Serra. Até que ponto essa onda vai influenciar as eleições em Rondônia? Em 2002 a onda levou os então desconhecidos Fátima Cleide ao Senado e Eduardo Valverde à Câmara Federal.
Acompanhem a onda
Em Rondônia, nem Fátima Cleide começou a jornada como favorita ao Senado, tampouco Eduardo Valverde (ainda na rabeira) desponta com chances para a conquista do governo do estado. Fátima já empinou sua candidatura e mais a frente, Valverde também pode ser beneficiado pela onda de Lula.
Conta outra...
O Ministério da Justiça anuncia medidas drásticas pra combater o tráfico de cocaína e da pasta base pelo Brasil afora. Serão preparados 900 agentes especiais para esse trabalho. Ora, esse pelotão não serve nem para guarnecer a fronteira de Rondônia com a Bolívia, com mais de 1000 quilômetros.
A pele de Jesualdo
A máfia dos frigoríficos e o cartel da Votorantin já devem estar querendo a pele do deputado estadual Jesualdo Pires (PSB-Ji-Paraná) para fazer tamborim. Jesualdo se insurgiu contra os golpistas que tem gerado enormes prejuízos para o estado e os mafiosos e cartelistas são gente perigosa. Não estou voduzando, mas é melhor ir reforçando a segurança.
Na cata de vices
A temporada de convenções para a homologação final das candidaturas para o governo de Rondônia foi chutada pelos partidos para o final de junho o que sinaliza muita indefinição no quadro regional. Trocado em miúdos: os caciques ainda não conseguiram acertar suas chapas e procuram ganhar tempo visando garantir bons vices.
Do Cotidiano
As bases americanas:
De olho na Amazônia
Um major estadunidense, mais que major um psiquiatra, Nidal Malik Hasan, formado na melhor universidade, vivendo naquele que é considerado o melhor dos mundos – o centro do poder no planeta – repentinamente, não mais que de repente, sai atirando e mata vários colegas de farda na principal base militar dos EUA. Coisa muito estranha. Até então, o máximo em tragédia que os apavorados americanos concebiam, mergulhados na grande crise de sua civilização, eram os horrores cometidos em outra base estadunidense, mas no exterior: as torturas promovidas por seus militares em Guantânamo (Cuba).
Os EUA mantêm forças militares ocupando o Afeganistão e o Iraque e espalham mais e mais bases pelo mundo afora, na América Latina, Europa e Ásia. Devem à China até os posters de Tio Sam e as bandeiras estreladas que tremulam nos mastros das escolas e instalações militares, quem sabe até a coleção de gibis do Mickey, mas querem manter o poder mundial no muque e no sabre, antes que ele se esvaia pelos dedos.
Hugo Chávez e a imprensa cubana denunciam que as projetadas bases americanas na Colômbia nada têm a ver com o suposto combate ao tráfico de drogas – mesmo porque o Afeganistão é o grande fornecedor de drogas para os EUA e o “suprimento” vem sendo garantido justamente pela ocupação militar naquele País. Aliás, o major atirador tratava os soldados que ficaram malucos ou pelo horror da guerra ou pelas drogas que usavam.
O jornalista Joaquín Rivery Tur, do jornal Granma, de Havana, afirma:
“A estratégia do Pentágono e suas sete novas bases militares sob a aprovação de Bogotá têm alvos precisos: primeiro, a reserva da faixa petroleira do Orenoco; segundo, a Amazônia; e terceiro, o Aquífero Guarani, um dos maiores depósitos de água subterrânea. A base de Palanquero – que parece será a maior – assegura o raio de ação das forças ianques sobre toda a América do Sul; é um verdadeiro risco”.
Claro, os antichavistas acham tudo isso um absurdo, um exagero. Alguns asiáticos também acharam algo parecido quando os EUA começaram a plantar suas primeiras bases no Vietnam, mas talvez hoje os tempos sejam outros, na medida em que a Guerra Fria mostrou ser apenas um arranjo entre as superpotências para repartir o mundo entre si e, hoje, o mundo é unipolar: completamente controlado pelos EUA, independente de seus majores e psiquiatras de gatilho fácil. Nesse caso, receber bases americanas é receber investimentos, ter um ótimo cliente e ser amigo do rei mundial.
Via Direta
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