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Gente de Opinião

Carlos Sperança

Uma coluna sem papas na língua 10/12/09




Perderam o medo

Antigamente era só o governador bater o pé que alguns deputados corriam afugentados, com os rabos entre as pernas. A imagem de vacas de presépio se alastrava Rondônia afora. Do ano passado para cá muitos perderam o medo e, com isso, já surgem críticas a saúde, a segurança pública e, pasmem - até tem cacete no primeiro escalão do governo.

Mais qualidade

Com isso, os deputados já apresentam mais qualidade, numa área em que mais falharam nesta legislatura: a fiscalização dos atos do Executivo. No momento em que realizam audiências públicas para discutir temas como a segurança, a saúde, educação, pedofilia, usinas, agropecuária etc, os problemas vem à tona e são cobradas ações e soluções da esfera estadual.

Rabo preso

No início era apenas indícios. Mas a grande verdade é que o governador Arruda, do Distrito Federal, acuado pela população e pela mídia, deve ter mesmo o rabo preso do comando nacional dos Democratas. Casos de corrupção, como este, até pouco tempo, eram julgados sumariamente pelo Diretório Nacional. O DEM, como se vê, pratica também moralidade pela metade.

Buscando equilíbrio

O prefeito de Porto Velho Roberto Sobrinho está se transformando num verdadeiro ginasta contorcionista no campo político. Ocorre que ele tem que agradar tanto o senador Valdir Raupp (PMDB), com quem ele tem aliança no âmbito municipal, quanto à senadora Fátima Cleide. E ambos disputam à reeleição – e o apoio do prefeito da capital.

Com habilidade

Sobrinho tem se conduzindo com habilidade neste terreno de areia movediça que envolve esta disputa – que vai ser encarniçada – entre os senadores Valdir Raupp e Fátima Cleide. Num dia, ele visita obras com Raupp, noutro tece elogios em abundância – para efeito de compensação – a professorinha Fafá Cleide. No entanto, mais adiante ele vai ter que sair de cima do muro...

Socialismo moreno

O PDT pretende dar uma demonstração de força, com uma grande mobilização para o encontro estadual em Ji-Paraná, marcada para este sábado. O encontro tem uma pauta marcante, mas o que a militância aguarda com expectativa é a definição da política de alianças para 2010.

Cizânia e confusão

Não é preciso nem ser uma pitonisa de baixa graduação para prever ventos e tempestades entre os vereadores petistas da capital com os secretários municipais que vão disputar cargos eletivos em 2010. Tampouco é necessário poderes de clarividência para antever quebra pau entre deputados estaduais e secret´rios do primeiro escalão do governo Cassol que também entram na peleja por vagas na Ale. Na verde o pau já esta quebrando.

Mexendo na escalação

A impressão que eu tenho é que na base governista ainda poderá aparecer um candidato de consenso entre o governador Ivo Cassol e o ex-senador Expedito Júnior. E na oposição, a recém-fragmentada aliança PT-PMDB ainda pode mexer na sua escalação. Tem coisa sendo discutida nos bastidores que pode alterar inteiramente o quadro sucessório no ano que vem.

Convenções em junho

Como as convenções estaduais para a homologação das candidaturas só vão acontecer em junho de 2010 haverá tempo pra os caciques examinarem as pesquisas e definir nas alianças quem são os melhores nomes para enfrentar a concorrência. Até o carnaval a atividade política entrar em baixa, reavivando tudo, como um vulcão em erupção, logo em seguida. 

Do Cotidiano

As bases americanas


Um major estadunidense, mais que major um psiquiatra, Nidal Malik Hasan, formado na melhor universidade, vivendo naquele que é considerado o melhor dos mundos – o centro do poder no planeta – repentinamente, não mais que de repente, sai atirando e mata vários colegas de farda na principal base militar dos EUA. Coisa muito estranha. Até então, o máximo em tragédia que os apavorados americanos concebiam, mergulhados na grande crise de sua civilização, eram os horrores cometidos em outra base estadunidense, mas no exterior: as torturas promovidas por seus militares em Guantânamo (Cuba).
Os EUA mantêm forças militares ocupando o Afeganistão e o Iraque e espalham mais e mais bases pelo mundo afora, na América Latina, Europa e Ásia. Devem à China até os posters de Tio Sam e as bandeiras estreladas que tremulam nos mastros das escolas e instalações militares, quem sabe até a coleção de gibis do Mickey, mas querem manter o poder mundial no muque e no sabre, antes que ele se esvaia pelos dedos.
Hugo Chávez e a imprensa cubana denunciam que as projetadas bases americanas na Colômbia nada têm a ver com o suposto combate ao tráfico de drogas – mesmo porque o Afeganistão é o grande fornecedor de drogas para os EUA e o “suprimento” vem sendo garantido justamente pela ocupação militar naquele País. Aliás, o major atirador tratava os soldados que ficaram malucos ou pelo horror da guerra ou pelas drogas que usavam.
O jornalista Joaquín Rivery Tur, do jornal Granma, de Havana, afirma:
“A estratégia do Pentágono e suas sete novas bases militares sob a aprovação de Bogotá têm alvos precisos: primeiro, a reserva da faixa petroleira do Orenoco; segundo, a Amazônia; e terceiro, o Aquífero Guarani, um dos maiores depósitos de água subterrânea. A base de Palanquero – que parece será a maior – assegura o raio de ação das forças ianques sobre toda a América do Sul; é um verdadeiro risco”.
Claro, os antichavistas acham tudo isso um absurdo, um exagero. Alguns asiáticos também acharam algo parecido quando os EUA começaram a plantar suas primeiras bases no Vietnam, mas talvez hoje os tempos sejam outros, na medida em que a Guerra Fria mostrou ser apenas um arranjo entre as superpotências para repartir o mundo entre si e, hoje, o mundo é unipolar: completamente controlado pelos EUA, independente de seus majores e psiquiatras de gatilho fácil. Nesse caso, receber bases americanas é receber investimentos, ter um ótimo cliente e ser amigo do rei mundial. 


Via Direta


*** Transformado num monumental igapó, Porto Velho revive as alagações de anos passados *** Carente de drenagem e com as ruas esburacadas para implantação do sistema de água e esgoto, a população a cidade padece pela falta de planejamento das obras *** Os deputados estaduais ainda travam uma peleja desgastante na Assembléia Legislativa de Rondônia *** A epidemia de dengue se alastra e o pânico já se instala nos bairros da capital rondoniense

Fonte: Carlos Sperança - csperanca@enter-net.com.br 
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