Quarta-feira, 11 de agosto de 2010 - 06h00
Mesmo palanque
O presidente Lula desembarca em Rondônia nesta sexta-feira, tendo dois candidatos ao governo estadual na sua base aliada, que são Eduardo Valverde (PT) e Confúcio Moura (PMDB). As atenções, portanto, serão divididas pelo presidente, para que os fiéis aliados peemedebistas no Congresso - como o senador Valdiur Raupp - não fiquem magoados.
Esforços concentrados
As agendas dos governadoraveis confirmaram ontem o que deve ser uma constante nesta campanha de 2010: todos os candidatos ao governo de Rondônia estão concentrando esforços em Porto Velho, a capital, com seus 280 mil eleitores, que representa os eleitorados juntos da Região do café, Zona da Mata e Cone Sul. Ganhar na capital virou questão de sobrfevivência.
Disputa encarniçada
A peleja está encarniçada em Porto Velho. Começou com Eduardo Valverde (PT) visitando bairros não explorados em caminhadas pelos adversários e já se constata agora, até a visita de casa em casa, em bairros menores, como foi o caso de Confúcio Moura (PMDB) durante a semana, na Vila São Sebastião. As caminhadas e o corpo a corpo também predominam com Expedito Junior (PSDB), privilegiando o contato direto com o eleitor.
A jornada dupla
Com jornada dupla, de governador e de candidato à reeleição, João Cahulla (PPS), não dispõe de tempo para se dedicar demoradas caminhadas e ao corpo a corpo, como tem feito seus adversários, e por isso pode sofrer prejuízos na disputa em Porto Velho. Se fiar apenas no apoio do ex-governador Ivo Cassol, é pouco para uma batalha, como esta, que começa a esquentar.
Campanha apagada
Já, o candidato Marcos Sussuarana, (PSOL), sem recursos toca uma campanha apagada, esperando o horário eleitoral, para levar suas idéias e o nome do presidenciável Plínio de Arruda Sampaio, uma liderança histórica e que nos debates cutuca sem piedade os concorrentes José Serra, Dilma Roussef e Marina Silva.
Ranking amazônico
O que se vê nesta década na Amazônia, é o Estado do Pará concentrando as maiores taxas de desmatamento e, Rondônia, o estado saúva dos anos 80, reduzindo ano a ano seus índices de destruição de florestas. Infelizmente, em 2010, as queimadas aumentaram em Rondônia em vista do prolongamento da estiagem, mas a devastação foi visivelmente reduzida.
PIB rondoniense
Um dos maiores referenciais de que o desmatamento realmente caiu em Rondônia é a queda da influência da extração da madeira e exploração dos seus derivados no estado. O segmento já representou mais de 20 por cento do nosso PIB, em anos áureos, enquanto, que hoje sua participação já é inferior aos 13 por cento. Os madeireiros continuam chiando.
As prioridades
Tenho acompanhado com atenção as entrevistas especiais do Diário com os candidatos ao governo e através delas se pode constatar as prioridades já alinhavadas. No caso de Confúcio Moura (PMDB), ele vai enfatizar no seu governo as áreas de saúde, segurança pública, educação, geração de empregos, etc, mirando ainda a modernização da máquina pública.
Tem diferença
Com uma baita diferença com os concorrentes, Confúcio lembra Cassol – embora tenha algumas diferenças - quando despontou na campanha de 2002: Ivo tinha sido um dos melhores prefeitos do estado, com administração inovadora, reeleito com quase 70 por cento dos votos em Rolim etc. Já, Confúcio, além disso, tudo é mais criativo e tem um perfil mais conciliador do que Cassol. Tem tudo, por conseguinte, para se encaminhar bem neste pleito.
Do Cotidiano
A implosão do presídio
O candidato ao governo de Rondônia Expedito Junior defende em seu plano de governo a implosão do Complexo Penitenciário Urso Branco, em Porto Velho, que segundo ele, se transformou numa verdadeira faculdade criminal, como tantos outros presídios no país. O tucano, que esta com a sua candidatura indeferida junto ao TRE e que gestiona junto instâncias superiores para continuar na corrida ao Palácio Presidente Vargas, foi o primeiro a apresentar a imprensa seu plano de governo, que vem no seu bojo com outras medidas que ele considera de impacto.
A propósito da sua idéia de acabar com o famigerado presídio em Porto Velho, ele explicou ainda, que sua intenção é construir presídios industriais em Rondônia, que gerem emprego e renda para os detentos, possibilitando para eles desta forma, um processo de ressocialização decente, com o reingresso e encaminhamento dos encarcerados junto à sociedade.
Expedito deixa claro que vai seguir como modelo o governador Teixeirão, o herói da construção do estado, nos anos 80, e se espelhar na administração do ex-governador Aécio Neves, de Minas Gerais.
O candidato tucano defende, em seu plano de governo, cuja cartilha começa a ser distribuída nos municípios a regionalização da saúde com funcionamento dos hospitais nos pólos regionais, como em Ariquemes, Ji-Paraná, Cacoal, Vilhena e Guajará Mirim. Quer ainda, sendo eleito eleger comandante da Policia Militar pelo voto.
Junior apresenta um plano de governo com boas pitadas de marketing político, sem esquecer de medidas de impacto, como receitam os bons manuais do ramo, e que já começaram a ser discutidas, como a implosão do Urso Branco. Não cita, no entanto, a origem dos recursos para construir instalações de um substituto, que vai demandar uma enorme quantia de recursos, enquanto que mais barato seria transformar o atual presídio – sem demolição – aos poucos numa penitenciaria industrial, criando no mesmo local postos de trabalho para os detentos.
É um candidato que pugna pela democracia e transparência, mas ao mesmo tempo se apresenta populista, esquecendo de se posicionar sobre coisas emergenciais em Porto Velho, como a falta de água na periferia, agravada com a estiagem. Também se omite quanto às obras paralisadas em Rondônia, como se nada tivesse acontecido, porque fere o Dnitt, do seu vice Miguel de Souza. Sem dúvidas, é um populista.
Via Direta
*** Com poucos deputados presentes, a sessão de ontem da ALE-RO, presidida pelo deputado David Chiquilito (PC do B) foi vapt e vupt *** Com os registros indeferidos, Marcos Donadon e Sueli Aragão desfalcam a chapa do PMDB á Assembléia Legislativa*** No entanto a chapa mais atingida é a do chamado “grupo da morte”, liderada pelo PP de Carlinhos Camurça.
onte: Carlos Sperança - csperanca@enter-net.com.br
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