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Gente de Opinião

Carlos Sperança

Uma coluna sem papas na língua 11/12/09




Jogo de estratégia

Ainda estão distantes as definições sobre o quadro de candidaturas ao governo estadual de Rondônia e o panorama do processo sucessório continua bem nublado. Tanto na oposição, como na situação o assunto é discutido exaustivamente. A cada peça do tabuleiro mexida pelo governador Ivo Cassol, a oposição reage proporcionalmente.

Ação e reação

Na situação, teme-se que já em primeiro turno PT/PMDB/PDT saia num bloco só. Os cardeais Valdir Raupp, Eduardo Valverde e Acir Gurgacz têm conversado muito e os palacianos querem saber o que o “inimigo” esta aprontando para reforçar suas paliçadas. A reação cassolista, no caso desta coalisão, terá que ser a unificação das candidaturas de Cahulla e Expedito num bloco só.

Nome de consenso

Do lado da oposição a informação dando conta do surgimento de um nome de consenso entre Cassol e Expedito, ou seja, uma terceira via, na base aliada, deixou os articuladores da oposição de cabelos em pé. Afinal quem seria esse nome? O que Ivo esta aprontando? E a oposição quer jogar no erro do adversário, esperar a definição de um nome governista para atrair os descontentes.

Novas rodadas

Enquanto os cardeais da oposição se envolvem em novas tratativas em Ji-Paraná, neste final de semana, já pensando em decidir a parada em primeiro turno, os governistas também vão ter que dar tratos a bola para impedir a caminhada do “inimigo” ao Palácio Presidente Vargas. Afinal, se PT, PMDB e PDT pular cirandinha juntos o bicho vai pegar.

A polarização nacional

No plano nacional vai se definindo desde já, mais uma vez polarização entre tucanos e petistas. Os candidatos alternativos, casos de Ciro Gomes (PSB) e Marina Silva (PV) não mostram a força necessária para o embate com o governador de São Paulo José Serra (PSDB) e com a ministra petista Dilma Roussef.

A polarização estadual

Até que ponto a polarização nacional poderá influir no quadro rondoniense? Aqui a regionalização das candidaturas é bastante clara. Existe uma clara tendência de vitória do PT na capital e região metropolitana; do PMDB no Vale do Jamari e Bacia Leiteira e do PDT na região central. E, o PSDB, sem apoio do governador Ivo Cassol corre risco de morrer na praia.

PEC dos Jornalistas

A PEC dos jornalistas ainda causa polêmica entre congressistas e o ministro Gilmar Mendes. O deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS) discorda das recentes declarações do ministro que criticou o Congresso Nacional em restabelecer a exigência do diploma de jornalista para o exercício da profissão.

Invadindo as prerrogativas

Para Pimenta, autor da PEC dos Jornalistas, o ministro Gilmar Mendes reinterpretou o desejo constituinte, invadindo prerrogativas do Legislativo. Segundo ele, durante 20 anos, nunca algum jurista ou qualquer entidade civil entendeu o diploma do jornalista como uma barreira á liberdade de expressão.

Rede de intrigas

Muitos petistas não gostaram nem um pouquinho de ver o prefeito Roberto Sobrinho vistoriando obras na capital ao lado do senador Valdir Raupp (PMDB). Afinal, a candidata ao Senado do partido é Fátima Cleide e, a peleja de 2010 entre os dois será extremamente difícil. Caso Sobrinho reparta seu apoio entre Fafá Cleide e o barbudo Queixada, fafazinha poderá acabar se ferrando.

Do Cotidiano

A epopéia de Costa Marques

Para os jovens de Rondônia, Costa Marques é o Município desse Estado no qual está localizado o histórico Forte Príncipe da Beira. Mas antes de dar nome ao Município de Costa Marques, Esperidião Marques foi o antigo nome de Guajará-Mirim.
A figura do engenheiro Manoel Esperidião da Costa Marques tem uma história que vai além da epopeia colonizadora regional da Amazônia. Não é por acaso que, além de dar nome cidade, porto, cachoeira, escolas e ruas, Esperidião Marques também tem o sangue de Rondon – sua mãe era Augusta Nunes Rondon, casada com o tenente-coronel Salvador da Costa Marques.
Esperidião Marques, como ficou mais conhecido, nasceu em Poconé (MT) em 1859. Aos nove anos, elaborou a maquete em argila de toda sua cidade, com praças coretos e jardins, ruas e avenidas, casas, solares e casebres, becos e ruelas, rios e acidentes geográficos, granjeando elogios gerais. Era a veia do engenheiro que transparecia. Com 17 anos, passa a escrever crônicas no jornal de Cuiabá. E aos 18 anos, com um grupo de amigos, saíra em uma expedição exploratória em pequenos afluentes do Pantanal.
Depois da exploração do Guaporé (1896–1898), retornou à região no período 1901–1903 em missões para levantar o potencial econômico e extrativista da região, criar os postos fiscais de arrecadação do Estado.
A missão de Cândido Rondon estendeu linhas telegráficas pela região estudada por Costa Marques. A linha de Cáceres a Mato Grosso, depois Vila Bela da Santíssima Trindade, foi inaugurada em 21 de fevereiro de 1908 e de seu percurso fazia parte a estação de Porto Salitre. Como o engenheiro Costa Marques morreu de malária, em 18 de abril de 1906, Cândido Rondon pensou em homenageá-lo dando ao Porto Salitre o nome de Porto Esperidião, que seria oficializado em 1920.
Depois de seus estudos sobre viabilidade ferroviária, Marques, em fins de dezembro de 1905, promovia o levantamento hidrográfico da região e fazia a fiscalização nos postos de arrecadação de tributos. Posando em Santa Fé depois de conhecer o Real Forte Príncipe da Beira, contraiu a “febre palúdica”.
Na atual Rondônia, Porto Esperidião se tornou distrito em 26 de junho de 1.922 e vila em 12 de julho de 1926, mas ao ser elevada à categoria de cidade, teve o nome alterado para Guajará-Mirim, sede do Município do mesmo nome.
Já também como parte de Rondônia, em 1981, foi criado o Município de Costa Marques, recuperando a homenagem feita a Esperidião Marques na denominação da antiga vila de Guajará-Mirim. 


Via Direta


*** Com o dólar em baixa começa a corrida dos sacoleiros à Guajará-Mirim, na fronteira com a Bolívia *** O Ministério do Turismo começa a estudar mecanismos de aperfeiçoamento do turismo nas capitais brasileiras ** Que não esqueçam de Porto Velho: o setor esta engatinhando ainda *** O ex-deputado Miguel de Souza, atualmente no Dnitt, encabeça a nominata do PR á Câmara Federal no ano que vem. 

Fonte: Carlos Sperança - csperanca@enter-net.com.br 
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