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Gente de Opinião

Carlos Sperança

Uma coluna sem papas na língua 14/01/11



Mostrando as garras
 

Virtual candidato do PMDB a prefeitura de Porto Velho no ano que vem o jovem empresário Emerson Castro (PMDB) atual vice-prefeito começa a mostrar suas garrinhas, ampliando os contatos, visitando os distritos, afagando amigos e compadres. Afilhado político do senador Valdir Raupp, Emerson tem como opção de vice o deputado estadual Zequinha Araújo. Uma chapa forte para o embate de 2012.

A renovação
 

Por falar em eleições 2012, a partir de março começam as convenções municipais para a renovação dos diretórios. Quem tiver o controle da maioria dos convencionais, emplaca a comissão executiva, que por sua vez decidirá a política de alianças, a definição dos candidatos etc. No PT quem dá as cartas é Tácito Pereira ( aliado de Valverde); no PMDB quem manda é o casal Raupp, no PPS Moreirão Mendes, etc e tal.

As responsabilidades
 

As autoridades estaduais vão se reunir com os prefeitos rondonienses no próximo dia 17 para tratar da saúde no estado e cobrar responsabilidades. Não é o caso de se falar de se fazer cobranças nos pólos regionais – casos de Ariquemes, Ji-Paraná, Cacoal e Vilhena – já que nestas cidades os alcaides já tem até responsabilidades demais já que acabam atendendo também os municípios de suas regiões.

Falta de recursos
 

A questão é que a cada ano a União e os estados vão sobrecarregando os prefeitos brasileiros nas áreas de saúde e educação. O mais justo, neste embate, governo x municípios, seria a formação de consórcios regionais com apoio e contrapartidas do governo estadual. Desafogaria os hospitais da capital, ao mesmo tempo em que se reduziriam as ambulâncias trafegando perigosamente na BR 364.

Fórmula perfeita
 

Quem se debruçar sobre resultados de eleições em Porto Velho – sejam municipais ou estaduais – vai se deparar sobre a fórmula perfeita para uma derrota. Todo pleito onde a base governista racha, o candidato da situação leva pau. Desde a derrota de Chquilito em 94 a de Cahulla em 2010 a toada é a mesma. E é com esta fórmula que o PT vai para as eleições municipais do ano que vem na capital...

Hospitais de campanha
 

Ao meio da tragédia serrana no Rio de Janeiro, com centenas de mortes provocadas pelas chuvas em Petrópolis, Teresópolis, Itaipava e. Nova Friburgo os hospitais de campanha do Exército estão sendo direcionados para lá. A desgraceira dos cariocas empalideceu a tragédia da saúde rondoniense. Mas quem sabe acaba sobrando alguma destas unidades para cá?

CPI da Pedofilia
 

Ao final da CPI da Pedofilia, na Câmara Federal no ano passado o relatório aprovado pelos parlamentares aponta políticos (tem rondonienses no meio...) religiosos e até magistrados envolvidos em crimes sexuais contra menores e adolescentes. No entanto, ninguém foi preso ou devidamente punido. São as velhas e conhecidas pizzas do Congresso Nacional...


Do Cotidiano

Quase invisíveis
  

Como se fosse um filme de mistério, algo não convencia no caso de um jovem enforcado no teto de uma cozinha em uma casa abandonada no Rio de Janeiro. Os vizinhos garantiam que estava morto há pelo menos quinze dias, mas os exames de praxe, que levam em consideração o estado de conservação, a temperatura e o grau de rigidez do corpo, induziram os peritos a calcular o tempo de morte em apenas uma semana.

Que fazer para tirar a dúvida? Chamar o FBI? A polícia chamou Janyra Oliveira da Costa, perita do Instituto de Criminalística do Rio de Janeiro, especialista em uma área da ciência que se tornou bastante conhecida por causa dos seriados de TV norte-americanos nos quais de fato o FBI pontifica: a entomologia forense.

Na cena do crime, Janyra concentrou sua atenção não no corpo, mas nas larvas de moscas e besouros que o povoavam e também se espalhavam pelo chão. “A diversidade de insetos era grande, cenário que aponta para um período mais longo decorrido desde a morte”, conta Janyra. “Como o corpo permaneceu o tempo todo pendurado, preservou-se melhor do que se estivesse em outra posição”, explica.

As larvas de insetos que se alimentam da matéria orgânica em decomposição, em uma espécie de reciclagem natural de nutrientes, caíam no chão em vez de permanecer no corpo. A explicação de Janyra fortaleceu a versão dos vizinhos e a polícia ampliou a lista de suspeitos, que passou a incluir pessoas que haviam estado por ali nas duas semanas anteriores.

 Dessa forma, os “microdetetives” quase invisíveis começavam a auxiliar de forma decisiva em uma investigação que chegou a bom termo com o apoio de seus testemunhos eloquentes, embora silenciosos.

Trabalhando na identificação das espécies de insetos geralmente encontradas junto aos mortos na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, Janyra é uma das pesquisadoras que nos últimos anos vem ajudando a desenvolver no Brasil essa especialidade de acordo com a fauna e as características ecológicas daqui, bastante distintas das de outros países.

Mais recentemente, ela tenta incluir a observação da presença e do comportamento dos insetos na rotina da polícia carioca. A razão é que moscas, besouros, vespas e borboletas que se aproveitam dos mortos para nutrir suas proles podem ajudar a esclarecer quando, onde e como um crime ou uma morte misteriosa ocorreram.

 
 

Via Direta


*** O ministro da saúde Alexandre Padilha reúne em Brasília na próxima semana os secretários estaduais da saúde *** Seu propósito é de intensificar a campanha contra a dengue que começa a se alastrar pelo pais *** Na Amazônia a coisa piorou com o surgimento de focos da dengue tipo 4  no Amazonas e em Roraima *** Estamos entrando no olho do furacão...


 

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Fonte: Carlos Sperança - csperanca@enter-net.com.br
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