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Gente de Opinião

Carlos Sperança

Uma coluna sem papas na língua 14/09/10


 

 

Coisas estranhas

 

Tem coisas estranhas acontecendo nesta campanha. A começar pelo anunciado apoio do deputado federal Moreira Mendes, presidente regional do PPS, ao senador Valdir Raupp, do PMDB. Como se sabe, o senador da coligação do PPS, é Ivo Cassol. Tem trairagem rolando, pois temos aí um confronto  direto na luta pelo mais votado.

 

É coisa de louco!

 

Outra coisa bem estranha que esta ocorrendo na aldeia é esta do ex-governador Ivo Cassol repassar votos para aliados como esta acontecendo com João Cahulla. Até hoje não tinha passado votos para ninguém, e ao invés de ajudar, acabava atrapalhando como foram os casos dos candidatos a prefeito na capital, Everton Leoni e Lindomar Garçon.

 

Dente de coelho

 

Tem dente de coelho na campanha do petista Eduardo Valverde. É inexplicável que Valverde, de baixa rejeição e beneficiado pela popularidade de Lula, com Dilma Roussef em alta e a sua candidata ao Senado Fátima Cleide beirando os 30 por cento de intenções de votos, esteja pontuando tão baixo. Será que os petistas estão rachados?

 

Cara de pau

 

Moreirão vai ficando mais cara de pau. Na semana passada foi a Machadinho do Oeste e anunciou seu “apoio” ao ex-prefeito e atual deputado, presidente da Assembléia Legislativa Neodi Carlos. Ora, lá o “apoio” de Moreirão de nada vale, já que o dono daquele curral eleitoral é Neodi. É como Garçom ir a Vilhena e “apoiar” Luizinho Goebel. Tem cada uma..

 

Pesquisas indicam

 

A pesquisa divulgada no final de semana já indica claramente o candidato da aliança Confúcio Moura na ponteira seguido de perto pelo governador João Cahulla (PPS) nas intenções de votos pela disputa do Palácio Presidente Vargas, sede do governo estadual. Sem folêgo e indeferido, Expedito Júnior (PSDB) continua caindo pelas tabelas.

 

Afogados juntos?

 

Eu tenho reiterado tantas vezes que juntar lideranças tão díspares no mesmo palanque em Rondônia, às alianças água e óleo, pode acabar em tragédia política. Para enfrentar a dura jornada da reeleição, contra o peemedebista Valdir Raupp, a senadora Fátima Cleide se aliou ao senador cassado Expedito Júnior, de quem recebe apoio também do seu vice Miguel de Souza, dos prefeitos da coligação tucana etc.

 

Cebolinha revoltado!

 

Em nota a imprensa, o presidente regional do PHS, Herbert “Cebolinha” Lins de Albuquerque, reclama que o  Ivo Cassol não tem deixado ele falar nos comícios da coligação de Cahulla.  Explicaram o motivo: na reta final o maior espaço é reservado para as lideranças políticas mais expressivas. Então é isso aí Cebolinha: Se eleja e, então apareça!  

 

Rede Cassol

 

Esta se formando a RCC, a Rede Cassol de Comunicações, com uma penca de emissoras de rádio e televisão, um jornal diário, etc. Trocado em miúdos: se Cahulla perde a eleição ao governo, Ivo, eleito ao Senado terá uma baita espada apontada na garganta do próximo governador. Se um Ivo incomoda muita gente, ele multiplicado – e bocudo como é – vai incomodar muito mais... 

 

Buscando a reabilitação

 

No Senado, Amir Lando foi um dos melhores tribunos do Congresso Nacional. Odacir Soares se projetou nacionalmente pelo seu poder de diálogo e foi líder do então presidente Collor. Moreirão Mendes foi um dos senadores mais competentes que já vi atuando em Brasília.  Lando e Moreirão disputam cadeiras a Câmara Federal e Odacir é suplente de Ivo Cassol, na chapa ao Senado.

 

 

Do Cotidiano

 

Os 17 anos do Diário

Ao completar mais um aniversário, o Diário da Amazônia, não podia deixar de homenagear seu idealizador, o jornalista Emir Sfair, já falecido, que em parceria com o Grupo Gurgacz, estruturou há quase duas décadas este moderno diário na capital rondoniense.

Entrar na área de comunicação já era um objetivo bem delineado pelo patrono do grupo, o empresário Assis Gurgacz, ainda na década de 80. Na época não encontrou parceria para tocar o projeto, mesmo porque Sfair tratava de consolidar seu diário, o jornal  O Paraná, na cidade de Cascavel.

Firmada a parceria, em meados de 1993, Sfair dava tratos à bola de como tocaria um projeto tão distante – morada em Cascavel a quase 3 mil quilômetros de Porto Velho – e pouco conhecia e nada conhecia na região amazônica.

Este colunista estava encerrando um período de seis meses de licença – aquelas férias prêmio de funcionalismo público – em Cascavel. Rato de redação, como não conseguia ficar parado, assumi a editoria de um jornal concorrente de Emir, denominado Hoje. Sabendo que eu voltaria a Rondônia, ele fez o convite para participar da epopéia da implantação do Diário, numa reunião realizada em sua casa, em meados de 93.

Já na segunda reunião, o veterano Waldir Costa (hoje na Folha de Rondônia), participaria, quando foram distribuídas as tarefas para a missão. Como já conhecia Rondônia, eu me dedicaria a indicar os profissionais de imprensa para contratação, com o cargo de chefe de reportagem. Waldir, mais afinado com Emir, com tantos anos juntos, foi designado para assumir a editoria. Ao filho de Emir, Mauro Sfair coube a função de diretor comercial e ao  grande Natalino, a diagramação. E o nobre Padilha tocava - e toca – até hoje o porque gráfico, depois de idas e vindas.

A primeira redação do Diário, enquanto era reformado o barracão que abrigou este jornal por quase 15 anos, na avenida Joaquim Nabuco, foi exatamente onde funciona hoje a rede TV. Uma antiga casa de madeira que funcionava também como escritório da Eucatur.

Para a primeira equipe de jornalismo foram contratados profissionais já com larga experiência editorial em Porto Velho como Bosco Golveia (Esportes) Ana Aranda (matérias especiais), Ildefonso Valentim (Policia), Marcos Grutzmacher (fotógrafo). Na época, Marcelo Freire e Gerson Costa eram foquinhas ao meio de uma redação lotada de veteranos. Mais tarde viriam, para somar, Zé Katraca, Nilton Salinas, e tantos outros. E de lá para cá tantos outros profissionais – e todos meus cumprimentos - vieram pavimentar esta brilhante trajetória deste rotativo.  

 

Via Direta

*** Quando o candidato ao governo começa a demitir as “formiguinhas” já se trata da fase final do despenhadeiro *** Adeus, muchacho tucano: os aliados do PR estão se bandeando para o PT *** Trocando de saco para mala: muitos políticos rondonienses estão de cabelos em pé por causa da operação da Polícia Federal que esta botando os corruptos na cadeia...

 

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Fonte: Carlos Sperança - csperanca@enter-net.com.br
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* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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