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Carlos Sperança

Uma coluna sem papas na língua 15/03/11


 Uma coluna sem papas na língua 15/03/11  - Gente de Opinião

 
Último Adeus

 

Com a população ainda consternada, em clima de comoção, foi sepultado domingo pela manhã, no Cemitério dos Inocentes, em Porto Velho, o corpo do presidente regional do PT, ex-deputado federal Eduardo Valverde. Deixa um legado que raros políticos conseguem em suas trajetórias: a honestidade, a transparência, a conduta ilibada. 

 

Grandes perdas

 

O PT tem sofrido grandes desfalques ultimamente. Primeiro foi o falecimento do mago petista Odair Cordeiro, depois num único acidente, Eduardo Valverde e Ely Bezerra acabaram perdendo a vida e deixando a legenda de Lula mais fragilizada na capital para as eleições do ano que vem.

 

Construção civil

 

Com passarelas de viadutos que desabaram, vários edifícios rachados – naquele caso do Aquárius as pendengas na justiça não foram resolvidas até hoje - e agora dois pilares da ponte sobre o Rio Madeira caindo por água abaixo, a construção civil  acabou sofrendo uma série crise de credibilidade.

 

Municipalização

 

A impressão que dá é que existe um movimento orquestrado. Depois da tentativa de municipalização das águas e esgotos em Ariquemes, o município de Rolim de Moura entrou nas paradas e tantos outros já ameaçam se mobilizar contra a CAERD. O pior da coisa é que a companhia não consegue mesmo atender as necessidades nem na capital.

 

No próprio prédio

 

As investigações finais a propósito do sinistro ocorrido recentemente na sede da prefeitura do município de Rio Crespo, no Vale do Jamari, apontam o caso como incêndio criminoso, o que já se sabia até na Lua. Todas as evidências apontaram para isso e agora a Polícia vai interrogar os suspeitos do crime. Mas a verdade não deve estar longe do próprio prédio da municipalidade...

 

Casos assim

 

Já disse outro dia e torno a afirmar com todas as letras: em casos de incêndios de prefeituras (e cartórios...) na maioria dos casos geralmente os prefeitos e seus secretários, nos paços municipais acabam se revelando como principais suspeitos e muitos, diga-se de passagem, acabam sendo desmascarados rapidamente. Rogo que em Rio Crespo tenha sido diferente para que a população não se decepcione.

 

Culpa da oposição?

 

O prefeito de Rio Crespo Geraldo Junior, a respeito da tragédia abriu as baterias contra a oposição. Tornou responsáveis pelo incidente seus adversários. Pode até ser verdade, no entanto, que interesse teriam eles no sumiço de documentos de convênios, de prestação de contas etc e tal? Enfim a verdade precisa ser descoberta. Coisa estranha...

 

Bom exemplo

 

Partiu de Ji-Paraná, uma boa iniciativa para conter os assaltos de saídas de banco, que estão ficando comuns em Porto Velho e tantas cidades brasileiras. De autoria do vereador Nilton César (PSB) projeto de lei vai garantir mais privacidade e segurança para os clientes da rede bancária local. Vamos ver se os vereadores da capital acordam para o problema...

 

 

Do Cotidiano

Os jovens na informalidade

Dados do Instituto de Pesquisas Econômicas e Aplicadas (Ipea) apontam que atualmente há maior oferta de emprego para quem tem mais escolaridade. Claro que nem sempre foi assim. No Brasil Colônia, havia “empregos” em pencas também para os escravos e os pobres degredados.

Mais recentemente, começam a minguar postos de trabalho, mesmo de menor remuneração, para quem tem poucos anos de estudo. Em 2008, a maior concentração das vagas oferecidas estava na faixa de trabalhadores com a média de 11 anos de escola. Hoje, são necessários 12 anos de estudo, o que significa toda a educação básica, o ensino fundamental e o médio.

No entanto, entre os jovens brasileiros de 18 a 24 anos, a média de escolaridade é de 9,1 anos em sala. Nota-se que aumenta a exigência de anos de escolaridade no grosso das ofertas novas de vagas nas empresas, mas nem a chamada universalização do ensino no País consegue prestar aos jovens a instrução necessária para lhe proporcionar a qualificação suficiente para concorrer à maioria das vagas oferecidas.    

A primeira questão que ocorre, diante desse fato, é o abismo existente entre o discurso da “prioridade” ao ensino e a realidade que se abate sobre a nossa juventude. Fortemente atacada pela propaganda subliminar da droga estupefaciente e a publicidade onipresente nos meios de comunicação e na Internet promovendo o consumismo e as drogas “legais”, os jovens sofrem com uma educação de baixa qualidade, uma preparação profissional deficiente e precisam sobreviver num mundo de preços que não param de subir num País cuja moeda se valoriza enquanto o dólar despenca. Ou seja, paga-se o mesmo valor por um produto, mas ele está mais caro em relação àquilo que o dólar compra.  

Quanto mais o mercado pressiona, exigindo trabalhadores mais qualificados e com mais anos de estudo, mais as deficiências na educação tendem a prejudicar seu acesso a melhores postos de trabalho. Isso, colateralmente, vai jogar ainda mais os jovens na informalidade.

A legislação trabalhista e a proibição do trabalho infantil chegam a minúcias. Há uma série de leis, regulamentos e exigências, mas diariamente surgem mais denúncias sobre ambientes de trabalho com brasileiros desprovidos de qualificação profissional submetidos a condições análogas à escravidão.

 

Via Direta

*** Com o inverno amazônico ainda rigoroso, piora o estado da malha de estradas vicinais em Rondônia *** É o caso da região de São Miguel, no Médio Guaporé e de alguns distritos de Porto Velho *** A Associação Rondoniense dos Municípios-AROM anuncia a I Marcha Municipalista Estadual para o meio do ano.   

Gente de Opinião

Fonte: Carlos Sperança - csperanca@enter-net.com.br
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