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Carlos Sperança

Uma coluna sem papas na língua 15/09/10


 

 

Contagem regressiva

Uma coluna sem papas na língua 15/09/10 - Gente de Opinião 

Faltando quase três semanas para o pleito ao governo do estado de 3 de outubro, o quadro vai se delineando para eleições em dois turnos. Em ascensão, o ex-prefeito Confúcio Moura (PMDB) e o atual governador João Cahulla (PPS) vão se garantindo, enquanto as pesquisas vão sinalizando a queda livre do tucano Expedito Júnior. E a grande pergunta que não quer calar agora é esta: Expedito vai se aliar a quem no segundo turno?

 

Resistência heróica

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Ao meio de tudo, o que se deve reconhecer é a resistência heróica do candidato tucano, objeto de todas as intempéries desde sua cassação no ano passado. Franco favorito, mesmo cassado e alvo de jogo pesado do cassolismo, foi resistindo bravamente. Teve o indeferimento da sua candidatura, a traição do PSB, a queda vertiginosa do presidenciável José Serra e falta de apoio do Diretório Nacional e - finalmente, os recursos minguaram.

 

Grandes reviravoltas

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Não é a primeira vez e nem a última que um favorito tomba na reta final. Expedito sucumbiu a uma verdadeira onda confucionista que se espalhou pelo estado e pele força do ex-governador Ivo Cassol, que impulsionou o atual governador João Cahulla como um foguete nas últimas semanas. Tudo conspirou contra o tucano nesta temporada, como ocorreu com outros grandes favoritos no passado.

 

Os favoritos tombam

 

 O estado de Rondônia vai confirmando a fama adquirida como a terra das reviravoltas, a terra da derrubada de favoritos, das zebras, das surpresas. Sempre lembrando que se o favoritismo se confirmasse, nem Oswaldo Piana (90), tampouco Valdir Raupp (94), José Bianco (98) e Ivo Cassol (2002) teriam sido eleitos. Eram todos considerados no início de campanha, como cartas fora do baralho.

 

Um grande confronto

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Pelo que se vislumbra, teremos um grande confronto para o segundo turno, cada vez mais evidenciado pelas últimas pesquisas, com as forças cassolistas sustentadas por uma dúzia de partidos da base aliada do governo estadual de um lado encaminhando João Cahulla e de outro, a poderosa esquadra oposicionista, pilotada por Confúcio Moura, que deverá ser reforçada pelo PT e seus aliados na próxima etapa.

 

Ivo apóia Raupp?

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Apertem os cintos, que o piloto sumiu. A política endoidou em Rondônia. O governador Ivo Cassol estaria também apoiando a candidatura de seu adversário tradicional Valdir Raupp? É o que esta acontecendo nos bastidores e não se sabe porque. V´ros políticos ligados a Ivo estão embarcando na campanha de Raupp. Moreirão Mendes e Neodi Carlos, ligados a Ivo também já anunciaram apoio para o barbudo queixada. Coisa de louco!

 

Poder feminino

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Mesmo com a ex-prefeita Sueli Aragão (PMDB-Cacoal) tida como uma das favoritas para esta temporada, com seu nome indeferido pela justiça eleitoral, a representatividade feminina deverá aumentar sensivelmente na Assembléia Legislativa. Existem nomes fortes na peleja e que já estão incomodando as lideranças tradicionais.

 

Boas chances

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 Postulações como Epifânia Barbosa (PT-Porto Velho), Glaucioni Neri (PSDC-Cacoal), Milene Mota (PSDB-Rolim de Moura), Lucia Tereza (PP- Espigão do Oeste), Sônia do PT (Jaru), Helma Amorim (PTB-Ariquemes), Carmen Hon (Jaru), Mariana Carvalho (PSDB-Porto Velho), Ana da Oito (Nova Mamoré), Eliane da Emater (Vilhena) se apresentam com boas chances de chegar lá.

 

Nas contas do PHS

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Coligado ao PMN, PRP e PSL, o PHS de Herbert Cebolinha e Melki Donadon, faz as contas e acredita em fazer até dois deputados estaduais nas eleições do mês que vem. A aliança tem Gerson Sobrinho (Porto Velho), Paty Paulista (Cacoal), Lourival Amorim (Ariquemes) e Licório (Ji-Paraná) como nomes mais fortes para a empreitada.

 

Do Cotidiano

 A seca é global

Uma coluna sem papas na língua 15/09/10 - Gente de OpiniãoO verão europeu caiu como uma espécie de apocalipse em cima da agricultura. A situação na Rússia se agravou com a devastação causada pelo fogo, aumentando o número de vítimas da pior seca dos últimos 130 anos. Curiosamente, além de impactar seriamente a agricultura russa, a seca fez o papel de “espiã” estrangeira, denunciando em Sarov, na Rússia central, um centro secreto de pesquisa nuclear.

Há registros de mortandade de pássaros: os animais sofrem com a falta de oxigênio no ar e com os gases tóxicos liberados pelo fogo. Um cenário que se repete em todos os lugares atingidos por uma seca rigorosa que a crendice popular atribuiu a castigos divinos e os cientistas tendem a atribuir ao descuido humano com o meio ambiente. Um “autocastigo”, portanto.

O trigo sofreu um impacto violento. A pior onda de calor em mais em um século pôs abaixo as culturas de grãos, além da Rússia, na Ucrânia e no Cazaquistão. Isso, por si só, tornaria o mercado altista em um mundo que vai apresentando elevação no número de famintos, abaixo da implacável lei da oferta da procura.

A grande elevação dos preços fará com que os consumidores dos países produtores se vejam pagando ainda mais caro por pães, biscoitos e outros produtos feitos com trigo. Mais até do que os consumidores dos países assolados pela seca. Pois, submetidos a condições de emergência, haverá nesses países uma aquisição subsidiada, exigência de pressão popular, enquanto nos países produtores, com salários arrochados, as leis do mercado funcionarão até que os governos intervenham e façam a necessária regulação para não prejudicar demais o mercado interno.

Além de derrubar a produção, portanto, a “Generala Seca” fez com o neoliberalismo e sua proposta de “Estado mínimo” o que o General Inverno fez com as tropas de Hitler e Napoleão quando pretenderam invadir a própria Rússia. Uma derrota irreversível.

 Os agricultores brasileiros veem boas perspectivas para nosso milho, pois o trigo na Europa é muito utilizado em rações para animais.    

Mas o grande problema da seca é a velha história de que estamos no mesmo barco: se a violenta seca lá no hemisfério Norte é causada pelo acúmulo de práticas incorretas da atual conjuntura da produção mundial, um dia ela também vai bater aqui, no hemisfério Sul, com toda sua carga de violência destrutiva.

 

Via Direta

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*** Num processo de autofagia e de fragmentação de votos na capital o PT lançou três candidatos a Câmara Federal *** A estratégia facilita as coisas para Anselmo de Jesus e Padre Tom (no interior) e para o candidato do PSB Coligado Mauro Nazif *** Aos poucos as obras do PAC são retomadas em Rondônia, mas no caso das pontes as coisas continuam emperradas pelo TCU.

 

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Fonte: Carlos Sperança - csperanca@enter-net.com.br
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