Uma coluna sem papas na língua 16/06/10

Pau no Cahulla

O ex-cassolboy, deputado Alexandre Brito (PSDB) lascou o pau no governador João Cahulla. Acusa El Bigodón, que  depois que ele assumiu a titularidade da gestão estadual a coisa virou uma bagunça no Palácio Presidente Vargas. A maior reclamação é com relação às emendas parlamentares que ainda não foram liberadas, queixa de outros deputados  da base governista também, sem coragem de chiar.

Tem explicação

As criticas ácidas de Brito tem razão de ser. Agora, o parlamentar esta com Expedito, e Cahulla começa a atrapalhar a passarada. Ele disputa o mesmo segmento do eleitorado que o rival do PSDB. E a cada ponto que o atual mandatário cresce, menos um no balaio do ex-senador. Depois de alguns dias de trégua a coisa voltou a esquentar entre as duas facções governistas, já que o eleitorado de Expedito também é de base cassolista.

PSB rachou

O PSB de Mauro Nazif esta rachado entre fechar um acordo de aliança com o pré-candidato tucano Expedito Júnior ou com o PT de Eduardo Valverde. No âmbito nacional o partido está com Dilma. O encontro estadual realizado em Ji-Paraná, na última segunda-feira evidenciou as fraturas do partido e que terão que ser reconstituídas até as convenções no final do mês.

Contagem regressiva

A menos de duas semanas do encerramento do prazo das convenções partidárias que vão homologar as candidaturas e quase todos os pré-candidatos ao governo ainda não anunciaram seus vices. Apenas Melki Donadon (PHS)  anunciou um vice, mas não conta, porque Melki ainda continua a cata de algum candidato de ponta, para ele virar vice.

Contraste na fronteira

É impressionante o contraste entre as duas cidades separadas pelo Rio Mamoré, na fronteira do Brasil, com a Bolívia. Do lado de lá, a próspera Guayaramirim, repleta de prédios novos, de lojas internacionais se instalando, num boom de crescimento. Do lado brasileiro, Guajará-Mirim, com todas a suas belezas naturais, paralisada e padecendo.

É lamentável. O próximo governo vai ter que pensar num projeto de desenvolvimento para a Pérola do Mamoré.

Lenha no Confúcio

Pelos últimos lances do articulador da Frente Progressista, o mandarim Ivo Cassol não teme mais o ex-aliado Expedito Júnior. O que se vê é Cassol batendo no peemedebista Confúcio Moura, ex-prefeito de Ariquemes. A coisa tem razão de ser: Expedito, aparentemente esta em queda, e Confúcio já se tornou no grande predador da sucessão estadual. Por conseguinte, pau no Confúcio!

Novas adesões

Depois de receber o respaldo do Diretório Nacional, para celebrar as alianças em Rondônia, o senador da BR, Acir Gurgacz, pré-candidato do PDT ao governo do estado, recebeu adesões importantes na capital e na região central, reforçando sua postulação. O partido  já prepara um grande encontro para dar a grade largada do socialismo moreno na busca de uma vitória consagradora em outubro. Esta acertado: seu  vice será de Porto Velho.

Puro embrômaichan

A grande verdade é que os sindicalistas de Rondônia se sentiram traídos na sanção do projeto da transposição. Conversei ontem, com vários deles, e a maioria reclamou que as expectativas com relação ao projeto, foram torpedeadas pelo governo Lula. Resta saber se isso vai refletir nas eleições em outubro e que peso o funcionalismo tem atualmente nesta questão.

É a cartelização?

Tudo indica que aquela cartelização do cimento, para aumentar preço, denunciada pelo deputado estadual Jesualdo Pires (PSB-Ji-Paraná) na Assembléia Legislativa na semana passada já começou. Ontem, em algumas lojas de Porto Velho, o produto já tinha sumido. Mesmo com fábrica local da Votorantin, Rondônia começa a padecer de abastecimento do produto. Não é o fim da picada? Onde vamos parar?

Do Cotidiano

Pobres idosos

Muitos países protegem seus idosos, mas este não parece ser o caso do Brasil, mesmo com o envelhecimento da população e a aumento da expectativa de vida. Foi o que pesquisadores paulistas constataram fazendo um estudo sobre a fragilidade em idosos – uma síndrome clínica que se caracteriza por perda de peso involuntária, fadiga, fraqueza, diminuição da velocidade de caminhada e baixa atividade física. Feita na capital paulista, a pesquisa aponta que a fragilidade atinge a população paulistana precocemente em relação aos países desenvolvidos.

Além de estar envelhecendo mais rapidamente, a fragilidade dos iodos brasileiros, depois dos 75 anos, avança com extrema rapidez. Essas informações preocupantes foram obtidas por pesquisadores da Faculdade de Saúde Pública (FSP) da Universidade de São Paulo (USP) com uma amostra de 689 pessoas com mais de 75 anos.

A síndrome, de acordo com a pesquisa, atingia 14,1% do grupo em 2006. Em 2008, apenas dois anos depois, a prevalência já era de mais de 45%. É um dado extremamente incômodo, apurado logo na mais, mais importante e rica cidade brasileira. O trabalho, ligado ao Projeto Temático “Saúde, bem-estar e envelhecimento”, visa promover um “estudo longitudinal sobre as condições de vida e saúde dos idosos no município de São Paulo”, sob a coordenação do professor Ruy Laurenti, do Departamento de Epidemiologia da FSP.

Apenas o começo − Mas há algo a mais que esse estudo também revela. Uma grande ignorância nacional em torno da síndrome da fragilidade. Uma das integrantes da pesquisa, Yeda Duarte, professora da Escola de Enfermagem (EE) da USP, afirma que até agora, no Brasil, a síndrome de fragilidade não havia sido tema de estudos que procurassem correlações entre variáveis partindo de observações ao longo de um extenso período de tempo.

“A questão da fragilidade tem sido bastante trabalhada em outros países, mas no Brasil estamos apenas começando. No exterior, a prevalência da fragilidade varia entre 7% e 35%, dependendo do país e do desenho do estudo. Nossa pesquisa mostra uma porcentagem bem maior aos 75 anos, o que indica que nossos idosos estão se fragilizando mais cedo”, disse.

Via Direta

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