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Gente de Opinião

Carlos Sperança

Uma coluna sem papas na língua 16/12/09




Cahulla ameaçado?

O próprio presidente regional do PPS, deputado federal Moreira Mendes falou em alto e bom som, no encontro realizado na capital, que o partido não foi consultado pelo governador Ivo Cassol sobre a pré-candidatura do vice-governador João Cahulla, demonstrando o descontentamento do partido com relação à administração estadual.

Trocando em miúdos

Que ninguém se preocupe, no entanto, com Cahulla: A “insatisfação” do PPS pode ser traduzida em falta de espaço no governo – leia-se cargos e benesses - para liberar a legenda á El Bigodón disputar o Palácio Presidente Vargas. Com Ivo atendendo o apelo, a “insatisfação” vai desaparecer como fumaça...

Caravanas petistas

Otimista com relação às chances do PT em 2010, a senadora Fátima Cleide, a mais votada ao da história de Rondônia acredita que o partido leva Eduardo Valverde ao segundo turno e emplaca três deputados federais nas eleições do ano que vem. Para tanto ela vai começar a partir de janeiro as caravanas petistas pelo interior do estado.

Palmo a palmo

Os petistas se enciumaram com a caravana do PMDB, engendrada pelo senador barbudo queixada, com o pomposo nome de “Comissão de Viação e Transportes” para vistoriar as obras federais no estado e usar a coisa como palanque de campanha. Daí, a idéia de Fafá Cleide em botar para ferver com as “caravanas petistas”. È uma disputa com Raupp, palmo a palmo no estado.

Firmando alianças

Chama atenção o fato do senador Valdir Raupp, presidente regional do PMDB relacionar o DEM como eventual parceiro de coalizão para disputar o governo do estado no ano que vem. Ocorre que os caciques do DEM, o prefeito José Bianco e o deputado estadual Silvernani Santos têm afinidade com o governador Ivo Cassol. Mas em política como se vê, tudo é possível...

Ponte Binacional

Agora, pelo jeito é para valer. Começaram as audiências públicas com vistas à construção da ponte binacional em Guajará Mirim, na fronteira com a Bolívia. O diretor do Dnitt, ex-deputado federal Miguel de Souza, trata pessoalmente do projeto para que ele avance. A Pérola do Mamoré agradece: a obra pode se tornar a redenção da fronteira.

Ponta do Abunã

A localidade de Extrema de Rondônia comemora o anuncio da realização do plebiscito em fevereiro, acreditando que agora o processo de emancipação avança. No entanto existem obstáculos para serem vencidos, entre eles a disposição do eleitorado de todo município votar no “sim”, ou mesmo a falta e comparecimento do eleitorado no dia marcado. Outra barreira é a cimeira dos distritos de Nova Califórnia e Vista Alegre.

Balanço de Bianco

No balanço de final de ano sobre sua administração, o prefeito José Bianco (DEM –Ji-Paraná) anunciou dois grandes projetos para 2010: a duplicação da BR-364 no perímetro urbano e a criação da Secretaria de Regularização Fundiária. Não esqueceu de agradecer, também, as emendas parlamentares da bancada federal e, sobre a sucessão estadual continua fazendo suspense.

Plano de governo

Já correndo trecho e com uma campanha bem organizada, o pré-candidato ao governo pelo PMDB, prefeito de Ariquemes Confúcio Moura anuncia a divulgação do seu plano de governo para julho, quando da homologação da sua candidatura. Moura é o primeiro a falar em plano de governo destacando áreas como saúde e segurança pública, justamente o calcanhar de Aquiles do atual governo. 


Do Cotidiano

Os dependentes químicos


Eles chamam a si mesmos de “malucos”, mas talvez mais maluca seja a sociedade que os fabrica. Seja como for, eles se multiplicam, na paisagem urbana, e vão aumentando as estatísticas das internações hospitalares por conta de acidentes de trânsito e atos violentos. Ao mesmo tempo, vão ocupando no sistema prisional vagas que deveriam ser destinadas a prisioneiros cujos crimes não derivaram da dependência química. Aos dependentes químicos (DQs) deveria caber um tipo especial de detenção, com acompanhamento psiquiátrico.
Cadeia alguma vai recuperar um dependente químico apenas com a reclusão, mesmo porque as cadeias são antros enfumaçados, onde o cigarro comum – “careta”, como dizem – é considerado válido para “relaxar” o detento. Entretanto, o cigarro é apenas um mantenedor da dependência. Ao cabo de anos a fio de reclusão, logo nas primeiras horas o dependente vai novamente atrás do alívio ilusório que a droga traz aos DQs.
Não é por acaso que a droga introduziu uma das questões centrais do debate sobre a segurança pública no País: cabe às famílias cuidarem de seus dependentes químicos ou eles devem ser internados à força, antes que cometam crimes?
No Rio de Janeiro, um jovem viciado em crack matou uma amiga sob o efeito da droga. O pai do dependente declarou ser impossível tratar o filho, pois ele recusa ser internado. Nesse caso, não parece restar outra opção a não ser a chamada “internação involuntária”.
Polêmica, a proposta vai, no entanto, ganhando força, na medida em que o doente perde completamente o discernimento e não tem condições de saber o que é melhor para si, tornando-se perigoso tanto sob o efeito da droga quanto sem ela. “Bola” os mais diversos meios, legais ou ilegais, para conseguir dinheiro e se drogar, desde simular o próprio sequestro até extorquir dinheiro dos pais e amigos sob ameaças.
A internação involuntária se destina aos que não aceitam se afastar do vício. O tratamento é uma iniciativa tomada por membros da família do dependente químico ou de álcool com a intenção de conscientizá-lo sobre a desintoxicação. Muitos são contra, porque a decisão de internar um familiar à força pode ter motivações menores que ajudar o doente, envolvendo a apropriação de seus bens.
Porém, quando o dependente já não tem discernimento do que é melhor para ele nesse momento e perde o controle de sua própria vida, ou seja, não responde mais de forma responsável pela sua vida familiar, profissional e social, é necessário intervir, garantem os psicólogos.
 


Via Direta


*** Inspirando outros municípios o programa de regularização fundiária de Porto Velho vai atingir em 2010, quase 20 mil famílias beneficiadas *** Ariquemes, Ji-Paraná e Candeias já seguem o exemplo da capital *** Como aprendiz de feiticeiro, o ex-prefeito de Vilhena, Melki Donadon começa a voduzar duplamente Acir *** Tanto pela cadeira ao Senado, como adversário ao governo *** E cuidado a dengue natalina, gente! 

 Fonte: Carlos Sperança - csperanca@enter-net.com.br 
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