Sexta-feira, 17 de dezembro de 2010 - 05h04
A morte do mago
O mago petista Odair Cordeiro não resistiu ao infarto de terça-feira à noite e mesmo recebendo duas pontes de safena, acabou falecendo na madrugada de quinta-feira. Deixa uma lacuna impreenchível na política rondoniense, já que contava com um vasto círculo de amizades e transitava bem em todas as correntes políticas. Tinha o diálogo honesto sua grande virtude.
No outro plano
O tempo vai passando e uma das coisas amargas para quem fica é ver os amigos se transferindo para outro plano. Na década que esta acabando foram Chiquilito, Amizael, mais recentemente Rochilmer, agora Odair Cordeiro, que foi velado ontem com todas as honrarias que merece no Palácio Tancredo Neves. Rogo para que sua família e seus amigos consigam superar a dor.
A generosidade
Durante a diplomação, na quarta-feira, o governador eleito Confúcio Moura foi generoso com seus antecessores e inclusive com os rivais cassolistas. Em entrevista ao jornalista Adão Gomes (SGC) disse que ao assumir o Palácio Presidente Vargas em janeiro, encontrará um estado organizado, elogiando as administrações anteriores. Teremos um governador diferenciado, que busca a unidade política em Rondônia.
Pau cantava
O que acontecia até hoje quando um governador assumia o governo do estado? Tomavam posse metendo o pau no antecessor e mentiam que faziam mais obras do que todos os anteriores juntos, quando se sabe que desde os primórdios do estado as áreas de saúde e segurança pública foram renegadas. E ao tomarem posse desancando quem saia, eles acirravam os ânimos da oposição.
Barrado no baile
O deputado estadual Maurão de Carvalho (PP-Ministro Andreazza) estava tão certo que ganharia a cadeira de Davi Chiquito Erse (PC do B) na próxima legislatura que até estava negociando seu voto para a eleição da nova mesa diretora. Acabou barrado no baile com a decisão do TSE de que os votos dos candidatos com registros indeferidos (os fichas sujas) não seriam computados.
Ecos da diplomação
Presente a diplomação de quarta-feira, o ex-governador José Bianco, atual prefeito de Ji-Paraná foi levar seu abraço aos eleitos. O alcaide da capital da BR administra Ji-Paraná com uma coalizão suprapartidária – que vai dos Democratas ao PMDB – e tem conseguido bons resultados com essa iniciativa, principalmente no que se refere à captação de recursos nas esferas estaduais e federais. Os resultados tem sido auspiciosos.
Grandes esforços
Se no campo administrativo o governador eleito Confúcio Moura terá que resolver gargalos nas áreas de saúde e segurança pública, será no campo político, com uma base aliada formada por diferentes credos, o grande desafio da governabilidade. Trata-se de algo que vai exigir um grande esforço do novo governador, muito jogo de cintura e boas articulações. E na ALE-RO, o que se vê, é que terá uma parada dura.
Como ler o passado pré-colombiano e pré-cabraliano se não há livros sobre esses tempos remotos? Restaria a tradição oral, mas até ela precisaria ter origem naqueles antigos habitantes da Amazônia e não em povos que se deslocaram para a região em tempos mais modernos.
A pesquisadora Juliana Salles Machado, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, encontrou uma forma de fazer a leitura possível dos velhos tempos, analisando dados com indicações de continuidade ou não dos grupos indígenas do passado nas atividades humanas do presente.
Intitulada Arqueologia e história nas construções de continuidade na Amazônia, a análise se baseia em exemplos da arqueologia amazônica, da antropologia e, mais especificamente, de pesquisa etnoarqueológica que está sendo realizada entre comunidades ribeirinhas da ilha de Caviana, no Pará.
Para a pesquisadora, desde o início das discussões acadêmicas sobre a ocupação humana na Amazônia, “vimos um constante embate acerca da continuidade ou não do cenário atual dos povos indígenas e seus antepassados pré-coloniais. Seja de um lado, seja de outro, a colonização, seu impacto entre as populações indígenas e seu efeito impulsionador para a criação e transformação de novos atores sociais, foi – e ainda é – um ponto chave na interpretação dessa transição entre o passado amazônico pré-colonial e o presente”.
Grandes rupturas – Em seu estudo, Juliana observa que não há unanimidade em torno do assunto: “Pendendo ora para um lado ora para outro, alguns pesquisadores defendem grandes rupturas com o cenário indígena atual, cujas populações, ditas escassas e simples, como inúmeras vezes foram descritas, seriam um reflexo distorcido de um passado glorioso de populações numerosas e politicamente hierarquizadas”.
Nesse caso, ela menciona trabalhos consagrados como o de Anna Roosevelt – “Moundbuilders of the Amazon: Geophysical Archaeology on Marajó Island, Brazil”, de 1991. Nessa linha também segue o pesquisador Eduardo Neves em “Twenty Years of Amazonian Archaeology in Brazil (1977-1997), publicado em 1998.
Há, também, olhares menos generosos com o passado pré-colonial, apontando para uma continuidade desse cenário ao longo do tempo, ou seja, o que vemos hoje seria próximo do que tínhamos antes.
Via Direta
*** Ao meio do clima de tristeza pelo falecimento de Odair Cordeiro, o PT vive uma baita crise e isso gerava grande preocupação para o mago petista *** O sonho de Odair era unificar as forças da legenda, porque via neste racha, o caminho mais rápido para o esfacelamento da agremiação no estado *** Sem Cordeiro, as coisas ainda ficarão mais difíceis a partir de agora...
Fonte: Carlos Sperança - csperanca@enter-net.com.br
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