Terça-feira, 18 de janeiro de 2011 - 06h18
Primeira quinzena
A primeira quinzena de governo, completada no final de semana. da presidente Dilma Roussef e do governador Confúcio Moura não foi das melhores. A presidente Dilma enfrentando tragédia provocada pelas chuvas na região serrana do Rio de Janeiro, com centenas de mortes. Já, Confúcio, se vê as voltas com o caos na saúde e o colapso na segurança pública em Rondônia.
Ato público
Em pé de guerra contra o reajuste de transportes coletivos em Porto Velho, entidades representativas realizam ato público na próxima quinta-feira, dia 20, na Praça Marechal Rondon, no centro de Porto Velho. Além da igreja, estudantes, professores e trabalhadores, os partidos políticos começam a se envolver na manifestação que será concluída com passeata pelas ruas da capital.
Candidatura própria
O novo presidente do Diretório Municipal do PMDB, Dirceu Fernandes, apadrinhado pelo senador Valdir Raupp, agora presidente nacional da legenda, assumiu o cargo no final de semana, com asas crescidas e prometendo que o partido terá candidatura própria a prefeitura da capital nas eleições de 2012. Por enquanto os nomes mais fortes Emerson Castro e Zequinha Araújo.
PEC dos Vereadores
Aprovada ainda em 2009 pelo Congresso Nacional, a chamada PEC dos Vereadores prevê o aumento de oito mil vagas nas legislaturas mirins de centenas de municípios brasileiros nas eleições de 2012. Em Rondônia, municípios como Porto Velho e Ji-Paraná poderão ampliar as vagas, mas como a medida não tem respaldo popular, a coisa poderá ser adiada.
Gasto limitado
Mesmo porque ao mesmo tempo em que agrada os vereadores espalhados pelo Brasil, com aumento de vagas provocada por esta PEC, o Congresso Nacional limitou o gasto dos legislativos municipais em 5 por cento do orçamento para municípios com população oscilando entre 300 a 500 mil habitantes, como é o caso de Porto Velho, a capital rondoniense.
Haja desaforos...
Já virou hábito dos prefeitos da capital tirar férias no mês de janeiro e isto tem explicação: é o auge do inverno amazônico, época de alagações, asfalto se arrebentando e do impopular reajuste da tarifa de transportes coletivos. Somando as duas coisas, a vida de um alcaide na capital fica intragável no mês de janeiro: é desaforo para todo lado. Roberto Sobrinho, esta a salvo: passa férias na Europa.
Pau cantando
A coisa esta esquentando, mas dizem que chumbo trocado não dói. Alguns candidatos a presidência da Assembléia Legislativa levam porrete de todo lado, trocam acusações nos bastidores e são até alvo de missas encomendas pela imprensa. Na eleição ao governo, a lama era para o Confúcio, agora na peleja da ALE já se vê que existem novas vitimas. É típico em disputas acirradas por aqui.
Do Cotidiano
Oportunismo separatista
Um dos mais qualificados integrantes da chamada intelligentsia brasileira, João Paulo de Almeida Magalhães, autor do livro Causas da Inviabilização Econômica da América Portuguesa (Editora Paz e Terra, 1996, abordado aqui em maio de 2009), projetou o que aconteceria se o Brasil perdesse a sua unidade territorial, engolido pelo oportunismo separatista: acabaria virando meia dúzia de republiquetas fracas e conflitantes.
Outros autores importantes, como Darcy Ribeiro (1922–1997), que vem de receber em sua homenagem a inauguração de memorial em Brasília, fazem referência a vários “Brasis”. Em, todos esses casos, trata-se apenas de dividir o Brasil em categorias de renda e padrões técnicos. Na realidade palpável, a natureza não impôs diferenças: fez várias regiões se interligarem umas às outras, em sequência que se modifica no avançar territorial ao longo das regiões, paralelos e meridianos.
Um estudo instigante mostra que até a suavidade dessas modificações tem sido rompida, mas não pelos povos ou pela natureza, e sim pela ação dos governantes.
Na confluência entre os rios Paraná e Paranapanema se encontram também os limites de São Paulo, Paraná e Mato Grosso do Sul. Toda aquela região pode ter sido geograficamente homogênea no passado, mas, ao longo do tempo, a gestão e as políticas públicas próprias de cada Estado resultaram em diferentes dinâmicas socioambientais e em distintos estágios de desenvolvimento econômico, social e urbano.
As divisas interestaduais, originalmente formadas por linhas imaginárias – eventualmente arbitrárias –, transformam-se em limites entre realidades efetivamente distintas. Isso quer dizer que estamos transformando em “fronteiras” alheias e desiguais territórios que eram histórica e geograficamente contínuos e interligados. Não é difícil, nesse caso de perda de identidade e semelhança, prosperarem intentos separatistas, a serviço de interesses que se sentem prejudicados com a futura posição do Brasil como Nação potência já na primeira metade deste século.
Para compreender e descrever esse tipo de processo que instala diferenciações em regiões similares, um grupo de pesquisadores está trabalhando desde 2006 no Projeto Temático “Dinâmicas socioambientais, desenvolvimento local e sustentabilidade na raia divisória São Paulo-Paraná-Mato Grosso do Sul”.
Via Direta
*** Na falta de hospitais de campanha para solucionar os problemas emergenciais de saúde em Rondônia, o governador Confúcio busca um pacto com os municípios *** A implantação das ZPEs em Rondônia ainda não saiu do papel e já são cobradas pela classe empresarial ***
Fonte: Carlos Sperança - csperanca@enter-net.com.br
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