Sábado, 18 de setembro de 2010 - 08h21
Perdendo fôlego
Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), vinculado ao Ministério do Trabalho, mostra Porto Velho perdendo fôlego no ranking nacional de contratações. Durante um bom tempo, por causa das hidrelétricas, a capital rondoniense manteve o topo da região Norte. A construção civil ainda é o setor que mais impulsiona a economia da capital.
Retomando a posição
Ocorre que Manaus, na nona posição do ranking nacional, com 3.916 contratações, acaba de retomar a ponteira. No entanto, Porto Velho continua no seleto grupo das 25 cidades que mais empregaram em agosto, quase 2 mil, bem acima de capitais importantes como Campo Grande (MS), Florianópolis (SC) etc.
Jipa no prejuízo
Já, o município de Ji-Paraná, que foi cantado em prosa e verso pela revista Veja, pelas melhorias desenvolvidas nos últimos anos e sua qualidade de vida, ficou entre os 15 municípios que mais demitiram do que contratam. No caso, um recorde negativo para a capital da BR que vinha comemorando sucessivos resultados positivos na sua economia.
Jogo de bastidores
Como tudo esta se encaminhando para uma disputa em dois turnos em Rondônia, os candidatos Confúcio Moura (PMDB) e João Cahulla (PPS), que despontam com maiores chances de seguir na peleja já abriram entendimentos com outros partidos visando se reforçar para a fase decisiva. O que se vê é que toda a oposição esta se unindo contra o postulante governista no segundo turno.
Novas pesquisas
Por falar na corrida eleitoral, neste final de semana os principais jornais do estado vão publicar sondagens eleitorais com novos números sobre a performance dos candidatos ao governo. Já tive acesso a pelo menos duas delas e ambas apontam eleições em segundo turno envolvendo Confúcio e Cahulla. O bicho vai pegar...
Centro Administrativo
Em vista da campanha que esquenta deixei de comentar um dos principais fatos relacionados à capital durante a semana. Trata-se do anuncio da licitação do novo centro administrativo de Porto Velho. O prefeito Roberto Sobrinho vai fazendo sua história: urbanização da orla do Rio Madeira, canalização dos igarapés, novo terminal fluvial de passageiros. Só falta uma nova rodoviária, né?
Caindo do poleiro
Depois de uma gestão desastrosa, colocando as contas do PSDB no vermelho o presidente regional Hamilton Casara caiu do poleiro. Para todos os efeitos apenas pediu licença para disputar a campanha de deputado federal, mas nos bastidores se sabe o verdadeiro motivo. Assumiu o comando, digo o pepino, o ex-deputado federal Aparício Carvalho, afinado com Serra e Alckmin.
O segundo voto
Como se sabe, nas eleições ao Senado serão escolhidos dois senadores em todos estados. Em Rondônia a briga pelas duas vagas, conforma as pesquisas, esta restrita a Ivo Cassol, Valdir Raupp e Fátima Cleide. O crescimento repentino da petista nos últimos dias abalou a confiança dos cardeais de Rolim de Moura por causa do desconhecido: afinal de contas, o segundo voto vai para quem?
Ninguém arrisca
Nenhum vidente, feiticeiro, macumbeiro, adivinho, tampouco magos e bruxas, ainda se atreveu a me enviar suas previsões sobre as eleições em Rondônia, que andam meio emboladas. O desastre de 2002, quando todos erraram feio, deve ter abalado à categoria. Mas com o sucesso do polvo-vidente Paul na Copa do Mundo, cheguei a acreditar que eles – os clarividentes - viriam com força na temporada.
Do Cotidiano - A contagem regressiva
Faltando praticamente duas semanas das eleições, o panorama político vai se definindo pouco a pouco, abrindo-se a contagem regressiva para o pleito de 3 de outubro. E o quadro não é dos mais alentadores já que o que se tem visto são cotidianos maus-exemplos da classe política.
Em política, há os desencantados, os céticos, os crédulos e os politizados. Do desencanto e do ceticismo, é usual vir à omissão. Já os crédulos e os politizados participam, mas em grau, qualidade e intensidades diferentes.
No atual processo eleitoral, o que mais se vê é desencanto e cetismo, por um lado, e muita ingênua credulidade, por outro. Os politizados, que defendem princípios e não apenas nomes e as fantasias do marketing eleitoral, infelizmente, ainda são minoria e não serão eles, exatamente por isso, que decidirão por si mesmos as eleições de outubro.
O mais importante nisso tudo nem são os resultados, pois povo algum evitou a eleição de maus elementos. Todas as nações tiveram que purgar com luta e sacrifício o resultado das más escolhas. O mais importante é que, seja desencantado, cético, crédulo ou politizado, o cidadão tenha à disposição o maior volume de informação possível para que a escolha seja a que menores problemas trará a si e a seus compatriotas.
É a informação que fará o desencantado encontrar enfim alguma ideia que o encante. É a informação que fará o cético encontrar um fio, ainda que tênue, para encontrar uma razão convincente. Com ela, os crédulos se tornarão menos ingênuos e mais críticos. E só ela pode fazer com que um estrato maior da população adquira a “pós-graduação” na vivência comunitária, que é a politização.
Os informados sobre detalhes importantes dos processos eleitorais, como origem das candidaturas, seus reais compromissos e a que interesses servem, ainda que possam manter um certo grau de desencanto ou ceticismo, pois a informação precisa e crítica derruba implacavelmente os falsos ídolos e dissolve seus pés de barro, inevitavelmente ficarão menos crédulos nos artifícios solertes da propaganda e se inclinarão progressivamente à politização.
Em outubro, os eleitores brasileiros, desencantados, céticos, crédulos ou politizados, vão às urnas decidir o futuro de sua Pátria e, com ela, de si mesmos e suas famílias, amigos e vizinhos. Que se informem e decidam bem!
Via Direta
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Fonte: Carlos Sperança - csperanca@enter-net.com.br
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