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Gente de Opinião

Carlos Sperança

Uma coluna sem papas na língua 18/11/10


 

 

Nome de consenso

 

A coalizão partidária do governador eleito Confúcio Moura (PMDB) busca um nome de consenso para presidir a nova mesa diretora da Assembléia Legislativa no ano que vem. Como existem vários nomes lançados – e alguns apenas para negociar cargos na  mesa – este trabalho vai exigir esforços da articulação do novo governo.

 

Com dificuldades

Na verdade, os interlocutores do novo governo têm dificuldades em negociar com os deputados estaduais eleitos uma composição favorável para a próxima administração. Os caciques do parlamento estadual se mostram arredios aos acordos, alguns pela ligação com a administração atual, outros tentando se valorizar na busca de cargos importantes.

 

Jogo de poder

 

Confúcio nem assumiu e já tem um monte de coisas para se preocupar. Não bastasse a questão da transição, do orçamento 2011, ainda existe o jogo de poder dentro da aliança da situação. Num primeiro momento, adversários da corrente familiar do novo governador buscam queimar até as pestanas Francisco de Assis, tido como homem do novo governador.

 

Deputados em alta

 

Nos bastidores se percebe que existem dois novos deputados estaduais em sintonia e em alta com o novo governo. Trata-se de Adelino Follador (DEM) que já foi secretário de Confúcio na prefeitura de Ariquemes e Davi Chiquilito Erse (PC do B). Pelo menos um deles poderá ser convocado para uma secretaria e o que sobrar terá grandes chances de presidir o parlamento estadual.

 

Ameaça de ruptura

 

Da mesma maneira em que a base aliada do ex-governador Ivo Cassol rachou em Rondônia, levando o candidato situacionista a uma derrota nas eleições de outubro, os petistas rondonienses – com interesses díspares nas eleições municipais de 2012 na capital - caminham para uma ruptura. As diferenças aumentaram ao final da apuração com a derrota de Eduardo Valverde ao governo e Fátima Cleide ao Senado.

 

Mando político

 

Na semana passada disse aqui na coluna que o “mando” político petista em Porto Velho, em vista de duas vitórias nas eleições a prefeito é do prefeito Roberto Sobrinho. Muitos petistas não gostaram, mas os números são claros e provam isso no pleito deste ano. Valverde fez 27 por cento dos votos válidos na capital, enquanto que no interior fez apenas oito por cento em Vilhena, 12 por cento em Cacoal, onze por cento em Ji-Paraná e meros 5 por cento em Ariquemes.

 

Números claros

 

No caso das eleições presidenciais, onde Dilma perdeu em todo o estado e deu vexame no Acre, ela salvou-se em Porto Velho por influencia direta da administração do atual alcaide que coordenou sua campanha por aqui. Na capital rondoniense, Dilma bateu Serra por 44 a 28 por cento, enquanto que em Vilhena, ela apanhou de 50 a 34; em Cacoal 54 a 34; e em Ariquemes de 55 a 34. Trocado em miúdos: o PT  teve seu melhor resultado na capital - e não no interior.

 

Do Cotidiano

O sonho do custo zero

A busca pela energia limpa é tão desafiadora quanto o objetivo de obter mais energia com menor custo. A mera lembrança de que o sol e os ventos possuem energia abundante e gratuita levou milhares de pesquisadores a tentar cumprir a profecia de Thomas Edison, o inventor da lâmpada: “Não apenas a força atômica será liberada, como também algum dia utilizaremos a subida e descida das marés e aprisionaremos os raios de sol”,

No Brasil e em vários pontos do mundo, o emprego das energias eólica e solar já se expande, por meio dos mais diversos processos, mas custos ainda elevados frente à energia elétrica, mais barata embora as instalações para obtê-la custe muito no tocante a instalações, como se vê no caso da polêmica de Belo Monte.

O Ceará, com seu sol brilhante e ventos constantes, não poderia ficar afastado dessa corrida mundial em busca da energia limpa e barata. É nesse Nordeste de tantos contrastes, mas também muitas promessas onde batalha o engenheiro mecânico Fernandes Ximenes, proprietário da Gram-Eollic, empresa que lançou no mercado o primeiro poste de iluminação pública 100% alimentado por energias eólica e solar.

Com modelos de 12 e 18 metros de altura (feitos em aço), o que mais chama a atenção no invento, tecnicamente denominado de Produtor Independente de Energia (PIE), é a presença de um avião no topo do poste. Feito em fibra de carbono e alumínio especial – mesmo material usado em aeronaves comerciais –, a peça tem três metros de comprimento e, na realidade, é a peça-chave do poste híbrido.

Ximenes diz que o formato de avião não foi escolhido por acaso. A escolha se deve à sua aerodinâmica, que facilita a captura de raios solares e de vento. “Além disso, em forma de avião, o poste fica mais seguro. São duas fontes de energia alimentando-se ao mesmo tempo, podendo ser instalado em qualquer região e localidade do Brasil e do mundo”, esclarece.

Tecnicamente, as asas do avião abrigam células solares que captam raios ultravioletas e infravermelhos por meio do silício (elemento químico que é o principal componente do vidro, cimento, cerâmica, da maioria dos componentes semicondutores e dos silicones), transformando-os em energia elétrica (até 400 watts), que é armazenada em uma bateria afixada alguns metros abaixo.

 

Via Direta

 

*** Os calotes de campanha se multiplicam e os cobradores cada vez mais agressivos com os caloteiros. Coisa de louco *** Esta concluído o asfaltamento da avenida Farquar ligando o Centro Cívico ao Bairro Nacional. Só falta a inauguração *** De asas crescidas, o PV terá o comando da Câmara de Vereadores de Porto Velho a partir de janeiro.
 

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Fonte: Carlos Sperança - csperanca@enter-net.com.br
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