Segunda-feira, 18 de outubro de 2010 - 23h50
As reviravoltas
Fazendo um retrospecto desde o inicio da campanha 2010 ao governo se pode constatar que Rondônia é realmente o estado das reviravoltas políticas. Foram tantas, que os favoritos tombaram novamente: Expedito ao governo ficou de fora até do segundo turno, Ivo favorito ao Senado, acabou em segundo lugar.
Idas e vindas
Dos pesos pesados cotados para entrar na peleja, nem o prefeito José Bianco (DEM) tampouco o senador Acir Gurgacz (PDT) entraram na disputa. Igualmente o ex-prefeito de Vilhena Melki Donadon (PHS) deixou a pretensão de galgar o Palácio Presidente Vargas para disputar o Senado.
O foguete Confúcio
Sem eles – Bianco, Acir e Melki - nas paradas, o ex-senador Expedito Júnior (PSDB) tomou a ponta e ares de favorito. Numa nova reviravolta, ele foi minado pelo governador João Cahulla (PPS), que nas últimas duas semanas de campanha acabou sendo ultrapassado pelo peemedebista Confúcio Moura (PMDB) que agora saltou a frente, impulsionado como um foguete.
Na reta final
Chegamos a reta final das eleições e os tucanos não mostram vigor suficiente para uma virada em Dilma Roussef, a ungida do presidente Lula. Para virar o jogo, José Serra (PSDB) precisaria tirar pelo menos alguns milhões de votos da adversária petista até o dia 31, o que se configura como um desafio quase impossível em vista da estabilização da campanha.
Em Rondônia
Já, no pleito estadual, em Rondônia, a vantagem, do candidato das oposições Confúcio Moura (PMDB) é tão grande, que mesmo se perdesse 50 mil votos para o concorrente nos próximos dias ainda ganharia a eleição com um pé nas costas. O peemedebista já faz 3 x 1 na maioria das regiões do estado e vai derrotando os governistas (em intenções de votos) no próprio quintal de Ivo Cassol e João Cahulla, que é Rolim de Moura.
É coisa de Louco!
Como a necessidade faz o sapo pular, Ivo Cassol e Cahulla se aliaram até ao PSDB, aquele partido que tinha chutado os dois como bodes de bicheira na década passada. E aí, apresentaram os grandes reforços da aliança governista: o ex-vice-governador Aparício Carvalho. Com apoio de tal magnitude, é bem possível que as forças aliadas da oposição entrem em pânico, se aterrorizem e fujam em debandada...
Uma façanha
Considero uma grande façanha, uma das obras mais interessantes da engenharia política rondoniense nas últimas décadas, tirar Ivo Cassol e cia do poleiro, digo do Palácio Presidente Vargas. E para criar um candidato em condições de vencer o cassolismo a oposição, como se prenuncia a vitória de Confuncio, a oposição precisou vencer vários desafios.
Coalizão vitoriosa
O primeiro grande desafio era unir as oposições, com os cardeais oposicionistas deixando as fogueiras de vaidades de lado para discutir uma coalizão vitoriosa. Teve candidato que inclusive renunciou seu projeto de disputa ao governo para fortalecer a aliança. E a grande verdade é que a oposição já encaminha uma vitória demolidora sobre uma máquina governista azeitada e poderosa.
Debates repetitivos
E os debates entre os presidenciáveis e os governadoraveis estão cada vez mais repetitivos sem fatos novos e ausência de propostas exeqüíveis. Tudo isso está desestimulando os telespectadores mais apaixonados pela política de ficarem na poltrona.
Do Cotidiano
Um país de desigualdades
O Brasil é um dos países gigantes em extensão territorial. Apenas Rússia, Canadá, China e EUA apresentam territórios maiores. Não é incomum que por aqui haja muita coisa também grande além do território. É um dos maiores mercados internos do planeta, e isso tem sido uma âncora para resistir à crise. Mas também é um dos maiores em desigualdades sociais, entraves burocráticos, carga tributária e mortalidade infanto-juvenil.
Já tivemos o maior estádio do mundo (Maracanã), a maior hidrelétrica do mundo (Itaipu) e muitos ainda acreditam que o nosso é o melhor futebol do mundo. Até recentemente, tínhamos o justificado orgulho de contar com o Aquífero Guarani, o maior ou um dos maiores do mundo, dependendo do critério de avaliação, pois esse negócio de medir volume de água é tarefa complexa e demorada. E sequer tínhamos certeza dessa imensidão quando se anuncia que o Aquífero Amazônia (a reserva Alter do Chão) pode conter cerca de 86 mil quilômetros de água potável, com chances também de vir a ser considerado o maior do mundo.
Se, porém, serão necessários vários meses de estudos até chegar a uma definição mais precisa do volume de água oferecido pelo Aquífero Amazônia, para estímulo e orgulho ao caráter nacional, já está comprovado que o Brasil é, vergonhosamente, o maior do mundo em consumo de agrotóxicos.
Na última safra, o País consumiu ao redor de 700 milhões de litros de veneno, aplicados em 50 milhões de hectares, equivalente a 14 litros por hectares, que, desgraçadamente, vem a ser também a maior média do mundo.
Isto significa que as regiões produtoras de soja são aquelas que mais sofrerão com suas consequências, uma vez que os agrotóxicos são produzidos a partir de petróleo e de químicos não degradáveis. Depois de aplicados, eles permanecem na natureza, matando a biodiversidade.
Além de afetar a fertilidade natural do solo, contaminam o lençol freático e a qualidade das águas da chuva: os venenos secantes evaporam para a atmosfera e depois regressam com a chuva. Afetam também a qualidade dos alimentos, que quando ingeridos sistematicamente podem causar destruição das células e resultar em câncer.
Com justo orgulho podemos afirmar que temos no conjunto dos nossos aquíferos as maiores reservas de água doce do mundo. Que tenhamos juízo e competência para evitar que sejam poluídas com venenos que, ao se depositar na terra, sob a qual estão os aquíferos, ali permanecem teimosa e destrutivamente.
Via Direta
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Fonte: Carlos Sperança - csperanca@enter-net.com.br
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