Segunda-feira, 25 de novembro de 2024 | Porto Velho (RO)

×
Gente de Opinião

Carlos Sperança

Uma coluna sem papas na língua


Política de alianças

No próximo sábado, dia 4, o PDT prossegue sua agenda de encontros estaduais, com fórum do partido em Cacoal, na região do café. Os pedetistas tem força na região: o atual presidente regional Acir Gurgacz foi o candidato mais votado  ao Senado no pleito passado e o partido acredita que tem boas chances na sucessão da atual prefeita Sueli Aragão (PMDB).

O avanço do PDT

O ex-prefeito de Ji-Paraná Acir Gurgacz aproveitará o encontro em Cacoal para agradecer o valioso apoio recebido das lideranças políticas e de toda população local. Gurgacz também vai enfatizar as ações da agremiação no tocante a formação de novos quadros partidários, através do Instituto  de estudos de  Políticas Sociais Alberto Pasqualini e da Universidade Leonel Brizola.

Em pé-de-guerra

Como peles-vermelhas enfurecidos, os historiadores locais estão gritando com o descaso contra o nosso patrimônio histórico de Rondônia, além da falta de uma programação comemorativa ao Centenário de Marechal Rondon. Com toda razão. Nem o governo estadual, tampouco a prefeitura estão tratando com seriedade essas questões históricas-culturais.

Cultura e turismo

Eu fico me perguntando porque o governador Ivo Cassol e o prefeito Roberto Sobrinho tem secretários para as áreas de cultura e turismo? No mínimo estes secretários deveriam apresentar um calendário prévio para que as autoridades sobre questões relevantes como a Missão Rondon. Igualmente os responsáveis pelo patrimônio histórico deveriam se manifestar sobre as questões atinentes a preservação.

Audiência pública

A Assembléia Legislativa se prepara para debater um problema polêmico, em audiência pública, no próximo dia 14 de junho: a efervescente questão agrária. Como se sabe, temos  grandes invasões nas áreas indígenas e biológicas, além de conflitos entre posseiros, sem terra-fazendeiros, latifundiários, madeireiros etc.

Grande iniciativa

Buscar soluções para o conflito fundiário no estado é uma das melhores iniciativas da Assembléia Legislativa nesta temporada depois de alguns equívocos cometidos pela sua atual Mesa Diretora que continua mal articulada com seus próprios funcionários, com a imprensa e a opinião pública. O tema, pela sua importância, merece até mais do que uma audiência.

Passar a limpo

Precisamos, de fato, passar a limpo nossos graves problemas agrários, disputas estas que tem acarretado dezenas de conflitos sangrentos no estado de Rondônia desde os primórdios da nossa colonização. O presidente da Assembléia Neodi Carlos (PSDC-Machadinho) acertou na mosca em focar a questão agrária, mesmo porque lhe tem chegado em mãos até  denúncias de milícias armadas agindo na região de Jacinópolis.

O municipalismo

O municipalismo rondoniense está comemorando a volta da Proposta de Emenda a Constituição que eleva de 22,5 por cento para 23,5 por cento o repasse da União do Fundo de Participação dos Municípios –FPM. Para o presidente da AROM José Bianco, embora pareça pouco, a medida representa muito para os municípios brasileiros.

Uma novela

A PEC da elevação do FPM vem se arrastando no Congresso Nacional desde o mês de maio. Embora tenha o texto principal aprovado, muitos destaques para a votação em separado foram apresentados dificultando a tramitação da matéria. Foi preciso que  os partidos de sustentação ao governo se entendessem com a oposição para a coisa avançar.

Do Cotidiano

As margens da sustentabilidade

Estamos habituados, na Amazônia, a contemplar margens amplas, espaços a perder de vista, a grandiosidade encarnada como fauna e flora de imenso alcance, imenso potencial, imenso futuro. No entanto, há questões nas quais as margens repentinamente se estreitam: por que, por exemplo, a legislação de proteção à Amazônia é tão perfeita e a prática é tão imperfeita?

Ninguém no planeta poderá negar que a legislação ambiental brasileira, no que toca ao manejo sustentável das nossas florestas, é justa, adequada, democrática. Decorreu da superação de uma ditadura cuja megalomania estava conduzindo o país a um beco sem saída. Sobreveio ao cabo de mais de uma legislatura no Congresso Nacional, em meio aos debates mais intensos, calorosos e dignos das amplas margens dos nossos caudalosos rios. Mesmo assim, continuamos no olho do furacão: as obras necessárias são atrasadas muitas vezes por firulas técnicas, questiúnculas pseudo-políticas e o predomínio da força sobre a inteligência.

É a força do decreto, da iniciativa predatória, do crime organizado, em oposição à desorganização da sociedade, do Estado muitas vezes ausente em defesa da vida, da cidadania e da lei, apesar do gigantismo paquidérmico das máquinas oficiais, com o cidadão entregue à própria sorte. Evidencia-se o excesso de esperteza no campo da rapinagem, observa-se um povo ainda vitimado pela ignorância, com uma estrutura educacional atrasada, digna de todas as reprovações.

A Amazônia e seu povo multinacional e multirracial fazem por merecer uma educação qualificada não apenas nas luminosas capitais, mas também para descortinar e iluminar as amplas margens pelas quais as pessoas agem, vivem e se multiplicam. A sustentabilidade sofre com uma exploração florestal de apetite pantagruélico e insensato, a expansão da agricultura não obedece a padrões de sensibilidade e adaptação. De um lado, derrubadas irrefletidas, projetos egoístas, amplas margens para a ilegalidade, as invasões e o desrespeito às leis. De outro, margens estreitíssimas para o direito, a proteção, a projeção do amanhã.

Produzir apenas por um lustro, no máximo, e deixar para trás a terra arrasada seria como que repetir o feito demoníaco dos insensatos que atiraram napalm no Vietnã porque não iriam mais poder utilizar aquela terra. É uma espécie de matricídio, matar a nutriz dos próprios lucros, condenar-se ao lucro cessante. Pela rapina dos poderosos e por ignorância dos pobres espíritos, chega-se a uma limitada visão de curto prazo, imediatismo e a crença de que as amplas margens que a natureza nos proporcionou não sofrerão com as estreitas margens de nossa visão limitada, de curto alcance.

Via Direta

*** Ainda tem mais políticos rondonienses para cair na malha do caso Gautama *** Por isso temos ex-prefeitos com noites insones na terrinha de Rondon *** É só falar em Polícia Federal em Rondônia que os políticos tremem *** É que nossos corruptos tem medo, mas não tem vergonha!

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

Gente de OpiniãoSegunda-feira, 25 de novembro de 2024 | Porto Velho (RO)

VOCÊ PODE GOSTAR

Os clãs políticos rondonienses já formados e outros em criação já se preparam para as eleições de 2026

Os clãs políticos rondonienses já formados e outros em criação já se preparam para as eleições de 2026

Sem perdãoHá pessoas que se dizem cristãs, mas abrem caminho ao inferno ao ofender os semelhantes, esquecendo que uma das principais lições do crist

Dá pena de ver a situação a Av, 7 de setembro no centro antigo de Porto Velho

Dá pena de ver a situação a Av, 7 de setembro no centro antigo de Porto Velho

O jogo da Amazônia Em todo o mundo se tornou obrigatória a pergunta “e agora, com a eleição de Trump nos EUA?” Mao Tsé-tung disse que se os chinese

É bem provável que ocorra uma regionalização de candidaturas ao Palácio Rio Madeira

É bem provável que ocorra uma regionalização de candidaturas ao Palácio Rio Madeira

DesbranqueandoA jornalista brasileira Eliane Brum, descendente de italianos e filha de pai argentino nascida em Ijuí, Noroeste gaúcho, certo dia dec

A classe política está querendo antecipar o processo eleitoral de 2026

A classe política está querendo antecipar o processo eleitoral de 2026

Tartarugas humanasO desmatamento e a piora do clima causam prejuízos generalizados aos povos amazônicos. Os que mais assustam são as perdas na agri

Gente de Opinião Segunda-feira, 25 de novembro de 2024 | Porto Velho (RO)