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Gente de Opinião

Carlos Sperança

Uma coluna sem papas na língua 25/05/10


 

 

Mobilização pedetista

Com encontros regionais na região central e no Vale do Guaporé, o PDT deu seqüência no final de semana sua mobilização visando definir nominatas a Assembléia Legislativa e a Câmara Federal. Em Ji-Paraná, o time do socialismo moreno será escalado com Ayrton Gurgacz, Leudo Buritis e Adão Bahia para ALE e Marcos Rogério para Câmara Federal.

 

Contas petistas

Pelo menos nas contas locais, o deputado federal Eduardo Valverde escapou das alianças obrigatórias nos estados com PMDB, PP, PDT e outros partidos da sua base aliada, visando melhorar as chances da presidenciável Dilma Roussef. Na Amazônia, os estados de RO, AC e PA devem confirmar candidaturas petistas, cedendo espaço para os aliados no AM, RO e AP.

 

Só no 2º turno

O PMDB rondoniense garante que já assimilou a candidatura do petista Valverde. O próprio Confúcio Moura descartou no final de semana qualquer possibilidade de acordo entre os dois partidos, mas espera que no segundo turno todo o bloco de oposição-PMDB/PT/PDT - esteja junto perante o inimigo comum que deverá emergir do cassolismo, ou seja, Expedito ou Cahulla.

 

Partidos nanicos

Na corrida presidencial só se fala nos nomes de José Serra (SDB), Dilma Roussef (PT) e Marina Silva (PV). No entanto, os partidos nanicos já definiram seus pré-candidatos: O PSOL lança Plínio Arruda Sampaio; o PSTU Zé Maria; o PT do B Mário Oliveira; o PSL Américo Souza e o PSDC, pela segunda vez, Eymael. Já são oito pré-candidatos e ainda podem surgir mais dois. Um recorde!

 

O raio no mesmo lugar

Depois da eleição de Valdir Raupp ao governo em 94, a oposição dizia que o raio nunca caia duas vezes no mesmo lugar e que jamais Rolim de Moura voltaria a eleger um governador. Ledo engano, veio Ivo Cassol e emplacou duas eleições e uma delas sem precisar de segundo turno. E o “raio”  – no caso, Rolim de Moura eleger mais um governador – ameaça cair mais uma vez, no mesmo lugar pela terceira vez.

 

Barba, cabelo e bigode

A grande verdade é que Rolim de Moura esta emplacando, conforme as pesquisas vigentes, dois senadores (Ivo e Raupp) e tem dois fortes candidatos ao governo, que são o ex- senador Expedito Junior e o atual governador João Cahulla. O primeiro ponteia este início de corrida eleitoral, já, Cahulla, mesmo com a Frente Progressista desunida, conseguiu fazer decolar sua campanha.

  

Acordo próximo

O senador Valdir Raupp, manda-chuva do PMDB afirmou no final de semana que esta próximo de um acordo com o PSDC do presidente da Assembléia Legislativa Neodi Carlos, que foi preterido na chapa da Frente Progressista como postulante a vice de João Cahulla. Mesmo assim nos encontros governistas, o partido dos cristãos ainda é citado como pertencente à base aliada.

 

Siglas de aluguel

As siglas de aluguel estão alvoroçadas em busca de vantagens e promessas de cargos dos candidatos de ponta. É um verdadeiro leilão: o PHS, por exemplo, conversa com Expedito, com Valverde e com Confúcio Moura visando indicar um vice, no caso o ex-prefeito de Vilhena Melki Donadon. Já, as demais legendas de barriga, não têm carta na manga para oferecer um bom vice, como os humanistas, mas estão nas paradas.

 

Frente Progressista

Já sem contar com a presença do presidente da Assembléia Legislativa Neodi Carlos e lideranças cristãs, a Frente Progressista, coalizão de partidos que sustenta as pré-candidaturas de João Cahulla ao governo e Ivo Cassol e Tziu Jidaias ao Senado, manteve encontro em São Miguel. Célia Pastório (PP), liderança emergente, no Vale do Guaporpé, pré-candidata a deputada federal pela região foi a anfitriã das lideranças progressistas.

 

Do Cotidiano             

O aqüífero amazônia

O Brasil é um dos países gigantes em extensão territorial. Apenas Rússia, Canadá, China e EUA apresentam territórios maiores. Não é incomum que por aqui haja muita coisa também grande além do território. É um dos maiores mercados internos do planeta, e isso tem sido uma âncora para resistir à crise. Mas também é um dos maiores em desigualdades sociais, entraves burocráticos, carga tributária e mortalidade infanto-juvenil.

Já tivemos o maior estádio do mundo (Maracanã), a maior hidrelétrica do mundo (Itaipu) e muitos ainda acreditam que o nosso é o melhor futebol do mundo. Até recentemente, tínhamos o justificado orgulho de contar com o Aquífero Guarani, o maior ou um dos maiores do mundo, dependendo do critério de avaliação, pois esse negócio de medir volume de água é tarefa complexa e demorada. E sequer tínhamos certeza dessa imensidão quando se anuncia que o Aquífero Amazônia (a reserva Alter do Chão) pode conter cerca de 86 mil quilômetros de água potável, com chances também de vir a ser considerado o maior do mundo.

Se, porém, serão necessários vários meses de estudos até chegar a uma definição mais precisa do volume de água oferecido pelo Aquífero Amazônia, para estímulo e orgulho ao caráter nacional, já está comprovado que o Brasil é, vergonhosamente, o maior do mundo em consumo de agrotóxicos.

Na última safra, o País consumiu ao redor de 700 milhões de litros de veneno, aplicados em 50 milhões de hectares, equivalente a 14 litros por hectares, que, desgraçadamente, vem a ser também a maior média do mundo. A soja respondeu praticamente pela metade dessa fantástica litragem.

Isto significa que as regiões produtoras de soja são aquelas que mais sofrerão com suas consequências, uma vez que os agrotóxicos são produzidos a partir de petróleo e de químicos não degradáveis. Depois de aplicados, eles permanecem na natureza, matando a biodiversidade representada pela variedade de vida vegetal e animal.

Além de afetar a fertilidade natural do solo (ao acabar com bactérias e nutrientes naturais), contaminam o lençol freático e a qualidade das águas da chuva: os venenos secantes evaporam para a atmosfera e depois regressam com a chuva. Afetam também a qualidade dos alimentos, que quando ingeridos sistematicamente podem causar destruição das células e resultar em câncer. 

 

Via Direta

*** Acreditando que já está com um pé no segundo turno, o tucano Expedito Junior já evita encrencas com os concorrentes em Rondônia *** Já pensa em alianças para a próxima etapa *** O PC do B até agora ouviu muito, mas não se decidiu por ninguém na corrida sucessória estadual *** Já, o PSB, esta quase fechando com o PT.

 

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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