Sábado, 25 de dezembro de 2010 - 05h27
Com seus últimos secretários já definidos, oriundos do PT, como foi o caso do deputado federal Anselmo de Jesus (Agricultura), o governador eleito Confúcio Moura inicia um retiro com sua equipe a partir deste domingo. Como maestro, ele quer afinar a orquestra, como político quer que todos falem a mesma língua e como administrador vai definir suas diretrizes. Como governante, augura um Feliz Natal a todos os rondonienses.
Caos na saúde
Se o caro leitor se debruçar nos números e nos investimentos das esferas municipal e estadual de saúde, vai constatar que os recursos mais que dobraram com relações as administrações anteriores. Ocorre, que no caso de Porto Velho, além dos hospitais locais atender uma demanda gigantesca provocada pela intensa migração, também recebem assistência pacientes da Bolívia e de alguns municípios do Mato Grosso e Amazonas.
Baita leilão
A eleição da nova mesa diretora da Assembléia Legislativa, que acontecerá dia 1º de fevereiro, foi transformada num verdadeiro leilão. Quem dá mais? Quais as vantagens que o deputado receberá dos cassolistas ou do novo governo do estado, caso faça sua opção? O jogo é bruto, cheio de idas e vindas. É um quadro, onde o cassolismo largou na frente, mas que pode ser revertido, caso o futuro governador entre na jogada.
Balanço positivo
Num balanço de suas ações no Senado e a frente do Diretório Regional do PDT durante 2010, o senador Acir Gurgacz citou o avanço da legenda em Rondônia, enfatizou a importância da aliança celebrada com o PMDB que tornou possível a vitória do governador Confúcio Moura e reiterou seus compromissos com a população. Ao final desejou um Feliz Natal e um 2011 repleto de alegrias ao laborioso povo rondoniense.
Mensagem de Natal
Agradecendo o apoio e a confiança da população rondoniense, o vice-governador eleito Airton Gurgacz (PDT), que assume em janeiro a direção geral do Detran também fez questão de enviar sua mensagem de Natal augurando votos de paz, saúde e prosperidade a população do estado. Segundo ele, a gestão Confúcio marcará uma nova era em Rondônia.
Clima de despedida
Também o governador João Cahulla, já falando em tom de despedida, saudou a população expressando um Feliz Natal e um ano novo de plenas realizações aos rondonienses. Cahulla, ao deixar o Palácio Presidente Vargas, passará a residir em Porto Velho, cidade que ele adotou, após décadas em Rolim. Afirma que deixa o cargo com a consciência tranqüila de que fez o máximo de si pelo progresso do estado.
Feliz Natal
Por último, o colunista também se congratula com nossa diretoria, equipe de jornalismo, todo time técnico e administrativo, a todo SGC, aos leitores, fornecedores e amigos deste Diário, augurando um Feliz Natal e um Ano Novo dos mais felizes ao povo deste estado, das areias da Praia do Tamanduá, na zona ribeirinha de Porto Velho, aos campos de soja de Vilhena; Da localidade de Chê Guevara, na Zona da Mata, aos topos da Serra do Touro, no Colorado.
A pesquisadora Juliana Salles Machado, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, encontrou uma forma de fazer a leitura possível dos primórdios da Amazônia, analisando dados com indicações de continuidade ou não dos grupos indígenas do passado nas atividades humanas do presente.
Intitulada Arqueologia e história nas construções de continuidade na Amazônia, a análise se baseia em exemplos da arqueologia amazônica, da antropologia e, mais especificamente, de pesquisa etnoarqueológica que está sendo realizada entre comunidades ribeirinhas da ilha de Caviana, no Pará.
Para a pesquisadora, desde o início das discussões acadêmicas sobre a ocupação humana na Amazônia, “vimos um constante embate acerca da continuidade ou não do cenário atual dos povos indígenas e seus antepassados pré-coloniais. Seja de um lado, seja de outro, a colonização, seu impacto entre as populações indígenas e seu efeito impulsionador para a criação e transformação de novos atores sociais, foi – e ainda é – um ponto chave na interpretação dessa transição entre o passado amazônico pré-colonial e o presente”.
Em seu estudo, Juliana observa que não há unanimidade em torno do assunto: “Pendendo ora para um lado ora para outro, alguns pesquisadores defendem grandes rupturas com o cenário indígena atual, cujas populações, ditas escassas e simples, como inúmeras vezes foram descritas, seriam um reflexo distorcido de um passado glorioso de populações numerosas e politicamente hierarquizadas”.
Nesse caso, ela menciona trabalhos consagrados como o de Anna Roosevelt – “Moundbuilders of the Amazon: Geophysical Archaeology on Marajó Island, Brazil”, de 1991. Nessa linha também segue o pesquisador Eduardo Neves em “Twenty Years of Amazonian Archaeology in Brazil (1977-1997), publicado em 1998.
Há, também, olhares menos generosos com o passado pré-colonial, apontando para uma continuidade desse cenário ao longo do tempo, ou seja, o que vemos hoje seria próximo do que tínhamos antes, afirma a professora Juliana Machado, referindo-se a Betty Meggers, autora de ótimos trabalhos sobre a região desenvolvidos na década de 90.
Via Direta
*** Em recesso, os deputados que estão viajando começam a voltar na semana que vem para a posse *** Além da posse, dia 1º tem a festa dos 29 anos de emancipação do estado dia 4 de janeiro *** Fim da Era Cassol, com Cahulla *** O legado é bom: tanto na malha de estradas ampliada, pagamento em dia do funcionalismo, como na construção de obras importantes como o CPA e o Teatro Estadual, quase concluídos.
Fonte: Carlos Sperança - csperanca@enter-net.com.br
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