Quarta-feira, 27 de janeiro de 2010 - 06h52
Coisa se espalhou
Os decretos assinados por governadores, determinando que seus governos estaduais banquem a segurança pessoal e patrimonial dos ex-governadores reeleitos com seis seguranças – sob medida pra eles próprios e que contou com a cumplicidade das assembléias legislativas, diga-se de passagem - se espalhou pelo Brasil afora. A coisa pegou mal.
Em 12 estados
Já são 12 estados com a mesma lei adotada recentemente por Rondônia e Mato Grosso depois que SP, CE, MA e MS instituíram a coisa. Os governadores Ivo Cassol (Rondônia) e Blairo Maggi (Mato Grosso) alegam que não inventaram nada, a lei já existia nos estados de maior tradição.
Reabilitação difícil
Se reabilitar políticamente, depois de se queimar com o eleitorado tem sido uma tarefa extremamente difícil. O ex-governador Jerônimo Santana, os ex-prefeitos Tomás Correia e José Guedes (Porto Velho), Ildemar Kussler e Jotão Geraldo (Ji-Paraná), o ex-senador Odacir Soares até tentaram voltar, mas não ganharam mais nada. No pleito deste ano o ex-senador e ex-ministro Amir Lando terá esse desafio.
Rivalidades tribais
Aos poucos vão se acirrando as rivalidades tribais que envolvem a votação do plebiscito, marcado para o dia 28 de fevereiro, tratando da emancipação da Ponta do Abunã, criando um município com quatro distritos de Porto Velho. Ocorre que Nova Califórnia não aceita que a sede do futuro município seja em Extrema e já trata de detonar a localidade rival.
Divisionismo político
Como se vê, o futuro município da Ponta do Abunã, vai herdar um dos piores defeitos de Porto Velho que é a cidade mãe: o divisionismo político, nascido desde os idos da construção da Estrada de Ferro Madeira Mamoré. O fantasma do divisionismo que emergiu pela presença de tantas etnias na epopéia da Ferrovia do Diabo volta assombrar...
Pegando na ferida
No melhor estilo bateu levou, o governador Ivo Cassol, que apóia seu vice João Cahulla na sua sucessão em outubro, nunca deixa de lembrar aquilo que apavora todos rondonienses, de Yata na fronteira com a Bolívia, a Che Guevara, quase na Zona da Mata: o péssimo costume dos governadores eleitos pelo PMDB em atrasar salários quando deixam o Palácio Presidente Vargas.
Buraco negro
Na capital, o PMDB vai precisar de muita lábia para convencer que Confúcio Moura, é diferente daqueles antigos gestores populistas. Os prefeitos peemedebistas na capital foram péssimos e os governadores ajudaram a enterrar até instituições que no mundo inteiro dá lucro: banco, companhia de mineração, de telefonia, até companhia de energia.
Pagando o pato
O que eu quero dizer é que um dos melhores prefeitos do estado, um dos raros políticos ficha limpa deste Brasil afora, pode pagar o pato pelo que não fez. Caberá a equipe de campo do pré-candidato do PMDB criar e aplicar os antivírus políticos necessários para esta situação, principalmente na capital com motes de campanha específicos junto ao funcionalismo.
Epidemia de dengue
A municipalização da Funasa ainda nos idos do presidente FHC, a falta de ações preventivas nos municípios, mais uma boa parte da população jogando lixo e entulhos nas ruas e quintais baldios, são alguns ingredientes da epidemia de dengue que se espalha por todo território rondoniense desde o final do ano passado.
Do Cotidiano
Guerra contra a ignorância
Na guerra contra a ignorância, o estímulo à leitura precisa ser a arma principal. Se esta afirmação é verdadeira e já consegue uma natural unanimidade, a maneira de levar analfabetos às letras e analfabetos funcionais a aprender mediante a correta interpretação da escrita suscita as mais diferentes propostas e recomendações.
Uma dessas propostas se baseia em que as pessoas só vão ler se a leitura lhes trouxer prazer ou vantagem. No momento em que perceberem estar usufruindo de uma delas ou das duas possibilidades, não precisarão ser forçadas a ler. Mas há outros pontos de vista, que defendem a obrigatoriedade da leitura através de normas impostas por lei. Espontaneamente ou na marra, o que vai funcionar melhor?
Obviamente, obrigar a criança e o jovem a ler não funciona. Em prejuízo das próprias crianças e jovens, as listas de leituras obrigatórias trazem obras que só deveriam ser consumidas pelos leitores em uma outra etapa de sua formação. A obrigação de ler e resumir livros antigos criou a indústria dos resumos comprados, hoje fáceis de obter na Internet.
A editora Sônia Machado Jardim, presidente do Sindicato Nacional de Editores de Livros e do Instituto Pró-Livro, acredita que o grande número de alunos que saem da escola sem ter adquirido o prazer ou o hábito de ler deve ser combatido com uma nova forma de obrigar os escolares a ler: “Na minha opinião, a escola deveria ter uma hora de biblioteca na grade curricular, como um momento de prazer num ambiente agradável”.
Três anos – A proposta da editora é combinar obrigação com prazer. De fato, talvez ler e interpretar na mesma aula textos escolhidos pelos próprios alunos funcione mais que a “tarefa de casa” de ler e resumir livros clássicos de José de Alencar ou Machado de Assis. Mesmo sendo uma aula obrigatória de leitura, a possibilidade de o aluno poder escolher o tema e o autor dos textos pode permitir, abaixo de certas regras, a busca do prazer e da utilidade que a leitura pode proporcionar.
Sônia Jardim é uma otimista. O Brasil completou a primeira edição trienal (2006/2009) do seu primeiro Plano Nacional do Livro e Leitura positivamente, segundo ela. “O lado positivo do Plano Nacional do Livro e a Leitura foi a articulação entre o Ministério da Educação, o Ministério da Cultura e a sociedade civil, identificando e estimulando iniciativas em favor do livro e leitura”.
Via Direta
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Fonte: Carlos Sperança - csperanca@enter-net.com.br
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