Uma coluna sem papas na língua 27/06/08

Sonho de Liberdade

A ministra Nilcéia Freire inaugura hoje em Porto Velho, ao lado do prefeito Roberto Sobrinho e da coordenadora de Política para Mulheres Mara Regina Araújo, o Centro de Referencia para as Mulheres em Situação de Violência “Sonho de Liberdade”, na avenida Rafael Vaz e Silva, próximo ao Hospital Infantil Cosme e Damião.

Tragédia familiar

O deputado federal Eduardo Valverde (PT-RO), vive uma tragédia familiar, com o falecimento de sua mãe, Dona Cecília Valverde, em Fortaleza (CE). Em  virtude da missa de sétimo dia, na capital cearense, não estará presente  hoje a inauguração do Centro de Referência em Porto Velho.  

Pouco sobrou

O pré-candidato do PV a Prefeitura de Porto Velho, Lindomar Garçom, abocanhou quase todas as legendas da base aliada do governador Ivo Cassol. Pouco sobrou para o outro postulante do arco de sustentação do governo estadual, Alexandre Brito (PTC). Mas ele tem esperança que o PTB, do deputado estadual Valter Araújo não o deixe isolado na peleja.

Opção por Garçom

O governador Ivo Cassol inicialmente não queria entrar na briga em Porto Velho no primeiro turno, mas atendendo apelo do aliado Expedito Júnior, acabou cedendo a pressão em favor do baixinho de Candeias. Garçom precisa de Cassol para alçar vôo, ainda mais que seu predador Mauro Nazif chegou  e já se mostra suas garras. 

Poder feminino

A tucana Nelma Guedes é mais uma pré-candidata a prefeita em Rondônia. Nesta temporada, as mulheres estão disputando as eleições - seja a prefeito ou a vice - em pelo menos 31 municípios, a começar na capital com Silvana Davis, até pequenos municípios, como Presidente Médici, com Lurdinha do PT, ou Da penha em Buritis.

Boom de candidaturas

É um verdadeiro boom de candidaturas femininas na jornada de 2008. Seja em Porto Velho, Itapuã, Ariquemes (com Daniela Amorim), Ouro Preto com Sonia Arrabal, Cacoal com Glaucione Nery, Pimenta Bueno com Inês Zanol, ou Vilhena com Vera Paixão. Além disso existem as prefeitas que lutam pela reeleição, como Míriam Donadon  em Colorado do Oeste.

Queda dos imbatíveis

Ao longo dos anos tivemos alianças consideradas imbatíveis em Rondônia que acabaram tubulando gloriosamente. Na disputa da prefeitura de Porto Velho, só para citar como exemplos, se tinha como imbatíveis a dupla Jacob Atalah/Raquel Cândido nos anos 80 e a aliança Mauro Nazif/Carlinhos Camurça em 2004.

Grandes favoritos

Nas eleições de 2008, ao meu ver, existem dois grandes favoritos, que ganhariam o pleito tranqüilamente, sem recorrer a saladas e o risco de enfrentar eventuais rivalidades tribais. Trata-se de Roberto Sobrinho (em Porto Velho) e José Bianco (Ji-Paraná). Inegavelmente, no papel, largam na frente e, sequer admite-se nestas coalizões qualquer possibilidade de derrota.

Pregando peças

O eleitorado rondoniense a cada ano vem sinalizando mudanças de comportamento, tanto é verdade, que numa cidade  de maioria evangélica como Cacoal, quem ponteia a corrida ao Palácio do Café é um padre. É também uma resposta da população aos políticos propineiros e sanguessugas criados por lá nos últimos anos.

Encontro do PSL

Para prestigiar a candidata a prefeitura de Porto Velho Silvana Davis, desembarca na capital no próximo dia 2 de julho, o vice-presidente nacional do PSL, deputado Giovan Pantaleão. O líder liberal também participará de encontros da legenda em Manaus (AM) e Rio Branco (AC).

Do Cotidiano

Os interesses ocultos

Sendo uma das regiões mais importantes do mundo, e de um mundo que ainda não aprendeu a viver em paz, a Amazônia, para o bem ou para o mal, é alvo das atenções de interesses de todos os tipos, tamanhos, sabores e apetites. É fácil supor, pois são comprovados a cada instante, que haja organizações criminosas ocultas por fachadas encimadas por belos nomes. Afinal, há também seitas que falam em Deus e praticam atos demoníacos. Assim, não há porque duvidar das afirmações feitas no Congresso Nacional pelo general Maynard Marques Santa Rosa, secretário de Assuntos Internacionais do Ministério da Defesa, a respeito de “interesses ocultos” que seriam a base da ação de muitas das cem mil organizações não-governamentais que atuam no território amazônico.

Cem mil ongs parece um número inacreditável, mas como na Amazônia tudo é amplo e desmedido, não há também porque duvidar desse cálculo feito pelos serviços de inteligência do Exército. Ong é mais ou menos como blog na Internet: cada qual abre o seu. O conteúdo e os propósitos é que podem variar, mesmo colocados na mesma comunidade de intenções. Segundo o militar, muitas ongs se dedicam a atividades ilegais: “Essas organizações clamam pela defesa do meio ambiente e dos direitos indígenas, mas muitas têm interesses ocultos, como o tráfico de drogas, de armas e de pessoas, a lavagem de dinheiro e até a espionagem”, afirmou o general Maynard, em maio deste ano, na Comissão de Relações Exteriores e Defesa da Câmara dos Deputados.

Não se pode deixar de reconhecer a razão e a justeza das afirmações do general Maynard também sobre as dificuldades que tem nosso Exército para vigiar a Amazônia, tanto em função da vasta extensão desse ecossistema como por suas carências orçamentárias. Não escapa a ninguém que nossas Forças Armadas estão à beira da sucata. Mas no casos das ongs, é recomendável ter cuidado para evitar as generalizações.

Se “muitas” das ongs podem de fato ter interesses ocultos, pode-se também afirmar que “muitas” ongs são grandemente benéficas à proteção da floresta e dos povos amazônidas.

Se há de fato “muitas” ongs criminosas, elas devem sofrer de imediato a pronta resposta da lei, pois o contrário disso é a conivência. Não se pode, por outro lado, generalizar e pôr todas as ongs, inclusive aquelas que prestam um serviço inestimável ao País e à humanidade, no mesmo saco. Tão criminoso quanto manter “interesses ocultos” é espalhar suspeição por todos os lados, o que é também uma forma de injustiça. Cabe às autoridades dar nomes aos bois.

Via Direta

*** Começa amanhã a 6º Maratona da Avestruz, em Mirante da Serra *** O evento já faz parte do calendário turístico de Rondônia e será prestigiado pelo governador Ivo Cassol *** O senador Expedito Júnior tenta atrair o DEM para o bloco de sustentação a candidatura do deputado federal Garçom (PV) *** O não cumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal continua gerando prejuízos na captação de recursos para Rondônia.

Fonte: Carlos Sperança