Uma coluna sem papas na língua 28/05/10

A desistência de Amir

Nos bastidores circula a informação de que o ex-senador e ex-ministro Amir Lando teria desistido de disputar uma vaga à Câmara Federal pelo PMDB. Caso seja verdade, a decisão beneficia principalmente o deputado federal Natan Donadon, já que Amir tem bases fortes na região Cone Sul do estado, onde tem uma fazenda de criação de gado de corte.

Mais um vice?

Já foram especulados tantos vices para o tucano Expedito Junior que já não se sabe mais se a coisa é para fritar, ou para homenagear. Os últimos citados foram o deputado federal Mauro Nazif (PSB) e o deputado estadual Silvernani Santos (DEM), o último para o tucano angariar o apoio do prefeito de Ji-Paraná José de Abreu Bianco.

Aproximação negada

O presidente regional do PMN Sandro Morett negou ontem aproximação com o PMDB der Confúcio Moura. Na verdade, segundo o dirigente, a legenda se decidiu pela coligação com o PHS de Melki Donadon e o próprio Morett deverá ser indicado para vice na aliança dos partidos nanicos, mais o PC do B de Pantera, David Chiquilito etc.

Dói o coração...

Por seu turno, o PHS confirma a realização de sua convenção entre os dias 20 a 27, para homologar a chapa Melki Donadon  ao governo e Sandro Morett a vice. O presidente regional Herbert Lins Albuquerque reclamou do colunista - que às vezes taxa sua legenda como sigla de aluguel - e garante que se sente angustiado com a acusação, que ele considera injusta. Ora! Não será incômodo pedir desculpas se ele provar o contrário...

Lei da transparência

Mesmo já em vigor, poucos municípios brasileiros estão cumprindo a chamada Lei da Transparência, que obriga os prefeitos que administram cidades acima de 100 mil habitantes a colocar todas suas informações na internet. Em Rondônia apenas dois municípios, serão atingidos pela medida: Porto Velho e Ji-Paraná. Vamos ver se Bianco e Sobrinho estão transparentes...

Justa homenagem

Na sessão especial de comemoração dos 40 anos da Câmara Municipal de Porto Velho, novos e antigos vereadores se juntaram. Entre os presentes, destaco José Guedes por causa de uma curiosidade: Ele tinha amanhecido suplente nas eleições de 1982, mas na recontagem de votos, no dia seguinte, ganhou o cargo por causa de um voto: o de sua esposa que não tinha sido computado.

Fórum Internacional

Como sede das usinas hidrelétricas de Jirau e Santo Antônio, Porto Velho foi a cidade escolhida para a programação de encerramento do Fórum Internacional de Desenvolvimento Sustentável da Amazônia Sul-Americana. O Fórum segue com programação no Brasil, Peru e Bolívia e será encerrado na capital rondoniense em 6 de junho.

Palanque de Dilma

Não se sabe como a ex-ministra Dilma Roussef, pré-candidata à presidência fará em Rondônia, onde terá pelo menos três palanques distintos. Quem vai ter que acertar a coisa é o coordenador da campanha petista no estado, o prefeito  Roberto Sobrinho. Os palanques: No PT, com Eduardo Sobrinho; no PDT com Acir Gurgacz e no PMDB com Confúcio Moura. E ainda tem a aliança do PP com o PPS lançando Cahulla...

A criminalidade

É apavorante. Em um ano dobrou o numero de homicídios em Porto Velho, mesmo com a aquisição de mais viaturas, de armamento, da contratação de mais policiais civis e militares. Na medida em que o tráfico de drogas se alastra – agora também com o crak – todas as estatísticas de criminalidade acabaram aumentando nas capitais brasileiras.

Do Cotidiano

Os possíveis candidatos

Ao contrário das eleições de 2006, quando todos os postulantes ao governo do Estado já estavam acertados quase um ano antes das eleições, 2010 chega quase à metade do ano com sete nomes cogitados para disputar o governo de Rondônia, mas ainda com muitas indefinições pendentes.

São tidos como possíveis candidatos, o governador João Cahulla (PPS-Rolim de Moura), o senador Acir Gurgacz (PDT-Ji-Paraná), o ex-prefeito Confúcio Moura (PMDB-Ariquemes), o ex-senador Expedito Júnior (PSDB-Rolim de Moura), o deputado federal Eduardo Valverde (PT-Porto Velho), a professora Rosângela Cipriano (PSOL–Vilhena), e o ex-prefeito Melki Donadon (PHS-Vilhena).

O quadro ainda é muito nublado, aguardando-se, por exemplo, as alianças políticas. Aos poucos a aliança PMDB/ PT não se confirmou em Rondônia e as legendas buscam novos parceiros. No PHS, o que se vê, é o ex-prefeito Melki Donadon buscando uma vaga de vice nos candidatos de ponta. Na Frente Progressista os partidos brigam entre si, prejudicando o projeto de reeleição do governador João Cahulla.

Com um eleitorado que já beira de 1,2 milhão de eleitores, Rondônia vai eleger seu governador pela sétima vez pelo voto direto. O primeiro foi o goiano Jerônimo Santana (em 86), o segundo o rondoniense Oswaldo Piana (90), em 1994 o catarinense Valdir Raupp de Mattos, em 1998 o paranaense José Bianco, em 2002 começaria a era Cassol, com duas eleições consecutivas do atual mandatário, o catarinense Ivo Cassol, o primeiro reeleito.

Mais de dois terços do eleitorado rondoniense estão no interior, o que projeta dificuldades para nomes lançados pela capital, já que nossa população interiorana, formada majoritariamente por migrantes sulistas, tem se revelado extremamente bairrista nas últimas escolhas. Porto Velho não elege governador há duas décadas, fruto do divisionismo político local e até da falta de competência das suas últimas gerações de políticos.

Com tantos postulantes e por se tratar de uma disputa claramente regionalizada, as eleições em Rondônia, devido à fragmentação dos votos, sinalizam para uma disputa em dois turnos. Nas primeiras sondagens constata-se enorme índice de indecisos,  indicando uma eleição aberta, podendo revelar – mais uma vez - surpresas no pleito deste ano.

Via Direta

*** A mídia petista melhorou consideravelmente em Rondônia nas últimas semanas e já esta azeitada para o pleito de outubro *** Aos poucos o mandarim Ivo Cassol vai acertando as arestas da Frente Progressista ***O deputado Neodi Carlos continua fiel e Moreirão anda mais conciliador as causas governistas na base aliada *** Tudo pela reeleição de Cahulla.

Fonte: Carlos Sperança. 
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