Quinta-feira, 28 de outubro de 2010 - 05h58
Contagem regressiva
Entrando na contagem regressiva das eleições de domingo, teremos ainda o último debate dos presidenciáveis e dos governadoraveis. Não se pode esperar nada a mais com relação aos confrontos travados anteriormente entre os candidatos Dilma Roussef (PT) e José Serra (PSDB) e tampouco existem expectativas de alterações no quadro regional.
Eleições em Rondônia
Não se podem especular mudanças quanto ao cenário regional com o último debate dos candidatos ao governo estadual. O peemedebista Confúcio Moura (PMDB) mantém larga vantagem sobre o oponente, o governador João Cahulla (PPS) e não serão baixarias neste último duelo entre os dois que poderá mudar alguma coisa, de última hora.
Apoios decisivos
Com apoios decisivos na capital – dos petistas liderados pelo prefeito Roberto Sobrinho – em Ji-Paraná, com o senador Acir Gurgacz e o prefeito José Bianco – na região do Café e Zona da Mata – casal Raupp e Expedito – e no Cone Sul com as alianças firmadas com demais partidos, o peemedebista Confúcio Moura pavimenta uma vitória consagradora neste domingo rumo ao Palácio Presidente Vargas.
Colégios eleitorais
Com pouco mais de um milhão de eleitores, Rondônia vai às urnas para eleger seu governador pelo voto direto pela sétima vez, sendo que numa delas apenas houve reeleição. Os principais colégios eleitorais do estado – Porto Velho, Ji-Paraná, Ariquemes Cacoal e Vilhena – representam mais da metade do eleitorado de Rondônia. E é nos pólos regionais que esta a maior força do candidato do PMDB.
Apelo rural
Já, pelo lado governista, o candidato chapa branca é impulsionado pela maquina estadual, pela liderança do senador eleito Ivo Cassol e, sobretudo pelo voto rural. Foi nos pequenos e médios municípios, onde Cahulla garantiu a presença do segundo turno, ganhando o embate com o rival Expedito Júnior, prejudicado pela candidatura indeferida.
Tabus regionais
Para derrotar a poderosa esquadra oposicionista no pleito deste domingo, João Cahulla vai precisar quebrar alguns tabus políticos regionais. O primeiro deles é que nenhum candidato que perdeu no primeiro turno, ganhou no segundo. Também em eleições anteriores, quando um candidato teve parada dura no seu quintal, d sua mesma cidade, mesmo ganhando, não levou consigo os votos do adversário no segundo turno.
A saga dos ex-prefeitos
Por último tem a saga dos ex-prefeitos, com grande aprovação nos seus municípios. Valdir Raupp (em 94), José Bianco (98) e Ivo Cassol (2002) ganharam porque foram prefeitos que tinham enorme prestígio como administradores, tocadores de obras etc. Confúcio Moura repete o mesmo perfil, enquanto seu oponente não teve bons resultados em disputas diretas nem a vereador.
Arredios a cobrança
Muitos candidatos que perderam as eleições em 3 de outubro já estão sendo catados a laço pelos donos de gráficas e demais fornecedores. Arredios a cobrança, a maioria esta mesmo caloteando, segundo queixas encaminhadas a esta coluna. Nada diferente de campanhas anteriores....
Do Cotidiano
Empurrados para a selva
Quando o escritor Euclides da Cunha esteve na Amazônia, em 1905, viu que o homem, “ali, ainda é um intruso impertinente. Chegou sem ser esperado nem querido – quando a natureza ainda estava arrumando o seu mais vasto e luxuoso salão”. Ele se referia à grande população de foragidos, criminosos, miseráveis e doentes empurrados para a selva sem apoio nem assistência, especialmente após as rebeliões contra o Império e a jovem República.
Mas antes desse homem intruso e incômodo, que iria dar origem a uma forte economia, havia o amazônida: o homem da floresta, o índio. Foi a exploração do índio, na condição de escravo, que gerou renda aos primeiros negociantes da Amazônia.
Já se considera, pela voz de vários novos autores, embora não seja essa a tradição da historiografia regional, que os índios foram o principal produto de “exportação” da Amazônia antes dos tempos modernos: eram capturados pelos espanhóis para trabalhar nos engenhos de açúcar das Antilhas e pelos portugueses para enriquecer os exploradores do Nordeste.
Em seu livro Feitoresdo Corpo, Missionários da Mente - Senhores, letrados e o controle dos escravos nas Américas, 1660-1860, Rafael de Bivar Marquese procura preencher um espaço ainda aberto na historiografia referente à escravidão. Há regiões escravistas não examinadas e as conclusões são esparsas e localizadas. O que já ficou bem claro é que os corações, mentes e principalmente braços dos nossos índios eram alvo da cobiça de colonos, missionários e militares.
Eles foram objeto de uma enorme disputa entre as diversas concepções em relação ao uso econômico descarado ou ao “aperfeiçoamento” religioso da humanidade dos índios. A Carta de Lei de 1611 espelha bem essa disputa, ao garantir que os índios eram livres desde que não fossem aprisionados ou cativos de outros índios. Uma liberdade que a natureza já garantia: bastava escapar da captura e o índio seria livre legalmente...
Essa lei permitia ao colonizador aprisionar, vender e escravizar os indígenas que atacassem os portugueses ou que impedissem a difusão do “Santo Evangelho”. Se um grupo de portugueses fosse atacado por um grupo indígena, ao penetrar na mata, tinha o direito de escravizar os “ofensores”. Da mesma forma, resistir ao assédio do “cristianismo” candidatava os índios que pretendessem preservar sua cultura a se submeter a uma condição elementar que autorizava a captura do “selvagem”.
Via Direta
*** Bem votado em Porto Velho e Guajará Mirim, o deputado Lebrão (PTN- São Francisco) esta de asas crescidas para as eleições de 2014 *** Derrotado no pleito á Câmara Federal, o ex-ministro Amir Lando mira um cargo federal. Deverá ter apoio da nova bancada rondoniense *** As chuvas apenas começaram e já tem estrada vicinal em pandarecos no estado.
Fonte: Carlos Sperança - csperanca@enter-net.com.br
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