Terça-feira, 28 de dezembro de 2010 - 05h08
Os demitidos
Calcula-se que sejam mais de 13 mil cargos de confiança no estado. Na virada do ano, o governador João Cahulla se obrigará a demitir (já tem feito isso há algumas semanas para economizar recursos que foram destinados ao pagamento dos servidores) milhares e milhares de comissionados. Vai ter uma baita diáspora para Rolim de Moura e demais municípios do interior já no início de 2011.
Salvar vidas
O governador eleito Confúcio Moura deixou bem claro para sua equipe de governo que assume com ele neste final de semana: se for necessário interromper alguma obra, seja ponte ou asfaltamento de rodovia, tudo será feito como opção para salvar vidas nos hospitais rondonienses, economizando recursos para combater o colapso na saúde nos próximos 90 a 120 dias no estado.
A voz rouca
O futuro governador explica que entendeu bem a voz rouca das ruas. Deve priorizar melhorias na saúde e na segurança pública, áreas que foram detectadas como mais sacrificadas, em pesquisas de campo durante sua campanha. “Estas reclamações não eram apenas da capital, mas também de todo interior do estado. Então, vamos seguir esta ordem”, assegura.
Datas definidas?
Em Rondônia, mesmo com recursos definidos no orçamento as obras de infra-estrutura não tem data para começar, tampouco datas para serem concluídas. Boa parte delas – água e esgoto, pontes, viadutos etc – acabam paralisadas por causa de projetos mal feitos, desvios de recursos, superfaturamento etc. Ultimamente também tem pesado a questão da mão-de-obra, uma das mais caras do país.
Base cassolista
A base cassolista já tem pelo menos dois pretendentes ao cargo do prefeito Roberto Sobrinho, nas eleições de 2012: nem o atual governador João Cahulla (PPS), tampouco o deputado estadual Valter Araújo (PTB) escondem as suas pretensões para 2012. Mas é possível que se unam num mesmo bloco para a peleja, da mesma forma em que o cassolismo esta se unificando para a disputa da nova mesa diretora da ALE-RO.
Aproximação
É tido como certa a virada de casaca do presidente regional do PPS e deputado federal Moreira Mendes (PPS-RO). O parlamentar deverá deixar o agrupamento cassolista para somar na futura base aliada do governador Confúcio Moura (PMDB), atraído pelo articulador da coalizão, o senador Valdir Raupp. Nem poderia ser diferente: Moreirão perdeu muito voto na sua base, o Vale do Jamari, por se aliar a João Cahulla.
Haja punhaladas
Na eleição da nova mesa diretora da Assembléia Legislativa a coisa esta assim: 1) – No dia da eleição do novo presidente, 1º de fevereiro, estima-se uma vitória dos cassolistas por 14 X 10, com quatro deputados “apunhalando” Confúcio. 2) – Passada eleição da nova mesa diretora, os dissidentes voltarão para a base aliada de Confúcio. Como se vê, teremos punhaladas para os dois lados porque os parlamentares, na verdade, só pensam no próprio umbigo...
Do Cotidiano
A contagem regressiva
O governador eleito Confúcio Moura assume a titularidade do Palácio Presidente Vargas, sede do governo estadual, neste 1º de janeiro, com seu corpo de secretários, e já no dia 4, vai presidir as solenidades alusivas aos 29 anos de emancipação política e administrativa de Rondônia.
Será uma nova era para um estado, que abre 2011 repleto de boas perspectivas e com obras gigantescas em andamento, seja da iniciativa privada, com a implantação de indústrias e de grandes lançamentos imobiliários, seja oriundas do PAC da presidente eleta Dilma Roussef, destacadamente as usinas hidrelétricas de Santo Antonio e Jirau, no Rio Madeira.
O Estado de Rondônia nasceu em 22 de dezembro de 1981, quando o presidente João Baptista Figueiredo sancionou a Lei Complementar nº 041 aprovada no Congresso Nacional tornando o antigo Território Federal de Rondônia em estado. Mas o estado somente seria instalado dia 4 de janeiro, e é nesta data em que os rondonienses comemoram o evento.
De Jorge Teixeira, o primeiro governador nomeado inda em 1981 ao atual governador Confúcio Moura se passaram quase três décadas. Neste intervalo, o estado saltou de 500 mil habitantes, para mais de 1.500.000, triplicando sua população, fruto de ciclos migratórios que tiveram seu auge na década de 80 e nos últimos três anos, provocados pela construção de duas gigantescas hidrelétricas pelo governo brasileiro.
Tendo como marca uma explosiva renovação de técnicos em seu sua futura gestão, o governador Confúcio Moura terá como maiores prioridades as esferas de saúde, segurança, educação e infra-estrutura. São desafios para serem superados nestes quatro anos, assim como grandes obras geradas da administração anterior como o novo Centro Político e Administrativo de Rondônia e o Teatro Estadual, com obras em fase de conclusão.
Ex-deputado federal, ex-secretário de estado da saúde, ex-prefeito de Ariquemes, o governador Confúcio Moura tem em sua trajetória mais de 30 anos de vida pública. Médico, chegou a Rondônia, como migrante ainda nos anos 70 e vai governar o estado com a maior coalizão suprapartidária já montada até hoje.
Via Direta
*** Os deputados estaduais eleitos viraram predadores nas eleições municipais de 2012 *** De Zequinha Araújo (PMDB) em Porto Velho, a Luizinho Goebel (PV) em Vilhena, todos estão de asas crescidas *** Nem assumiram as pastas ligadas ao setor produtivo – Agricultura, Emater e Idaron – e os petistas rondonienses já recebem carga dos adversários conservadores.
Fonte: Carlos Sperança - csperanca@enter-net.com.br
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