Terça-feira, 29 de março de 2011 - 06h26
Custo do badernaço
O presidente da empreiteira Camargo Corrêa, Antonio Miguel Marques, revelou no final de semana que só o custo da operação retirada dos trabalhadores da usina de Jirau, com 300 ônibus e oito aviões, podem atingir R$ 18 milhões. Foi numa entrevista exclusiva a prestigiada revista Istoé Dinheiro que já circula na aldeia.
Atos de vandalismo
Na medida em que as investigações avançam, vão saindo às conclusões sobre o badernaço que acabou em incêndios em 45 ônibus e nos acampamentos. A encrenca toda teria como origem rivalidades tribais do sindicalismo e na coleta de contribuição sindical E poderiam estar infiltrados na coisa desde foragidos de presídios até traficantes de drogas.
Muitas crateras
Quem se aventurou pela BR-364, no final de semana, pelo trecho Porto Velho - Cacoal constatou um considerável aumento de crateras na principal rodovia rondoniense. Uma tímida operação tapa-buracos tenta resolver os problemas mais emergenciais, no entanto existem vários trechos ainda necessitando de reparos.
Corredor perigoso
Transformada num perigoso corredor de ambulâncias há quase duas décadas, a rodovia já tem a garantia do Ministério dos Transportes de uma completa restauração ao longo de 2011. Isso se o contingenciamento de recursos da presidente Dilma Roussef não afetar as obras rondonienses. O risco de decepção existe.
Novas filiações
O PC do B aproveitou as festividades alusivas ao seus 89 anos de fundação para lançar uma campanha de filiações em Porto Velho, cidade onde os vermelhinhos acreditam que tem boas chances de conquistar a prefeitura no ano que vem com candidatura deputado estadual Davi Chiquilito Erse. A sigla tem crescido muito no estado nos últimos anos.
Mais “laranjas”
Matéria especial da Folha de São Paulo denuncia as mutretagens das licitações de emissoras de rádio e tv, que na verdade vem desde os idos do então presidente José Sarney. Com a gestão do PT cada vez mais “sarneyzada”, do MA a SP, se constata agora também a utilização de laranjas nas licitações, atendendo compadres etc.
Metas definidas
O governador Confúcio Moura completa neste final de semana seus primeiros 90 dias de governo. Neste período, a gestão “Nova Rondônia” ainda não conseguiu uma maioria confiável na Assembléia Legislativa – onde se articula muito mal, diga-se de passagem – e encontra dificuldades em cumprir metas como a de melhorar em 30 por cento as áreas de saúde e segurança pública.
O lado bom
No entanto, existem avaliações positivas em alguns setores. Mesmo com todas as dificuldades herdadas, Moura consegue manter o pagamento dos servidores no mesmo mês trabalhado, já anunciou o primeiro reajuste do funcionalismo, encaminhou soluções para resolver a grave crise econômica de Guajará-Mirim e toca obras importantes, como a conclusão do centro político e administrativo.
Do Cotidiano
Raposa no galinheiro?
Quando a ditadura caiu, por si mesma, sem um tiro, abaixo de uma dívida descomunal, esperava-se que o retorno das eleições diretas para a Presidência fosse à garantia automática da conquista da democracia. No entanto, quase um quarto de século depois de promulgada a atual Constituição, há um abismo entre seu texto progressista e a realidade, na qual as leis são dribladas e as instituições obrigatórias maquiadas para fingir que obedecem às normas.
“Participação popular” e “audiência pública” são expressões muito usadas nas campanhas eleitorais mas escassamente praticadas depois que os mandatos começam. Quando acontecem, como no debate com as comunidades em torno da recomposição dos planos diretores, é apenas para cumprir a lei. Conselhos comunitários ou são manipulados ou simplesmente nem se instalam. Audiências públicas ou têm script para chegar a determinado resultado sob encomenda ou se perdem nos debates sem consenso.
Nesse caso, a criação de ouvidorias em cada instituição para atender diretamente ao público-alvo de cada uma sem perder tempo com o antigo “departamento das desculpas esfarrapadas” seria um instrumento fantástico de afirmação das instituições a serviço dos cidadãos.
Um dos setores em que as ouvidorias mais se fazem necessárias – e justamente por isso há leis que as instituem –, é no setor da segurança pública. Um banditismo cada vez mais organizado, montado na bala da droga e se fortalecendo com a lavagem de dinheiro, irradia-se desde os presídios, onde deveria estar confinado, até as explosivas periferias das cidades, à base de muita corrupção e conivência.
No entanto, sem recursos, por vezes nada mais que um número de telefone para anotar recados, as ouvidorias de polícia estão ameaçadas de se tornar apenas vaquinhas de presépio, funcionando só para compor cenário e decoração.
Instituições que devem servir de controle externo para as atividades policiais, as ouvidorias foram instaladas em apenas 17 dos 27 estados brasileiros e dos 17 ouvidores, dez estão vinculados a instituições como as próprias secretarias de Segurança Pública. É como a raposa tomando conta do galinheiro ou o Juquinha que quebrou a vidraça julgando a própria estripulia.
Via Direta
*** Pacientes que dependem de TFD (Tratamento Fora de Domicílio) em Barretos (casos de câncer) se queixam que para receber o auxilio só entrando na justiça *** O PMDB se mobiliza para conquistar a prefeitura de Itapoã do Oeste em 2012 *** Lá já funciona até a Fundação Zequinha Araújo, que atua no assistencialismo social.