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Gente de Opinião

Carlos Sperança

Uma coluna sem papas na língua 30/04/10


 

 

Aliança frankstênica?

 Uma coluna sem papas na língua 30/04/10 - Gente de Opinião

Mas então é verdade? O PT de Roberto Sobrinho pode realmente se aliar ao PP de Ivo Cassol, também para as eleições em Rondônia? Já tinha estranhado eles pularem cirandinha juntos no mesmo palanque por Dilma. Agora, o dirigente Tácito Pereira já fala em alto e bom som que os petistas não descartam aliança com o PP. .

 

O campeão e fantasma

Gente de OpiniãoO grande campeão de votos das eleições municipais em Rondônia em 2008, o prefeito de Cerejeiras Kleber Calixto, foi condenado pelo Tribunal de Justiça de Rondônia por improbidade administrativa. Ele era professor e quando assumiu o cargo de prefeito continuou recebendo seus vencimentos sem trabalhar.

 

Coisa de louco!

Gente de OpiniãoComo um jovem político, tão promissor, como Kleber Calixto, que se elegeu beirando 80 por cento dos votos em seu município, acaba caindo do poleiro por ganância? Ocorre que por aqui, os maus exemplos, sempre acontecem com fartura: na Assembléia Legislativa, na gestão passada até consultas sentimentais a videntes eram pagas com dinheiro público.

 

Acordo na marra

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Enganam-se aqueles que acreditavam que o governador de Rondônia João Cahulla e o prefeito de Porto Velho Roberto Sobrinho se entenderam – falo no caso do campo da saúde - por amadurecimento político, pelo diálogo, pelo entendimento. A coisa foi na marra. No melhor estilo goela abaixo, por ação do Ministério Público, que merece uma moção de aplausos por mais uma intervenção.

 

Bom desempenho

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Mas inegavelmente, Cahulla e Sobrinho se entendem melhor que tantos ex-governadores e ex-prefeitos da capital e isso é bom para Porto Velho. Além disto, o atual governador segue mantendo o pagamento em dia dos servidores e dos fornecedores, toca bem no quesito estradas e obras. Já, Sobrinho, sem dúvida, se destaca pela regularização fundiária e na área de moradia.

 

Tem dificuldades

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O PMDB encontra dificuldades para celebrar alianças e encontrar um bom vice pra o prefeito de Ariquemes Confúcio Moura, a grande zebra da temporada até agora. Ocorre que o governador Ivo Cassol e o senador cassado Expedito Júnior já tomaram conta das pequenas e medias siglas para suas coligações e quase não sobrou nada para se alinhar com os peemedebistas.

 

Valorização parlamentar

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Sem problemas com fogueiras de vaidades, o prefeito de Ji-Paraná José de Abreu Bianco (DEM) soube valorizar a ajuda dos deputados estaduais, federais e senadores, através de emendas parlamentares no lançamento do seu pacote de obras. O senador Acir Gurgacz (PDT), que assumiu o cargo em 2009 também já destinou emendas importantes para a capital da BR.

 

Machos alfas

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É previsível uma briga de machos alfas na base aliada do governo estadual. O deputado Moreirão Mendes (PPS) vai ter que prestar contas para Cassol por ter se adonado do governo estadual durante sua viagem e ter rachado de vez a Frente Progressista com suas atitudes desagregadoras, causando prejuízos a campanha de Cahulla a reeleição e dele (Ivo) ao Senado.

 

Pau no Cassol

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De asas crescidas, Moreirão Mendes já andou até criticando o ex-governador pela imprensa. Vamos combinar: merece reconhecimento público pela coragem, porque até agora ninguém teve a audácia de se rivalizar (afora Roberto Sobrinho...) com Ivo dentro e fora da base aliada. Com certeza Moreirão deve ter boas cartas na manga para enfrentar um desafio indigesto destes...

 

 

Do Cotidiano

Um perfil conciliador

Com os olhos voltados ao seu projeto de reeleição, o vice-governador João Cahulla assumiu o Palácio Presidente Vargas, em substituição a Ivo Cassol, que deixou o cargo para cumprir desincompatibilização e disputar uma vaga ao Senado nas eleições de outubro.

Completando apenas os primeiros trinta dias de governo, o atual inquilino do Palácio Presidente Vargas terá muitos desafios pela frente. A coisa já começou pelos grevistas da Educação e de saúde, testando seu pulso. E neste quesito, o novo governador se portou bem, conseguindo encaminhar o entendimento.

Cahulla tem um perfil mais conciliador que Ivo, mas deve seguir a risca o modelo deixado pelo seu antecessor, já que deu certo e foi uma administração bem sucedida tanto no campo político  quanto no administrativo.

O novo governador não tem dificuldades na Assembléia Legislativa, onde a base de apoio do Palácio Presidente Vargas possui ampla maioria e segue a cartilha do expoente Cassol, mas terá desafios importantes a serem superados. O estado tem recebido menos recursos da esfera federal, por conta de cortes já anunciados, e todo inicio do ano existe uma queda na arrecadação, durante o inverno amazônico.

Setores com os de saúde, moradia e segurança pública tem sido os mais penalizados em vista do crescimento populacional nos últimos anos. A questão da saúde, no plano estadual, deve se firmar com o funcionamento do hospital regional de Cacoal, o que vai refletir numa queda substancial de pacientes a serem despachados para Porto Velho. Se o mesmo ocorrer em Vilhena – mais um hospital de base em pólo regional -, o projeto de regionalizar a saúde, estará concluído, e em bom termo.

Na esfera de segurança pública existem problemas sérios. A coisa vai desde a explosão do consumo de crak e tráfico de cocaína, refletindo nos elevados índices de criminalidade dos pólos regionais rondonienses, até invasões de terra e jaguncismo em outras regiões pioneiras do estado além do gargalo da falta de vagas nos presídios rondonienses.

Com uma carrada de obras para serem inauguradas nos próximos meses – desde as áreas de saúde e educação até estradas – o futuro governador tentará encaminhar seu projeto de reeleição em dobradinha com o ex- governador Cassol já de volta do seu périplo pela China e com a difícil missão de desatar os nós criados por rivalidades tribais na base aliada do governo estadual.

 

Via Direta

*** E a quadrilha da ALE-RO foi condenada mais uma vez *** Tanto deputados e funcionários envolvidos nos desvios de recursos na gestão passada recorreram das sentenças em liberdade *** Mais uma vez o Congresso Nacional adiou o Projeto Ficha Limpa que visa coibir os políticos com folha corrida criminal disputar as eleições de outubro *** Assim, demora para moralizar, né?

Fonte: Carlos Sperança 
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