Uma coluna sem papas na língua 30/11/10

Quinhão petista

O Diretório Regional do PT começa a discutir hoje sua participação no futuro governo de Confúcio Moura (PT). Na verdade o presidente regional deputado federal Eduardo Valverde juntamente com a senadora Fátima Cleide tem ampla maioria no comando estadual e podem indicar quem quiser. Mesmo assim vão ouvir prefeitos, vereadores etc.

Bacia das almas

Tudo sinaliza para um fim de governo problemático em Rondônia. A saúde degringolou de vez, o Sintero, a poderosa entidade dos professores ameaça um bloqueio das contas da atual administração, os policiais estão em pé-de-guerra, enquanto que a segurança pública entra em colapso, com tanta violência, assaltos, arrombamentos e homicídios. Na bacia das almas, o bicho pega de vez...

Avanços e recuos

A disputa pela presidência da Assembléia Legislativa voltou à estaca zero, depois que o governador eleito Confúcio Moura (PMDB) visitou os deputados estaduais no parlamento estadual na semana passada. Ficou claro que a costura da nova mesa diretora passa pelo novo governador. Confúcio fez bem em demarcar território na Casa de Leis. É assim que a banda toca lá no Legislativo.

Repercussão negativa

Repercute negativamente perante a opinião publica o fato das autoridades locais e a própria classe política não se pronunciar a respeito do envio maciço de celebridades criminais para Rondônia. A coisa virou abuso e ninguém diz nada. É preciso que nossas lideranças tomem uma atitude, já que Porto Velho se transformou num verdadeiro penico da violência do Rio de Janeiro.

Pobre consumidor

O ano nem terminou, caro cara-pálida leitor desta coluna, e já estão falando nos reajustes das mensalidades escolares - o que deve ficar em 7 por cento – e no aumento dos alugueis que podem atingir 11,77 por cento. Aliás, em Porto Velho neste quesito, o reajuste sempre é mais violento. Sem falar que no inicio do ano vem o IPTU, IPVA, etecetera e tal. Pobre consumidor...

Aposta no racha

Derrotados nas eleições de outubro – mas com Ivo Cassol, mais vivo do que nunca com a eleição ao Senado – os governistas apostam num racha da nova base aliada para ganhar as eleições municipais em colégios eleitorais importantes no pleito de 2012. Consideram de vital importância à conquista de Porto Velho, Ariquemes, Ji-Paraná, Cacoal e Vilhena, os principais pólos regionais do estado.

Opções cassolistas

As opções cassolistas para a próxima refrega com a nova base aliada de Confucio Moura nas eleições municipais seriam os nomes do prefeito Zé Rover e do deputado Luizinho Goebel (Vilhena), Brito do Incra (Pimenta Bueno), deputada estadual eleita Glaucioni Nery (Cacoal), os deputados estaduais eleitos Marcelino Tenório (Ouro Preto), Lorival Amorim (Ariquemes), o suplente Ari Saraiva (Ji-Paraná) e deputado estadual Valter Araújo (Porto Velho),

Do Cotidiano

A crise instalada
 

O Censo do IBGE, que influencia diretamente o rateio do Fundo de Participação dos Municípios-FPM deixou centenas de prefeitos em dificuldades. Cerca de 4.300 municípios dependem destes recursos para sua sobrevivência e 329 deles tiveram suas populações encolhidas no levantamento demográfico encerrado na semana passada. Isso vai significar menos dinheiro em caixa no exercício de 2011 das municipalidades atingidas.

Em 2010 o fundo teve R$ 52 bilhões repartidos entre as capitais e demais municípios. A redução destes recursos deve causar prejuízos nas gestões municipais, já que a grande maioria não arrecada o suficiente para se manter. Nos municípios onde foram identificados menos habitantes haverá redução no quinhão do bolo do FPM

Conforme levantamento da Confederação Nacional de Municípios -CNM os recursos do FPM representam entre 35 a 90 por cento de orçamento de 4.300 municípios brasileiros. Em muitos casos, esta situação de mendicância oficial foi o resultado de um casuísmo: até a constituição de 1988, políticos locais passaram a criar (deputados estaduais) municípios a esmo com o objetivo de conseguir empregos e verbas em seus currais eleitorais.

O resultado do censo 2010 se tornou mais dramático este ano devido a um erro de cálculo do FPM. A previsão inicial do governo federal era que o fundo atingiria R$ 56 bilhões. Mas a arrecadação do governo federal dos impostos que forma o tributo, que são o Imposto de Renda e o Imposto Sobre os Produtos Industrializados (IPI) não cresceu como o esperado. O FPM só devera chegar a R$ 52 bilhões neste ano. Com isso os prefeitos de todo pais estarão recebendo menos dinheiro do que o esperado.

Os alcaides, inconformados com a contagem preliminar do censo apresentaram recursos ao IBGE até a semana passada. Mas poucos têm esperanças de reverter à situação. Em Rondônia, sabe-se que vários municípios do Cone Sul do estado tiveram suas populações reduzidas. O mesmo aconteceu em algumas cidades da região central e da Bacia Leiteira e as municipalidades já estão chorando as pitangas, pois tem consciência das perdas que vão ocorrer para o próximo exercício.

Sobrou até para algumas capitais, São Luis, no Maranhão, por exemplo, esperava habitantes a mais, mas foram contadas almas a menos A projeção era que a cidade atingiria mais de 1 milhão de habitantes, mas estacionou em 966.900 habitantes.
 

Via Direta

***Em tempos bicudos, o final de gestão do governador João Cahulla (PPS) abre economia de guerra para pagar a folha de dezembro e décimo – terceiro *** Parlamentares cassolistas as pencas estão aderindo a base aliada do novo governo. A necessidade faz o sapo pular *** Enquanto a vizinha Rio Branco acaba de inaugurar sua quarta ponte, Porto Velho nem começou a primeira...

 

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Fonte: Carlos Sperança - csperanca@enter-net.com.br
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