Terça-feira, 31 de agosto de 2010 - 05h10
Jogo de estratégia
Os adversários têm estratégia definida para aparar as asas e o crescimento do ex-prefeito de Ariquemes, candidato da aliança, Confúcio Moura. Na capital, por exemplo, os inimigos batem com artilharia pesada, enfatizando que foi o PMDB que jogou Rondônia no buraco nos anos 90, com salários atrasados, falências de estatais, visando aterrorizar o funcionalismo público.
Tem antídoto
As acusações contra o peemedebista têm como antídoto a própria trajetória de Confúcio que é um dos raros fichas limpas da política rondoniense. Foi considerado o melhor prefeito de Rondônia – portanto com boa visão administrativa – nos últimos anos e por último, tem ao seu lado lideranças sérias e comprometidas com o desenvolvimento do estado.
Consulta popular
Nos próximos dias será realizado um plebiscito que pretende indagar aos brasileiros se eles querem uma lei que limite o tamanho máximo das propriedades rurais no país. Por contar com apoio de setores da igreja católica, a consulta chegou a ser chamada de “plebiscito da CNBB”, no entanto a entidade desmentiu seu envolvimento.
As motivações
A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil explicou porque não apóia esse plebiscito. “Isso nem é uma votação oficial promovida pelo governo e ainda por cima o organizador (o Fórum Nacional pela Reforma Agrária) toma partido, influenciando a campanha. Veja que ninguém defende os argumentos contrários” explica o bispo Jacob Krapf, de Uberaba. Ele quer a igreja fora da consulta.
Apostando na estabilidade
Como o ex-governador Aécio Neves, em Minas Gerais, liderando a corrida ao Senado e apoiando um aliado naquele estado, o ex-governador Ivo Cassol, também candidato ao Senado por aqui, quer levar seu ungido João Cahulla a vitória. Para tanto, Ivo aposta na estabilidade da economia do estado nos últimos anos. O indeferimento de Expedito, o adversário direto, também colabora.
Pesquisa Ibope
Com a falta de credibilidade da maioria dos institutos de pesquisas regionais – que abusam de tanta incoerência – a população se socorre com o Ibope pra ver em quantos anda a corrida sucessória estadual. O instituto anuncia nova pesquisa estadual em Rondônia na próxima quarta-feira pela TV Rondônia.
Debate em Rolim
Está programado para hoje, em Rolim de Moura, no Teatro Municipal, o debate mais esperado do interior do estado. A cidade esta dividida, pois abriga dois candidatos ao governo do estado. Todos os candidatos confirmaram a presença por escrito, mas a expectativa esta em torno do confronto entre o governador João Cahulla e Expedito Júnior, que disputam à mesma base e a mesma faixa de votos.
Cadê as obras?
Os políticos rondonienses envolvidos na corrida eleitoral gostam de falar com a boca cheia das dezenas de obras em curso no estado, que vão de pontes, aos viadutos, a infra-estrutura, pavimentação e redes de água e esgoto. Ocorre que quase todas foram interrompidas por irregularidades e sobrepreço e, o que ainda esta sendo tocado é com meia dúzia de operários apenas para dar satisfação à opinião pública.
Do Cotidiano
O fogaréu na Amazônia
As chuvas de ontem apenas atenuaram a longa estiagem e nem a fumaça sumiu. E a tendência é o cenário continuar o mesmo nos estados de Rondônia, Acre, Pará, Mato Grosso e Amazonas. A Amazônia esta ardendo em chamas desde julho. A longa estiagem fomentou as queimadas e grossas camadas de fumaça tomaram conta de cidades como Porto Velho, Rio Branco, Cuiabá, além de Manaus que credita a fumaça recebida os vizinhos, Rondônia e Acre, embora seu entorno também estivesse envolto pelo fogaréu.
Durante todo mês de agosto a situação se agravou. A fumaça prejudicava a visibilidade nas estradas, nas hidrovias e nos aeroportos. A cidade de Porto Velho, com seus 450.000 habitantes era uma das mais atingidas e a qualidade do ar foi considerada pior que a de São Paulo, o nucleio urbano mais poluído pelo monóxido de carbono, expelido pela sua gigantesca frota de carros, a maior do país.
Um cenário dantesco, pois com a estiagem também foram reduzidos os mananciais de água, secando os poços caseiros na capital de Rondônia. Milhares de pessoas se socorreram, buscando água, com latas na cabeça, onde fosse possível, como se faz no agreste nordestino. Tudo isso, ao lado do Rio Madeira, um dos maiores do Brasil.
Com o clima seco a fumaça se propagou. Algumas regiões do estado, como o Cone Sul, onde esta localizada Vilhena, a 700 quilômetros da captial, ainda surgiu mais um agravante: a população de quase 100 mil habitantes recebia a fumaça da Bolívia, cujas queimadas ardem à porção amazônica do vizinho país. O vento soprava a fumaça em direção ao cone sul rondoniense, tornando uma situação insustentável.
E não bastasse a fumaça boliviana, ao sul do estado, o norte rondoniense recebeu neste verão, a fumaça gerada pelo do sul do Amazonas, sendo Porto Velho a cidade mais atingida. O Rio Madeira, com quase dois quilômetros de largura, teve sua navegação prejudicada pela falta de visibilidade. Balsas e embarcações encalharam também face à drástica queda no nível de suas águas. ´
Como conseqüências das grossas camadas de fumaça, explodiram as doenças respiratórias em toda região amazônica. A concentração de monóxico de carbono foi medida e considerada acima do normal pelo menos 10 vezes do que é fixado pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
A fauna Amazônica e a biodiversidade pagam um alto preço. Há registros de mortandade de pássaros: os animais sofrem com a falta de oxigênio no ar e com os gases tóxicos liberados pelo fogo. Um cenário que se repete em todos os lugares atingidos por uma seca rigorosa que a crendice popular atribuiu a castigos divinos e os cientistas tendem a atribuir ao descuido humano com o meio ambiente.
Via Direta
*** Pipocam ligações denunciando que o governador João Cahulla e o presidente da ALE Neodi Carlos pressionam servidores comissionados para trabalhar na campanha *** Tudo tão recorrente: Os antecessores de ambos também não fizeram diferente ***
Fonte: Carlos Sperança - csperanca@enter-net.com.br
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