Quarta-feira, 4 de janeiro de 2017 - 06h01
O papel da escola é transformar, de indivíduos inconscientes a conscientes de si e de seu entorno; não, o papel da escola é parecer (ela parece ter essa capacidade), enquanto na verdade se propõe a outras funções.
As instituições brasileiras vêm de uma vertente europeia e eclesiástica e, para tanto, o Brasil que já “nascera” para o homem, rico, branco e cristão, refletia-se e era reflexo dessas escolas que também representavam o status quo – do ensino realmente básico para o clero menos abastado ao ensino formador de fato para a burguesia local, não universitário no Brasil a princípio – antes da chegada da família real.
Ainda explorando esse contexto, é preciso fundamentar o seguinte argumento mais precisamente: o ensino é uma ferramenta de controle estatal que serve ainda hoje para manter a sociedade estratificada que sustenta o sistema econômico capitalista. Dito isto mais claramente, é necessário explorar o perfil das escolas brasileiras.
A escola particular, já economicamente ligada à camada privilegiada da sociedade, é a mais perfeita ordem, maleável aos interesses e às mudanças do mundo exterior.
A escola privada se move e se constrói numa metamorfose bizarra, isto se dá ao fato de não possuir as mesmas ligações estatais que prendem a escola pública numa teia, uma grade curricular obrigatória e mais centralizada.
Por isso, atende as necessidades curriculares do aluno que “compra a educação como um produto qualquer”. O objetivo é que esse se sobreponha aos demais, no reino da competição capitalista pela sobrevivência.
Em suma, as instituições particulares formam uma consciência bastante interessante e um tanto curiosa: seus filhos são ensinados sobre a humanidade, mas é apenas uma pequena minoria que realmente se forma humana, pois dentre as doutrinas destas instituições está o individualismo contra o pluralismo.
A escola militar, comumente ligada a outro grupo também bastante forte, possuía uma formação rígida e, embora apregoada também ao Estado, possui vantagens contra a escola pública periférica, possui professores mais bem pagos, “motivados ao bom serviço” e, novamente, uma grade curricular que melhor abrange os interesses do aluno.
Tem, porém, um problema: seus jovens podem não ser tão individualistas, mas possuem uma carga de preconceitos incomum à idade. Trata-se de uma escola de estereótipos contra o externo a ela, e hipócrita ao lado interno.
A escola pública piloto se manifesta nos grandes centros e em raras ocasiões em pequenas cidades. Todavia, todas têm com um alto investimento em relação a sua população, com condições de prover um melhor acompanhamento e, além da grade curricular comum, costumam tomar por íntegra os conhecimentos aplicados.
Sua raridade se manifesta em seus alunos: diferenciados, preconceituosos e individualistas como qualquer ser humano, mas que aprendem a lidar com todas essas barreiras e transcendem a pessoas melhores, discutindo e debatendo tais questões. (Observando-se que seus professores também são um tanto mais bem pagos). No entanto, peca, e não por si mesma, mas por não poder atender a uma maior demanda. Uma pena, pois abrange apenas uma camada, a nova classe c.
A escola pública periférica, que já se espera que se encontre às margens da sociedade, desprovida de tudo, parece aprisionada em um modelo europeu decadente até mesmo no século passado.
Hoje, é sobretudo a instituição dos maus hábitos, dos alunos incapazes aos olhos até mesmo de seus docentes. Sua única capacidade é formar a massa para as funções restritas ao trabalho, não leva à universidade, mas sim ao ensino técnico e necessário para mover a indústria rica. Esse é o processo sofrido pelo povo, pobre de alma e de espírito.
Se Maquiavel – o príncipe da Ciência Política – tivesse visto o futuro, talvez, diria que a escola é o ópio do povo, pois até mesmo a religião atende melhor às classes como estão dispostas. Pobres são fervorosos pela sobrevivência, ricos são fervorosos pela sua boa vivência. A educação é de fato o que determina o tipo de fervor e o status quo, sem contar é claro o estrato escravo e o extrato europeu vivo no comando das massas e da burguesia. Em todo caso, mas só por enquanto, paramos por aqui e deixemos esse assunto para um próximo momento.
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