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Gente de Opinião

Jéssica Frocel

Conflitos Armados


        

            A sociedade, pautada na comunicação, não é (nem foi) capaz de impedir conflitos armados; estes, por sua vez, desenrolam-se tomando proporções alarmantes, desencadeando-se diversos problemas no âmbito global.

            As disputas se dão por diversos motivos, físico-espaciais, geopolíticos, sociais ou econômicos.

            Das disposições das causas físico-espaciais, é possível citar facilmente a necessidade de expansão territorial de determinada Nação. Por sua vez, as “motivações” variam entre precisar realmente de certo espaço geográfico e a simples demonstração de poder: obviamente para o seu aumento.

            Quanto aos aspectos sociais, vê-se facilmente a divergência de princípios, crenças ou etnias de quem tem de habitar a mesma região. No nosso caso, o racismo. Para o Oriente Médio, mesmo que esteja ligado ao terrorismo, permanece a ideia de desacordo.

            Economicamente, o conflito surge, geralmente, da luta por mercado e influência – a 1º Guerra Mundial, por exemplo, ou mesmo a 2º e a Guerra Fria –; tornando possível inferir seu lado político, sobretudo, mas nem sempre adequado e muito menos benéfico. Além de já evidenciado pelas manifestações artísticas:

“[...]

Politicians hide themselves away

They only started the war

Why should they go out to fight?

They leave that role to the poor

             [...]” (Black Sabbath, 1970, fx. 1)[1]

             Tratadas superficialmente algumas das causas das desavenças, é importante perceber a forma como afetam as populações, (marcando-as) mesmo as não envolvidas diretamente: um aspecto relevante do mundo a partir do período mercantil, e que se refere aos “tratados” entre Estados.

            Atualmente, os principais efeitos colaterais de disputas encontram-se na figura dos imigrantes sírios, verificados em constante aparecimento na mídia, mas não se limitam a estes.

            É comum que países que sofrem o saldo de antigos conflitos sejam “postos de fora do índice”: é o esquecimento. A pobreza de uma nação reflete sua história, de vitórias e também de derrotas (vide aí o Paraguai).

            Resta então saber quão longe vai a humanidade, em quanto tempo a realidade de uma guerra se torna história depois de acabada. A quem serve tanta morte, ao interesse do povo ou à vontade do Estado? E mais, quanto tempo dura a ajuda humanitária dos grandes países desenvolvidos para matar a fome de gente que sempre foi faminta de tudo?

Black Sabbath, “Paranoid”, 1970



[1]
“Políticos se escondem / Eles apenas começam a guerra / Porque eles deveriam sair para lutar? / Eles deixam esse papel para os pobres...”.

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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