Segunda-feira, 26 de setembro de 2016 - 16h48
Jéssica Frocel
Estudante secundarista em Porto Velho/RO
O hedonismo retrata um conceito bastante amplo e uno ao mesmo tempo; ao passo em que alcança os mais diversos campos, é em si a cultura do prazer. Tem suas origens primas no Iluminismo, este por sua vez surgido de um processo histórico conturbado.
Abandonando a Idade Média e os preceitos da Igreja Católica, os pensadores deste período buscavam a razão. Mas, como é inerente à natureza humana, “esbarraram” no conceito de hedonismo visto anteriormente, e que ecoa até o presente.
É possível ver seus vestígios no capitalismo, ou mesmo o incentivo da síndrome produtiva, a síndrome consumista (o incentivo ao consumo como forma de satisfação pessoal):
“[…] A síndrome cultural consumista consiste acima de tudo, na negação enfática da virtude da procastinação e da possível vantagem de se retardar a satisfação – esses dois pilares axiológicos da sociedade de produtos governada pela síndrome produtivista” (Bauman, 2008, pg. 111)
Ou mesmo ocorreria nas relações interpessoais da modernidade, dando-se pela quebra de tabus sociais (a progressão: namoro, noivado, casamento) e, agora, em nome do bem estar individual. O todo não está mais acima do indivíduo.
Outro aspecto deste preceito iluminista se manifesta nas mídias, no que alguns preferem chamar de voyeurismo, e que é bastante visível nas programações das mais diversas emissoras. Localiza-se em telenovelas, reality shows, em suma, em programas sensacionalistas que alcançam, geralmente, grande público.
Portanto, é natural que haja discursos contrários a tais tendências. De um lado, operam aqueles que veem o prazer maior na vida em si e, de outro, aqueles que não veem vida sem consumo; ou, ainda mais individualmente, debate cada pessoa consigo mesma.
No entanto, é necessário um pequeno “abre aspas” nestas propostas de análise do campo psicológico do estudo. Pois, elas se mostram tão conflitantes quanto, por vezes, maquiavélicas (dando o sentido de poder para possuir).
“[...] É coisa muito natural e comum o desejo de conquistar e, sempre, quando os homens podem fazê-lo, serão louvados ou, pelo menos, não serão censurados; mas quando não têm possibilidade e querem fazê-lo de qualquer maneira, aqui está o erro e, consequentemente, a censura” (Maquiavel, 2005, pg. 23).
Por vezes, nas vezes mais difíceis, podem ser platônicas (criando-se a ideia de uma felicidade baseada no não tangível), afinal, “tudo que é sólido desmancha no ar”.
BIBLIOGRAFIA
Bauman Zygmunt, Vida Para Consumo - A Transformação das Pessoas em Mercadoria, 2008.
Maquiavel, Nicolau. O Príncipe. Versão digital de 2005.
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