Relações Interpessoais: Conhecimento

            O namoro, bem como qualquer outra relação interpessoal, é propulsor de conhecimento, seja no âmbito cultural ou intelectual de fato. Por si só constitui uma quebra de barreiras emocionais, da língua própria de cada indivíduo. É o entender do Outro.

            “Conhece-te a ti mesmo e conhecerá o mundo e os homens”; esta célebre frase disposta na entrada do Oráculo de Delfos, Grécia, expressa apenas uma face dos ensinamentos adquiridos no decorrer de relacionamentos, sendo claramente o conhecimento de si e do Outro.

            Concordando ainda com Storke e Echevarría:

A pessoa, ao longo de todas as etapas de sua vida, necessita de outras para aprender a reconhecer-se a sí mesma, desenvolver sua vida com a normalidade e alcançar sua plenitude. A solidão no homem significa sua frustação radical. Não há eu sem o tu. E o tu é um rosto (Storke e Schevarría, 1998, pg. 138)

            Além disso, em muitas relações é possível encontrar diversos aspectos plurais, a exemplo da cor, etnia ou mesmo país de origem, levando à quebra de diversos tabus sociais e enfraquecimento de antigos valores, para que sejam criados novos: um aspecto positivo da evolução humana.

            Desta forma é possível inferir como as (boas) relações interpessoais fornecem maior consciência social e individual, permitem uma forma de progresso inerente à tolerância e, para tanto, os relacionamentos não apenas promovem conhecimento e aceitação, mas submetem os indivíduos a ele, vide aí o fato de a família ser a instituição sociológica primordial.

Bibliografia

STORE, Ricardo e ECHEVARRÍA, Javier, Fundamentos de Antropologia. Um Ideal de la Excelencia Humana, Ediciones, Universidad de Navarra. S. A., Pamplona, 1998 – Versão digitalizada para PDF.