Sábado, 3 de março de 2012 - 22h08
Frase do Dia:
"De pessoas que só querem ganhar salário, não querem produzir, nós já estamos com o saco cheio. Então, por isso nós precisamos que vocês atuem, como atuavam na época da ditadura, e dê-lhe tiro e dê-lhe grito, mas com solução." – Cassol. Lamentável!
01-Comprovação de um fato
Acabava de postar a coluna anterior quando um tiro na rua me trouxe de volta à realidade dos assaltos e da insegurança em Porto Velho. Num instante os carros da polícia militar estavam na rua. Um oficial da PM, morador da nossa rua percebeu algo estranho e ao sair para verificar o que ocorria viu os assaltantes que saiam da casa do outro vizinho. Foi dele o tiro que ouvi e que atingiu o veículo, também fruto do assalto, usado na fuga. Dentro da casa a cena comum: família amarrada, tudo revirado, dignidade roubada e felizmente, todos vivos. A luta é desigual e as pessoas estão comprando armas de fogo para defesa de suas casas. Um problema a mais.
02-Balaio de gatos I
Chega a ser cansativo quando o assunto passa ou ainda que só resvale no PMDB. Por aqui, um dia após o anúncio de alguém que falou pelo partido ou de algum membro, dizendo que não haverá candidato à prefeitura de Porto Velho o colunista Sérgio Pires fala de uma pesquisa que estaria sendo feita na capital para revelar quem teria condições de entrar na briga. Os detalhes citados por Serjão não deixam dúvidas: A pesquisa existe sim, mas já foi bombardeada pela “tchurma de sempre”. Numa anterior David Chiquilito era o nome viável e como a opinião vai contra os desejos indicatórios da “tchurma dos cargos”, pau no David Chiquilito. Aí é dureza...
03-Balaio de gatos II
Essa é nacional e de novo eis o PMDB velho de guerra. Um grupo relevante de deputados pôs a boca no trombone contra um tal “monopólio do PT”. Dos 77 peemedebistas com assento na Câmara 45 assinaram o manifesto que farão chegar às mãos da “chefa”, através do vice Temer. Para resolver a encrenca dois caminhos: jantar com a presidente com troca de juras de amor e, na sobremesa ministério, diretoria de estatal e carguinhos ou, a forma infalível que é o PMDB votar em peso no Funsprep para amaciar o coração da “mãezona”. Rende cargos para saciar o apetite dos guris e ciúmes no PT. No PMDB o “é dando que se recebe” continua em alta.
04-Política pública de segurança I
Não sou dado a repisar fatos policiais até por não ser familiarizado com a área, mas explosões de caixas eletrônicos na velocidade e quantidade que estão ocorrendo aqui me fazem quebrar a regra. Ontem mais um caixa foi pelos ares e desta feita na cidade de Rolim de Moura. Claro que a Sesdec não tem bola de cristal nem a Mãe de Diná tem CDS, o que ajudaria na prevenção dos crimes. A polícia inteligente testada e aprovada no mundo precisa de terreno fértil para se desenvolver. Se a “tchurma do xácumigo qu’eu sei” admitir que por saber tudo, sabe também ouvir e der chance à voz da experiência vai descobrir que política pública é trabalho de equipe.
05-Política pública de segurança II
Assim como desço a lenha, bato palmas e no caso, ao Grupo de Combate ao Crime Organizado – parte da política pública de segurança – que resolveu passar o rodo com a Operação Limpeza e descobriu que além de rodo e vassouras, uma empresa usava o “pé de cabra” para fraudar licitações de limpeza hospitalar. Quem esteve na linha de frente da operação foi o delegado Ricardo Rodrigues, ex-secretário de saúde, que havia prometido moralizar a área. “Se não vai por amor, vai pela dor”, diz a máxima espírita. Ironia: quem perdeu a “boca” – R$1 milhão – foi a Araúna Construções que mantém na sua logomarca outra mensagem cristã: “Nós confiamos em Deus”. Erro grosseiro. Deus não se mete em falcatruas, mas a polícia inteligente sim.
06-Chupando manga azeda
Bati com a roda num desses “milisseiscentos” buracos. Hora de juntar telefone, óculos, tampa do rádio e o que caiu. A culpa foi minha. O buraco – coisa cultural em Porto Velho – estava lá sem poder se desviar e cumpriu seu papel com maestria e a direção do carro ficou “puxando”. Com meu curso de Mecânica - Instituto Universal Brasileiro, matei: “a repimboca da parafuseta escapou e a rosca da grampôla aluiu”. O mecânico disse era outra coisa, que nem entendi mas a conta eu entendi e bem: Milão em 5 vezes ou à vista com desconto. A prefeitura faz isso com o IPTU. Pensei em ir à justiça buscar o ressarcimento, mas depois do susto e da raiva resolvi chupar aquela manga. É que pensando melhor, o buraco deve ser uma cortesia do prefeito.
07-Mulheres no poder
A doutora Berenice Tourinho venceu a primeira fase da disputa pela reitoria da UNIR de forma inequívoca. A sua votação traduz o sentimento de que mudanças estruturais na Universidade há muito reclamadas, precisam ser postas em debate. A UNIR que acaba de sair de grave crise não pode perder a oportunidade de promover a reengenharia para sua reinvenção, sob o risco de continuar existindo burocraticamente e sobrevivendo a crises. À professora Berenece e aos candidatos que participaram do pleito, meu desejo de que encerrada a etapa de escolha pelo voto, cerrem fileiras dando o apoio ao nome revelado na urna para, sem trocadilho, unir.
08-Atiradora de elite
A precisão é de raio laser e o potencial explosivo, de granada. Junte isso e sai de baixo: Eliana Calmon do CNJ em carne, osso mandando bala. "A grande maioria da magistratura é séria, correta, trabalhadora. Podíamos fazer um exército com esses magistrados. Muitas vezes, meia dúzia de vagabundos terminam por nos intimidar. Ficamos pensando o seguinte, eu vou me expor, vou botar minha carreira em risco para dar em nada." Sua fala agora é ampla. Seu fuzil saiu de cena a metralhadora faz o leque: "Não é só dinheiro que importa, não é só salário, não é o penduricalho que importa. O que importa são as condições de trabalho. Minha fala é muito mais política do que minúcias de ordem processual". Acarajé como eu gosto. Só com pimenta.
09-Tudo tem limites senador Cassol!
Tinha eu 17 anos quando vi de perto e pela primeira vez a cara da ditadura militar. Fazendo as contas o senador Ivo Cassol estaria com 7 a 8 anos de idade e possivelmente vivendo na roça. O fato de não ter visto ou sentido o peso do arbítrio, porém não lhe dá o direito de pedir a sua volta ou sugerir suas práticas, mormente por ser um senador da república e, portanto com responsabilidades maiores que as minhas e as de qualquer cidadão, por fazer parte de um poder da República. Entendo e aceito que qualquer um – até ele – tenha direito de expressar-se como quiser. Nós que convivemos com a ditadura e a derrotamos lhe demos essa garantia constitucional em 1988, mas até bobagens têm limites. Rechaço suas idéias e o seu palavrório.
10-Três perguntas cretinas
As máquinas da Prefeitura começaram a operação tapa buracos na cidade. Será que o Sipam liberou o mapa da chuva ou a prefeitura acertou contas com São Pedro? Perceberam que em cada ponta da estrela está um nome e no centro, como se fosse um alfinete de ventarola está o prefeito Roberto expondo o PT ao vento esperando ver quem ficar agarradinho até o fim? A “tchurma do samba” esqueceu as paupérrimas alegorias no lugar onde aconteceu o “desfile”. E depois disso vão sair por aí cantando a sustentabilidade e a salvação do planeta?
Como cortar a própria carne sem anestesia
A “tchurma do primário mal feito” disse: corte só depois da eleição. Dona Simone jurou: "Chegou a hora de levar a sério a revisão de gastos. Não é p
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Assisti parte do “esforço jornalístico na reta final” das eleições nos EUA durante a madrugada e vi duas desmobilizações que não estavam previstas.
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