Domingo, 17 de fevereiro de 2013 - 17h05
Frase do Dia:
“Nós não seremos nem oposição nem situação a Dilma.”– Marina Silva ensinando a fazer omelete sem quebrar ovos.
I-Outra história prá lá de esquisita
Retorno das atividades na ALE e, boca no trombone, o presidente Hermínio Coelho despacha um torpedo sob as asas da sua imunidade parlamentar: “O Bessa prometeu minha cabeça numa bandeja ao Confúcio”. Por trás da sua declaração estaria a vaga de Conselheiro do Tribunal de Contas, uma espécie de céu na terra, já que para entrar naquele paraíso nem é preciso morrer. Ora, o presidente usa dupla proteção para lançar o petardo quando preserva a “fonte segura” e tem imunidade parlamentar. Está certo até aqui o presidente quando põe a boca no trombone, mas faltou a ele como autoridade constituída, formalizar a denúncia.
II-A menos que...
Dia desses um transtornado senador das Alagoas desceu a borduna no Procurador Geral da República, acusando-o de ações, inações e mais outras “ões”. As razões do ilustre senador são sobejamente conhecidas, mas ao falar da tribuna para todo o país provoca considerável desgaste ainda que poucos lhe deem ouvidos e é só. Sem denúncia e sem obrigação de fazê-la, o senador pode continuar deitando falação e que o procurador geral se vire como puder. Descrente por formação e acostumado com missas encomendadas, prefiro me fixar no outro trecho da fala do Hermínio, quando aborda o rito para indicação de conselheiros do TCE.
III-Máquina do tempo
Em 27 de outubro de 2012, abordei o tema “Eleição para conselheiros do TCE” e os 6 tópicos receberam aprovação de vários servidores públicos graduados, comissionados e concursados do TCE, MP, ALE, TJ e Executivo. O presidente Hermínio promete apresentar um projeto para alterar a escolha ou indicação das vagas de conselheiros do TCE que seriam preenchidas por servidores concursados e acrescenta: “Muitas dessas vagas hoje são vendidas por muito dinheiro e a maioria dos ocupantes dos cargos não preenche as qualificações necessárias para ocupá-los”. Rejeito a denúncia por vazia que é, mas estou com Hermínio quanto à ideia de mudança de regras para o TCE e aí avanço: que tal mudar outras regras dentro da ALE?
IV-O pau que dá em Chico...
Ora, se a ideia é moralizar escolhas, que tal rever, o método nem um pouco republicano para a eleição da Mesa Diretora da ALE? Que tal aterem-se ao critério de proporcionalidade ou de respeito ao eleitor escolhendo-se o presidente pelo número de votos obtidos em lugar da bufunfa? Simples: o mais votado é automaticamente o presidente, o segundo é vice, e assim por diante. Quer outras alterações? Por que não extinguir a imoral - ou seria pornográfica? – segunda eleição para o segundo período subsequente, antes que o primeiro se finde? E mais: que tal moralizar a indicação dos CDS’s, limitando número, valor e implantando um controle de frequência? E que tal criar um Portal da Transparência redundamente transparente?
V-Dá em Francisco!
E que tal se o governador pedir ao deputado Hermínio que apresente as provas do que diz e, ao mesmo tempo, peça que a justiça investigue o caso? E, já que o termo foi pronunciado, que tal investigar tudo e abrir o restante da operação Termópilas que ainda guarda segredos não revelados e que envolvem desde a escolha da Mesa Diretora com a descarada compra de votos de deputados embretados num hotel, até acordos para manter a tal governablidade? Que tal justificar os repasses da ALE para outros poderes? E, se acham que apago fogo com gasolina, lembro que a verdade sempre prevalece e que parte dessa verdade já é conhecida do povo, deputados, órgãos de fiscalização e até dos sempre citados, mas jamais avistados índios isolados – aqueles “surgidos” para impedir a construção do gasoduto e dasuzina.
VI-Marina e seu partido “déjà vu”
Há algo antigo com cara de novo na política. Um novo partido, de gente velha com ideia e nova misturada aos “sem voz” de outros partidos, com um discurso ideologicamente perfeito – “Nós não seremos nem oposição nem situação a Dilma” – e o nome que é a cara da Marina Silva: “Rede Sustentabilidade”. O termo rede – em inglês net – remete a internet, que leva a facebook, twitter, campanha política de Obama e sem precisar fazer um link, lá está Marina na busca da presidência perdida. Não sei porque lembrei do PSol da Heloísa Helena e menos ainda por perceber que na política o que se vê é sempre um pouco mais do mesmo. Passo.
VII-Tem carne embaixo do angu
Depois de 106 ataques nesta segunda onda de violência em Santa Catarina, o governador e o ministro da justiça acertaram os bigodes e partiram para o pau. Em 12 municípios 97, mandados de prisão, busca e apreensão contra suspeitos e destes 70 foram cumpridos, cinco deles contra advogados. 45 pessoas já estavam presas e outras 25 foram detidas ontem.Mas aí um fato interessante. Os outros 27 mandados de prisão expedidos não foram cumpridos por conta do vazamento da operação por parte de um delegado, que permitiu que algumas pessoas fugissem. Existe algo de muito mal contado nessa história e só a PF e ABIN têm condição de aprofundar as investigações. O buraco está bem mais embaixo. Podem cavar!
VIII-Para ler, copiar e republicar.
Deve-se ao repórter Paulo Gama do jornal Folha de São Paulo, a publicação de um dos mais sérios e contundentes relatos sobre a farra com dinheiro público, orquestrada pelo Congresso Nacional do Brasil, o segundo parlamento mais caro do mundo. O trabalho é da ONU e sem delongas, peço-lhe que dê uma lida aquie reflita sobre a frase do deputado federal Miro Teixeira, ele mesmo parte desse Congresso e que publiquei no dia 11 de fevereiro, neste espaço: “Pior que esse Parlamento só um parlamento fechado.” – Miro Teixeira, Dep.Federal. Claro que nessa frase há um amargor da alma que quer ver o novo chacoalhando o velho.
IX-Raupp cada vez mais forte
Profundo conhecedor da política de Brasília e um dos nomes mais confiáveis tanto entre seus correligionários de partido, como no governo e pares do Senado, o senador Valdir Raupp vê o resultado da sua atuação política crescer a cada dia. Segundo o jornalista e analista político Claudio Humberto, “A carteira política do senador Valdir Raupp (RO), presidente interino do PMDB, cresceu de significado: consolidou o posto de ligação mais estreita da cúpula do partido com o vice-presidente Michel Temer”. E mesmo rodando o Brasil inteiro, Raupp não desgruda os olhos de Rondônia, sempre munido de pesquisas e estudos sobre o estado.
X-Papo com Zé de Nana
X1-MacGyver humilhado em Jaru. Roubaram o banco com um guarda chuva e um maçarico.
X2-Se o meteoro da Rússia caísse aqui em Porto Velho não faria nenhum buraco novo.
X2-Na gangorra da saúde municipal e estadual tem UPA subindo e UPA descendo... Ôpa!
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